Dia Mundial Sem Carro

Em 21 setembro, 2014 Comentar

Ao mesmo tempo em que mais rodoviais são criadas ou expandidas através de planos do Governo, o congestionamento nas grandes cidades atinge um número cada vez maior de pessoas. Mesmo assim, o número de carros continua a aumentar, sendo que em 2013, a frota de automóveis no Brasil ultrapassou o número de 44 milhões.

“A frota nacional de veículos cresceu mais de 100% em uma década, quer dizer, é um crescimento em progressão geométrica e as artérias das cidades não crescem na mesma proporção. Não existe mais hora do rush e isso significa perda de mobilidade” – afirma o jornalista André Trigueiro em entrevista ao IHU On-Line.

Não é apenas a mobilidade que é afetada pela quantidade de automóveis. Segundo o Observatório do Clima, o setor de transporte teve um aumento de 143% de emissões de gases do efeito estufa, sendo considerado um dos maiores emissores no Brasil. A situação é a mesma no mundo inteiro. Conforme a análise feita pelo Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC)  mostra que as emissões do setor continuarão a aumentar caso nada seja feito, de forma que em 2050 ela poderá superar todas as outras fontes.

Foi com o objetivo de refletir sobre a utilização do transporte individual que é celebrado no dia 22 de setembro o Dia Mundial Sem Carro, criado na França, em 1998. Este dia também serve para incentivar o uso de outras formas de locomoção, como o ônibus, o metrô, a bicicleta e outras alternativas sustentáveis.

“De um lado, se puder, deixe o carro em casa neste dia. Por outro, trabalhe firmemente para mudar o processo decisório político para que as decisões sobre os transportes sejam em função dos interesses da cidade e não das montadoras e outros empresários” – comenta Ladislau Dowbor, professor da PUC-SP, em entrevista ao IHU On-Line.

Os temas deste dia já foram pauta nas publicações do Instituto Humanitas Unisinos.

No 4º ano da Revista IHU On-Line o tema foi capa em duas edições: na 106ª, que teve como título “O automóvel. Senhor das Cidades. Sedução, mobilidade e individualismo” e na 116ª,  Na cidade sem meu carro”.

Outras edições da Revista trouxeram entrevistas sobre formas alternativas de locomoção, como a entrevista com uma das fundadoras da Graines de Changement, Elisabeth Laville,  intitulada Empresas verdes são possíveis?,  e com o diretor do Laboratório de Políticas Públicas e Sociais – LAPPUSMarcelo Sgarbossa, “Sou mais feliz quando estou de bici”.

A questão da mobilidade urbana no Brasil e do evento geraram uma série de entrevistas publicadas no portal do IHU:

Neste espaço se entrelaçam poesia e mística. Através de orações de mestres espirituais de diferentes religiões, mergulhamos no Mistério que é a absoluta transcendência e a absoluta proximidade. Este serviço é uma iniciativa feita em parceria com o Prof. Dr. Faustino Teixeira,  teólogo, professor e pesquisador do PPG em Ciências da Religião da Universidade Federal de Juiz de Fora com Paulo Sérgio Talarico, artista plástico de Juiz de Fora.

Pablo Neruda

Muere lentamente quien no viaja,
quien no lee, quien no escucha música,
quien no halla encanto en si mismo.

Muere lentamente quien destruye su amor propio,
quien no se deja ayudar.

Muere lentamente quien se transforma en esclavo del habito, repitiendo todos los días los mismos senderos,
quien no cambia de rutina,
no se arriesga a vestir un nuevo color
o no conversa con desconocidos.

Muere lentamente quien evita una pasión
Y su remolino de emociones,
Aquellas que rescatan el brillo en los ojos
y los corazones decaídos.

Muere lentamente quien no cambia de vida cuando está insatisfecho con su trabajo o su amor,
Quien no arriesga lo seguro por lo incierto
para ir detrás de un sueño,
quien no se permite al menos una vez en la vida huir de los consejos sensatos…
¡Vive hoy! – ¡Haz hoy!
¡Ariesga hoy!
¡No te dejes morir lentamente!
¡No te olvides de ser feliz!

Pablo Neruda

Formou-se em Pedagogia na Universidade do Chile, por volta de 1921. Ganhou o Prêmio “A Festa da Primavera” com o poema “A Canção da Festa”. Em 1927, inicia a carreira diplomática. Conhece o poeta Federico Garcia Lorca e Rafael Alberti e, em 1935, dirige a revista Cavalo verde para a poesia.

Com a guerra civil espanhola de 1936, é destituído do cargo de cônsul e escreve “Espanha no Coração”, e algum tempo depois elege-se senador. O poeta, que tinha preferência pelas ideias comunistas, leu para mais de 100 mil pessoas, no estádio do Pacaembu, uma homenagem a Luís Carlos Prestes – político comunista brasileiro. Neruda abriu mão de sua candidatura à presidência da república do Chile, no ano de 1973, em favor do socialista Salvador Allende, que possuía as mesmas afinidades ideológicas do poeta.

Em 1965 é outorgado com o título de Doutor Honoris Causa pela Universidade de Oxford. Recebeu em 1971 o Nobel de Literatura.

