0 Comentário em 3 - setembro - 2015

Primeiro neurocientista negro a se tornar professor titular da universidade de Columbia, em Nova York (EUA), autor do livro Um Preço Muito Alto: a jornada de um neurocientista que desafia nossa visão sobre as drogas, o pesquisador norte-americano Carl Hart, 48, deixa, nesta quinta-feira, 3, Salvador, após cumprir três dias de uma agenda de compromissos com a Iniciativa Negra por Uma Nova Política Sobre Drogas (INNPD) e o governo  estadual, por meio das secretarias da Justiça e Direitos Humanos e da Segurança Pública. Nessa entrevista exclusiva ao A TARDE, na segunda passagem pela capital baiana, Hart fala  sobre o trabalho que vem desenvolvendo em relação à política mundial antidrogas (na visão dele “uma política enganadora”).

A respeito da defesa do sr. da legalização ou descriminalização das drogas nos EUA, o mesmo pode ser aplicado no Brasil?

Claro. Seja legalização ou descriminalização, o que quer que funcione na sociedade seria bom. Devemos perguntar quais questões queremos resolver: se estamos preocupados com traficantes, teremos que pensar sobre a legalização, pois tem a ver com o comércio. Por outro lado, traficantes não terão êxito se houver inclusão social. Até descobrimos como sermos mais inclusivos, sempre teremos problemas com o tráfico. Onde houver drogas e pessoas terá tráfico. Mas, enquanto pessoas não forem incluídas, haverá economia clandestina.

Fonte:http://www.geledes.org.br/brasil-vive-apartheid-e-culpam-as-drogas-diz-carl-hart/#gs.5f5492b8a2eb44bdacd916d60b821cfd650x375_carl-hart-salvador_1557544

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