A CPA na busca pela excelência de ensino

Na terceira matéria sobre o trabalho da CPA, veja como diferentes setores da universidade utilizam o resultado das pesquisas para propor melhorias

Crédito: Divulgação

As pesquisas de avaliação que ocorrem no final dos semestres são mecanismos de acompanhamento e feedback do relacionamento entre os estudantes e a universidade. Por isso é importante que os alunos saibam de que forma esta participação é levada em conta. O ano de 2020 foi totalmente atípico por causa das transformações que a Unisinos teve que fazer às pressas por causa da pandemia, mas essa resposta imediata ao contato da Universidade garantiu que os alunos tivessem também um retorno à altura.

“Toda avaliação foi muito importante para a Unisinos ter êxito nesse momento”, concorda o pró-reitor Acadêmico e de Relações Internacionais, Alsones Balestrin. “Durante vários meses, diversas enquetes foram em busca do que era necessário para se adequar às necessidades dos alunos. A avaliação também é um canal de interação que a universidade tem com os seus alunos.”

Com as pesquisas realizadas no final do primeiro semestre, já foi possível fazer melhorias para as turmas do segundo semestre, inclusive, em relação ao conteúdo e a participação dos professores. “Em março fomos surpreendidos com a pandemia de Coronavírus, e a partir desse momento, precisamos migrar as aulas para o modelo presencial remoto”, explica a professora Adriane Brill Thum, que integra o Núcleo de Inovação, Avaliação e Formação (NIAF) da Unisinos.

“Nós do NIAF, através da formação docente, tentamos atender as demandas desses profissionais. Quando os professores recebem os resultados das pesquisas que os alunos responderam, podemos realizar encontros e discutir como melhorar a qualidade das aulas que os alunos estão recebendo”, conta a coordenadora. “Nossa busca é pela excelência acadêmica, e a partir do resultado, nossa função é apoiar e auxiliar os docentes na oportunidade de crescimento.”

A professora também é coordenadora dos cursos de Especialização em Informações Espaciais Georreferenciadas e em Engenharias de Saneamento, e observa que a relação de troca entre alunos e universidade, a partir dos mecanismos de consulta, foi fundamental: “Já na primeira semana, a universidade começou o movimento de auxiliar os professores nesse processo. Fizemos plantões de ajuda emergencial no uso do Moodle, e depois, seguiram-se várias capacitações também no uso do Teams.”

Os professores, que utilizavam os recursos digitais apenas como repositório de materiais, foram a primeira preocupação do NIAF. Foi com esse auxílio prévio que eles se tornaram capacitados a ajudar seus próprios alunos a conhecerem as ferramentas virtuais. “Alunos e professores foram se adaptando. Não vou dizer que foi fácil, mas essa preocupação da Unisinos permitiu uma resposta rápida”, elucida.

Por isso, a professora Adriane ressalta que é momento de trabalhar com maturidade, especialmente na hora de responder aos questionários. “Os alunos devem levar em consideração que estamos vivendo esse momento em nível mundial, então, não é por capricho que as aulas continuam no modelo presencial remoto. E claro, possuem algumas limitações”, observa Adriane. “E mesmo assim, nunca a Unisinos teve um programa tão grande de formação docente, tomando cuidado ainda em não sobrecarregar os profissionais. A Universidade traz essa preocupação em qualificar e manter o bem estar dos docentes enquanto continua trabalhando pela excelência.”

Para onde vão os resultados

Conhecendo como os resultados atuam para melhorar as aulas e processos educacionais, também é interessante entender como toda a Universidade se une em prol das adaptações e mudanças. O pró-reitor assinala a importância do trabalho da Comissão Própria de Avaliação – CPA UNISINOS, que além de proporcionar essas melhorias, mantém uma base de dados sobre os cursos. “É um trabalho bastante colaborativo entre as unidades acadêmicas, a CPA e o NIAF que faz com que possamos ter, de forma rápida e atualizada, a situação dos cursos na universidade”, explica ele. “Se um aluno quiser saber qual a situação média do curso, nós temos os dados. E isso é importante para fazer uma boa gestão acadêmica.”

Para Alexandra Feldekircher Müller, coordenadora do setor Stricto Sensu na Unidade Acadêmica de Pesquisa e Pós-Graduação, a aproximação entre a CPA e a pós-graduação também vai permitir que se acompanhe os egressos do Mestrado e Doutorado. Essa avaliação é um novo requerimento da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), que regula e fomenta as pesquisas de pós-graduação, um olhar sobre o Estrito Senso que já é mencionado na Lei dos Sinaes, que regula a CPA.

“A CAPES pede esse acompanhamento por cinco anos depois que o aluno conclui a pesquisa. Com essa parceria com a CPA, podemos ouvir o aluno enquanto ele está conosco e quando ele sai da universidade”, conta. “De um modo geral, a CPA tem uma função primordial na universidade, que é a de dar voz para todos os setores envolvidos. A administração, que planeja e organiza, depois os segmentos que executam essas melhorias, e então o aluno que recebe isso e tem a oportunidade de avaliar.”

O pró-reitor ainda ressalta que essas pesquisas são parte importante de todas as boas instituições de ensino, até mesmo colocadas em prática em organizações e empresas. “Nesse caso, nosso usuário é o aluno. Ele está satisfeito? A expectativa que ele tinha lá no início do curso foi atendida? Até mesmo em relação ao professor, aos temas, ao valor que a aula agrega para si”, enumera. Por isso, a representação estatística das respostas é um fator importante. “Em termos de percentual de resposta, isso permite a Universidade tomar decisões com a segurança de que está atendendo uma demanda. Esse processo é muito importante para todos os núcleos de decisões na universidade.”

Para Alexandra, a participação dos alunos vem numa crescente. “Eu acompanho as pesquisas da graduação, porque é dali que tiramos nosso modelo para o Mestrado e Doutorado”, explica. “E é muito visível esse envolvimento do aluno no Estrito Senso. Tivemos uma adesão de 70%, uma amostra de que os alunos cada vez mais se sentem à vontade para dar suas opiniões.”

Outra novidade gerada a partir das pesquisas é um documento que agora tramita para ser aprovado na Câmara de Pós-Graduação da Unisinos. “Se chama Política de Avaliação e Acompanhamento dos Programas de Pós-Graduação”, conta a coordenadora. “É uma política com valor legal, um documento oficial da Unisinos. Nele resgatamos o trabalho da avaliação na graduação e se institui o processo no Estrito Senso. Não só vemos valor no trabalho da CPA, como a partir dele criamos uma política de avaliação dos Programas de Pós-Graduação. É esse o tamanho da importância dos processos avaliativos dos professores e alunos.”

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