Neste artigo, analisamos os processos de formação desenvolvidos no programa brasileiro Pibid. A partir dos Estudos em Docência e dos Estudos Foucaultianos, buscamos compreender como se constitui a experiência de formação docente estabelecida na relação universidade e escola proposta pelo Programa, analisando um conjunto de documentos do Subprojeto Pedagogia. Para examinar os processos de formação, utilizamos os conceitos de experiência e memória. Entendendo que a experiência diz respeito à singularidade do sujeito e também à produção de sua subjetividade, utilizamos o conceito de experiência a partir de Michel Foucault (2010a, 2010b) como um foco ou matriz formada por três eixos – saber, poder e ética – que constituem a experiência. Dito de outra forma, trata-se das verdades que conformam o sujeito e do uso que este faz delas na relação consigo e com os outros em seu processo de formação. A análise dessa matriz de experiência permite-nos observar a possibilidade de evocar memórias e ressignificar o sentido e o valor a elas vinculados, aquilo que Nikolas Rose (2011) chama de memória agenciada. A partir da análise dos processos de formação, apresentamos e problematizamos uma matriz de experiência implicada na produção da subjetividade docente pibidiana, que vem forjando um modo de ser docente.
Autor(a): FABRIS, Eli Henn
Co-autor(a): DAL’IGNA, Maria Cláudia; OLIVEIRA, Sandra de