Em uma sociedade cada vez mais globalizada, muitos estudantes decidem buscar respostas para seus questionamentos em outros países. Para isso, eles embarcam rumo a outras universidades para que possam expandir o conhecimento já adquirido, seja na graduação ou na pós-graduação. A Unisinos, atualmente, tem parceria com mais de 170 instituições de ensino superior estrangeiras, em 30 países.
Coreia do Sul e Portugal: experiências únicas de estudos
Na graduação, existem diversas possibilidades de intercâmbio na Unisinos e, até o momento, cerca de 130 alunos da Unisinos estão em algum programa de mobilidade. Em alguns cursos, a viagem de estudos já está inclusa no currículo, como é o caso do GIL – Gestão para Inovação e Liderança, onde os estudantes têm a opção de estudar no exterior no intuito de potencializar a aprendizagem e a construção de conhecimento.
Vanessa Kapur, aluna do GIL, decidiu passar um semestre na Coreia do Sul, na Hongik University, em Seul. “A experiência de estudar no exterior foi única, pois nunca havia realizado um intercâmbio antes. A oportunidade de ir para a Coreia do Sul, com o apoio total da Universidade, foi uma oportunidade maravilhosa. Inclusive, creio que se não fosse pelo GIL, talvez não haveria optado por este destino, então, fico muito contente com a possibilidade”, conta.
Ela classifica a viagem como mágica, pois pode estudar com professores com experiências acadêmicas e profissionais diversas e ter colegas de diferentes nacionalidades, além de realizar outros cursos como design, cerâmica e coreano. “Isso agrega demais no nosso caráter, mas também na nossa criatividade. Alguém que vai para o intercâmbio, volta com uma mente mais aberta, com suas prioridades de vida diferentes e sonhando mais, com novos objetivos para conquistar o que quer, inclusive o diploma para, quem sabe, depois voltar ao exterior”, pontua Vanessa.
O ano de 2022 foi muito especial para a graduação em Medicina. Pela primeira vez, o curso realizou um intercâmbio e viajou até Portugal, na Universidade do Minho, em Braga. Lara Matté, que fez a viagem junto com outros colegas e o coordenador André Anjos, trouxe muitos aprendizados. “O principal deles é que a estrutura e fundamentos de um sistema público tanto aqui no Brasil quanto em Portugal são semelhantes. Temos a tendência de ‘desmerecer’ o Sistema Único de Saúde e o maior impacto que tive é que o SUS, no Brasil, entre inúmeras dificuldades, dentre elas a gestão dos recursos à saúde, funciona e atende bem a enorme população que temos”, destaca.
A estudante ainda complementa que esse tipo de oportunidade permite abrir a cabeça para novas ideias, quebrar paradigmas e conceitos, além de encher de entusiasmo ao voltar para o Brasil e fazer diferente. “Oportunidades e trocas de experiência, como a que tive, são impulsos para nos tornarmos profissionais e seres humanos melhores. Conhecer a cultura de um outro país, perceber como é a visão que eles têm sobre saúde, referente à promoção e prevenção de doença, nos permite um novo ângulo de educação em saúde e, assim, garantir à população que iremos atender uma melhor assistência”, reitera Lara.
Itália, Canadá e Alemanha: novas perspectivas para as pesquisas
Dentro dos Programas de Pós-Graduação da Unisinos, existe a possibilidade de encontrar as respostas em universidades estrangeiras por meio de cotutela ou período sanduíche. Desde o início de agosto, Guilherme Christen Möller, está morando em Florença, na Itália, para a realização de seu doutorado no Programa de Pós-Graduação em Direito da Unisinos, em cotutela com a Università degli Studi di Firenze. “Tenho a oportunidade de estudar e vivenciar experiências em duas universidades e, ao final, com a defesa da minha tese (escrita parte em português e outra parte em italiano), obter o título de Doutor em Direito pelas duas instituições”, explica.
