“Ciência e Religião: Quando uma invade a esfera da outra, surgem os conflitos”, afirma o Prof. Dr. Marcelo Gleiser, físico brasileiro, em debate com o Prof. Dr. Michael Welker, teólogo alemão, na noite de ontem (03/10), durante o XIII Simpósio Internacional IHU – Igreja, Cultura e Sociedade.
O tema escolhido para a palestra foi “Fé e ciência: um diálogo possível?”. Gleiser iniciou explicando que “todas as religiões fazem uma suposição fundamental: que existe uma realidade paralela que é a realidade física, que é além do material, que só pode se comunicar com a gente de formas imponderáveis. E isso para o cientista não funciona. A ciência funciona com relações de causa e efeito”.
“Muitos cientistas esquecem que a ciência tem limites, a própria maneira como ela é feita tem limites metodológicos óbvios. Você tem que isolar o que você está estudando do entorno. Cria condições para estudar um fenômeno específico. Mas existem questões que você não consegue isolar, por exemplo, o Universo. O Universo não pode ser um objeto de estudo de fora para dentro. A questão da origem do Universo força uma nova forma científica”, continua.
Welker questiona: “E como ficam os fenômenos culturais?”. Antes que Gleiser respondesse, o teólogo continuou: “Nós temos dois tipos de comunidades que buscam a realidade e não significa que a religião não tenha racionalidade”.
O debate foi intenso e alguns espectadores questionaram sobre o assunto. Marcelo Gleiser ainda deixou claro que “pensar só de uma forma é um empobrecimento cultural”.
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Por Luana Taís Nyland