Muitas pessoas que desejam seguir na carreira acadêmica sonham em fazer um doutorado fora do país, não é mesmo? O professor do curso de Computação, João Tavares, está fazendo seu Doutorado na Friedrich-Alexander-Universität Erlangen-Nürnberg – FAU, da Alemanha e nos conta um pouco de sua experiência na Europa.
A Tese de João é sobre um modelo que possibilita o desenvolvimento de ambientes inteligentes voltados para os cuidados de saúde das pessoas. “Em especial pessoas com autonomia reduzida, tais como PCDs, idosos e pessoas com doenças neurodegenerativas. Estes ambientes inteligentes são dotados de sensores e atuadores, que se baseiam em inteligência artificial para atuar proativamente na prevenção, monitoramento e suporte às pessoas em situações de risco. O nome do projeto é Apollo em referência ao deus grego”, explica o doutorando.
A ideia do projeto Apollo surgiu da observação da necessidade de acompanhamento que as pessoas com necessidades especiais. “Além disso, os ambientes inteligentes podem ajudar na prevenção de acidentes e gerenciamento de riscos que podem causar injúrias à saúde das pessoas”, completa o professor.
A oportunidade de estudar no exterior surgiu através do Edital Capes Unisinos Print. “O Processo seletivo ocorreu em 2020, mas em função da onda da Covid no final do ano no Brasil, o início da execução teve que ser postergado para março de 2021. O processo seletivo considerou aspectos técnicos da proposta do projeto de pesquisa no exterior e aderência à linha de pesquisa IoT e Saúde, em especial o projeto Hospital do Futuro – O Uso da Internet das Coisas e do Aprendizado de Máquina em benefício da saúde das pessoas”, lembra o professor.
João afirma que a FAU, na Alemanha, foi escolhida pela sua excelência na pesquisa e inovação científica e tecnológica. “É considerada a universidade mais inovadora da Alemanha e uma das mais destacadas na área de inteligência artificial aplicada à saúde”.
O doutorando alerta que um doutorado sanduíche demanda muito tempo, pré, durante e pós a sua execução e é necessário muito foco, organização e disciplina. “Exige muito tempo de preparação de documentação, escrita de projeto, envolvimento com diversas formalidades, tais como providenciar visto junto à embaixada do país de destino, reservas de acomodação, seguros, questões de saúde, tais como vacinas e testes, planejamento financeiro, relacionamento com o órgão financiador e claro toda o estreitamento da relação com a universidade ou laboratório de destino. Durante o período do sanduíche, o foco na pesquisa e a superação das dificuldades relativas a diferenças culturais também precisam ser administradas”.
João conclui explicando que ao finalizar o projeto, existem inúmeras formalidades a serem cumpridas, prestações de contas e apresentação de resultados concretos dos progressos científicos do período. “Mas sem dúvida alguma, é uma das melhores experiências acadêmicas que um pesquisador pode ter, pois de fato eleva o nível de desenvolvimento intelectual, técnico e pessoal”, finaliza.
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