Guilherme conta que essa experiência o faz fugir da zona de conforto e encontrar uma nova vida. “Desde que eu cheguei aqui, tive a oportunidade de ampliar o meu horizonte, seja em temas particulares, assim como no âmbito do aprendizado. Viver uma contextualização nova faz com que você reflita e amadureça em muitos pontos. Inegavelmente, existe toda a parte de estar distante do seu país, distante do seu idioma e, principalmente, da sua rotina. É um processo de amadurecimento (em todos os sentidos) extremamente perceptível”, menciona.
Quem também está estudando por meio de cotutela é o doutorando do Programa de Pós-Graduação em Filosofia, Joelson de Campos Maciel. Ele está na Université du Québec, em Trois-Rivières, no Canadá, desde março, pesquisando sobre bioética ambiental com uma atualização sobre o problema da tecnologia, além de cursar três disciplinas.
Segundo ele, a Unisinos abriu novas portas de oportunidades para que pudesse entender melhor o seu projeto existencial, e a vivência fora do país faz com que possa sair dessa bolha. “É importante você entender as pessoas, os relacionamentos, a forma como o país lida com a cultura, e o que eu consumo muito aqui são os livros e a cultura local e de outros colegas estrangeiros”, destaca.
Já a aluna do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil, Luize Kehl, está cursando o mestrado em modalidade sanduíche, em que os primeiros e últimos seis meses são cursados na Unisinos e um ano é cursado em uma universidade parceira, no caso dela, na Friedrich-Alexander Universität (FAU), em Erlanger, na Alemanha. “A Alemanha é um país maravilhoso e referência na minha área de estudo (voltada para questões ambientais) e, nesse um ano, eu pude aprender muito com eles”, frisa.
Luize revela que o país possui uma educação ambiental muito forte, que reflete em diversas questões do dia a dia, como a reciclagem do lixo, a não utilização de sacolas plásticas em lojas, reciclagem de garrafas (pet e vidro) e latas por meio de sistema de logística reversa, onde se paga um valor pela garrafa/lata e recebe esse valor de volta ao devolver ela nos pontos de coleta. “As empresas e os órgãos públicos também se importam muito com questões ambientais e diversas legislações e iniciativas estão sendo tomadas nesse setor”, salienta.
A aluna ainda reitera que a experiência de morar em no exterior é maravilhosa. “Essa oportunidade me fez crescer muito, em todos os sentidos. Além de vivenciar a cultura local, eu estava em constante contato com pessoas e amigos de todas as partes do mundo e tive a chance de conhecer um pouco mais sobre a cultura e os costumes deles”, fala.
Austrália: o conhecimento na construção de carreira
Em muitos casos, a busca pelas respostas acontece depois de formado pela Universidade, mas carregando os conhecimentos adquiridos nela. Raul Engel, egresso do curso de Relações Públicas, desde 2014 reside na Austrália. Atualmente, ele trabalha com educação financeira e mentoria para negócios no país. “Criei um projeto chamado ‘Investindo na Gringa’, onde através do canal do YouTube e do meu Instagram, eu ensino imigrantes na Austrália como se organizar melhor financeiramente, investir e, também, na construção de negócios, por meio de palestras e seminários, online e presenciais”, conta.
Raul destaca que a parte de relações públicas e marketing é fundamental em todos os sentidos. “Para o projeto de educação financeira, eu uso o marketing a meu favor para alcançar e ajudar mais pessoas, e, ao mesmo tempo, para a parte de criação e expansão de negócios nas consultorias. O marketing tem um papel fundamental no crescimento de novas empresas”, enfatiza o egresso que também é mentor de negócios para o Governo de Queensland, Estado em que mora na Austrália.
A Unisinos tem um papel fundamental na trajetória de Raul. Além de graduado em Relações Públicas, ele também possui MBA em Gestão Empresarial pela Universidade. “Muito da minha vontade de ensinar, veio dos excelentes exemplos que tive como professores na Unisinos”, lembra. Outro fator importante foi no processo de migração para a Austrália. “A Unisinos por ser uma instituição forte e de qualidade, eu consegui fazer a comprovação acadêmica necessária para o governo australiano, onde reconhecerem minha graduação e pós-graduação, me habilitando a conseguir o visto de residente permanente. Se tivesse feito o curso em alguma outra instituição que não tem o mesmo reconhecimento, o meu processo teria sido negado”, recorda.
Mobilidade Unisinos
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