A pandemia de Covid-19 aumentou a demanda pelo desenvolvimento de eventos que ocupem espaços além do presencial. Olhando para esse cenário, a nova graduação Eventos Multiplataformas, a primeira da região, oferece para os futuros estudantes uma interpretação mais ampla do que pode ser alcançado a partir da realização de um evento.
A coordenadora e uma das idealizadoras do novo curso, Taís Flores da Motta, explica que quando um evento se expande para o formato híbrido ele é mais potencializado. “Ter um evento com uma parte presencial e uma parte online incrementa a participação de pessoas que estão longe e possibilita convidar palestrantes internacionais sem ter um custo a mais, por exemplo. E, hoje, nós temos tecnologias que nos permitem fazer essa produção com qualidade”, aponta.
A ideia do curso de Eventos Multiplataformas surgiu dentro do curso de Relações Públicas, em janeiro de 2021, como lembra a professora Polianne Espindola, que co-desenvolveu a nova proposta. “A Taís, que também coordena Relações Públicas, e eu enxergamos uma potencialidade na área de eventos, que estava desassistida em termos de qualificação, e partimos em um estudo de mercado para verificar a viabilidade da proposta.”
“Às vezes, víamos estudantes que entravam em RP, mas queriam trabalhar com eventos e não com relações públicas. Então a gente enxergava um potencial enorme”, complementa Taís, que há mais de 15 anos atua na área de eventos.
A graduação em Relações Públicas já trabalha, ao longo dos semestres, com disciplinas que permitem ao aluno a criação de eventos na prática – a Hackacom Criativa é um exemplo desse tipo de trabalho – e, com a grade curricular da nova graduação, a intenção é que essa experiência seja muito mais direta.
Um currículo prático
Essa nova graduação é tecnológica e tem um tempo mínimo de duração de dois anos e meio, ou seja, visa um ensino mais prático. Trata-se de uma formação bastante dinâmica, conectada com a necessidade do mercado de identificar o evento como estratégia comunicacional.
O currículo deste curso tecnólogo oferece uma aprendizagem que se baseia na imersão. Com as Tec Experience, os alunos vão participar, desde o primeiro semestre, de desafios para soluções de situações reais de uma organização e empresas parceiras. As Lab Tools também integram a proposta, colocadas de maneira a permitir que o estudante escolha a que mais se encaixe com o que ele quer aprender e desenvolver. Além disso, ele também terá acesso ao conteúdo dessas atividades mesmo depois de ter concluído o curso, para continuar se atualizando.
“Essas atividades têm o propósito de desenvolver networking, que o aluno tenha relacionamento com as organizações, que ele consiga ter um portfólio – porque ele já está desenvolvendo para o mercado – e utilizando ferramentas do dia-a-dia que o futuro profissional vai precisar para atuar”, esclarece Taís.
Ademais, a formulação do currículo integra competências interdisciplinares, como Fotografia, Narrativas e Escrita Criativa, além de Hospitalidade e Turismo, assim como atividades acadêmicas com aulas síncronas e assíncronas. “Justamente pensando nessa nova realidade de educação, nós vamos trazer para o presencial aquilo que, de fato, é uma necessidade de experiência e trocas mais intensas e, no online, alguma coisa mais teórica de leitura e criação individual”, continua a coordenadora.
“A intenção é capacitar profissionais da área de eventos e produtores culturais. Vislumbrando, também, alunos de ensino médio que querem fazer cursos tecnólogos mais rápidos”, fundamenta Polianne. A apresentação do curso, inclusive, já está acontecendo para o público-alvo. No Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Sul-rio-grandense (IFsul), por exemplo, onde os professores do técnico em eventos sentiam dificuldades em encaminhar o aluno que se interessasse pela prática. Taís conta que esta foi uma das instituições mais receptivas à proposta do curso.
Projeções para o futuro
Taís da Motta aprofunda que esse curso nasceu com a ideia de que a produção de eventos tem que ocupar outros espaços, não ficar apenas presa ao presencial. Além disso, havia a disposição para entregar uma nova graduação tecnológica para a Escola da Indústria Criativa, dando a oportunidade para alunos que querem outra modalidade que não seja o bacharelado.
Somado às expectativas para a primeira turma e a busca por parcerias que proporcionem o melhor aproveitamento da proposta desde o primeiro semestre, a coordenadora do Tecnólogo Eventos Multiplataformas, que também responde pela coordenação do bacharelado em Relações Públicas nas modalidades EaD e presencial, descreve a experiência de desenvolver o curso como apaixonante. “Eu fico muito satisfeita de estar lançando esse curso, de poder contribuir, mesmo que signifique muito mais trabalho (risos)”, brinca.
“Estou muito confiante e ansiosa para receber alunos e dar aula em um curso tecnólogo”, complementa Polianne.
Saiba mais
Você se interessou pelo curso? Ele está com as inscrições abertas para o próximo semestre, você pode se inscrever para participar dessa primeira turma clicando aqui.