Os marcos e as ferramentas éticas das tecnologias de gestão, escrito pelo professor de Jesús Conill é o Caderno IHU Ideias, nº 223, lançado neste mês pelo Instituto Humanitas Unisinos – IHU. Nesta edição são propostas algumas reflexões acerca da tecnociência.
Ao longo do texto, o autor apresenta possíveis ferramentas éticas para as tecnologias de gestão, afirmando a importância de “oferecer uma concepção moderna da ética, que seja capaz de compreender e orientar o mundo da tecnologia com suas peculiares características”. Conill também menciona a relevância da formação de bons profissionais, porém não como apenas como uma formação técnica, pois do ponto de vista ético é dever do profissional ser aplicado para ter um resultado próspero, no significado legítimo da palavra profissional.

Foto: Larissa Tassinari
O professor enxerga a vida profissional como um caminho para a sociedade ter destaque, sem depender exclusivamente do Estado. Pois, segundo ele, do modo que está falta confiança em ambos os lados. Ele acredita que o vigor das profissões pode revitalizar a sociedade, tendo uma razão prática e um sentido em tais atividades humanas que cada vez se encontram cada vez mais tecnológicas.
Jesús Coniil Sancho esteve no IHU, em 2014, participando do XIV Simpósio Internacional IHU: Revoluções tecnocientíficas, culturas, indivíduos e sociedades e do XVII Colóquio de Filosofia UNISINOS – Filosofia e bioética: entre o cuidado e administração da vida. Durante uma de suas conferências provocou, questionando quais as atitudes devem ser adotadas em relação às transformações sociais decorrente da revolução tecnocientíica: “Conscientes da importância da tecnociência para a vida social, profissional e pessoal, convém refletir criticamente sobre o sentido das transformações sociais que estão em andamento em decorrência do crescente desenvolvimento da tecnociência”.

Caderno IHU ideias, nº 223
A publicação de número 223 é a íntegra da conferência do professor Conill para o Instituto Humanitas Unisinos – IHU. Nela, o autor questiona sobre que atitudes adotar em relação às revoluções contemporâneas.
O professor é catedrático da Universidade de Filosofia Moral e Política da Universidade de Valencia. Além disso, realizou estudos e pesquisas de extensão nas Universidades de München, Bonn, Frankfurt e Main, na Alemanha; St. Gallen, na Suiça; e Notre Dame, nos Estados Unidos. É autor, entre outras obras, de Ética hermenêutica (Madrid: Tecnos, 2006), Horizontes de economía ética. Aristóteles, Adam Smith, Amartya Sen (Madrid: Tecnos, 2004), Ética de los medios. Una apuesta por la ciudadanía audiovisual (coeditor, junto com Vicent Gozálvez – Barcelona: Gedisa, 2004).
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Assista as conferências do XIV Simpósio IHU.
Por Nahiene Alves
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