Morreu em Santiago no ano de 1973. Depois de sua morte, foram publicadas suas memórias com o título “Confesso que vivi”.

“É de conhecimento da comunidade que, há alguns anos, a Unisinos terminou com os centros e fez uma reforma administrativa no seu organograma, estabelecendo uma estrutura matricial. Nessa estrutura, a experiência mostrou que faltava um elemento, acadêmico, para fazer a conexão da administração com uma dimensão acadêmica mais substantiva. Isso são as escolas, um polo de articulação acadêmico das áreas da universidade”, explica Adriano Naves Brito, Decano da Escola de Humanidades da Unisinos, cuja inauguração ocorre nesta semana,  dia 17 de setembro, das 10h às 17h.

O conceito de Escolas surgiu com a necessidade de inovação em termos de estrutura acadêmica para responder às novas exigências de transversalidade, na superação das limitações da segmentação da estrutura acadêmica antiga, de departamentos e centros. Ao todo a Universidade dividiu-se em seis Escolas, sendo elas: de Direito, da Indústria Criativa, de Gestão e Negócios, de Saúde, Politécnica e de Humanidades. Ao centro de cada um desses grupos encontra-se um Decano, que serve como articulador e norteador dos temas que envolvem cada um dos conjuntos.

Adriano Naves de Brito – Decano

A Escola de Humanidades, em específico, possui 42 cursos dentro de sua administração, sendo 11 deles de graduação, nove de mestrado e doutorado, 12 de especialização e 10 cursos de extensão (Clique aqui e saiba quais são). Na quarta-feira, dia 17, o objetivo do evento de inauguração será apresentar esses cursos, e a Escola de Humanidades em geral, à comunidade universitária e ao público. Isso será feito mediante um conjunto de atividades e oficinas sobre temas diversos das ciências humanas, oferecidas pelos professores da Escola em cooperação com docentes das demais escolas da Unisinos. Também será incentivada uma discussão sobre a área em face de suas relações com os demais campos de conhecimento.

Para os interessados, a inscrição para participar da Inauguração da Escola pode ser feita a partir do site, clicando aqui. Ela está disponível para alunos e ex-alunos da Instituição. Outra opção é inscrever-se presencialmente ou por e-mail, conforme informações na página. Pessoas Jurídicas também podem participar, seguindo os passos apresentados.

A programação completa do evento está disponível para ser acessada aqui.

 Saiba mais:

► Como parte da programação de inauguração da Escola, o ObservaSinos desenvolverá uma Oficina intitulada “Diagnóstico socioterritorial e políticas públicas”. Clique aqui para mais detalhes.

O Instituto Humanitas Unisinos – IHU promove entre os dias 21 e 23 de outubro o XIV Simpósio Internacional IHU: Revoluções tecnocientíficas, culturas, indivíduos e sociedades. A modelagem da vida, do conhecimento e dos processos produtivos na tecnociência contemporânea.

No dia 22 de outubro, serão apresentadas as conferências simultâneas que vão contar com a participação de pesquisadores da área da ciência e da tecnologia de diversos países.

Sobre os conferencistas

Entre as conferências está  “Democratizar a tecnociência: engajamento público em nanotecnologia”, ministrada pelo Prof. Dr. Paulo Roberto Martins (à direita), sociólogo e integrante da Rede de Pesquisa em Nanotecnologia, Sociedade e Meio Ambiente (RENANOSOMA) e pelo Dr. Franz Seifert, da Áustria, pesquisador independente em biotecnologia.

O pesquisador Paulo Roberto Martins já colaborou em outras atividades do IHU. Uma de suas entrevistas, “O debate da nanociência exige a definição de um projeto estratégico para o País”,  foi publicada nos Cadernos IHU em formação nº 26 sobre “Nanotecnologias. Possibilidades e limites” e para a  IHU On-line nº 120, que tinha como tema “O mundo desconhecido das nanotecnologias“. 

Além disso, falou sobre “A nanotecnologia e o impacto na sociedade para edição 205 da IHU On-Line. O mesmo tema foi abordado durante o II Ciclo de Estudos Desafios da Física para o Século XXI: um diálogo desde a Filosofia.

Já o Dr. Luis David Castiel,  pesquisador do Departamento de Epidemiologia e Métodos Quantitativos em Saúde, da Escola Nacional de Saúde Pública, Fundação Oswaldo Cruz, irá abordar o tema “Com a cabeça nas nuvens? Medicina, técnica, ética e os dilemas preemptivistas na saúde”.

Castiel também colaborou anteriormente com o Instituto Humanitas Unisinos – IHU. Concedeu uma entrevista sobre “A dominância das dimensões médicas na sociedade”, publicada na revista IHU On-Line nº 420, “A medicalização da vida. A autonomia em risco, e para os Cadernos IHU em formação nº 44, Tecnociência e saúde, além de conceder uma entrevista ao sítio do IHU com o tema “Saúde e tecnologia. A busca da imortalidade”. O médico esteve presente também no I Seminário, ministrando a palestra “Como restringir seu apetite naturalmente – Os riscos e a promoção do autocontrole na saúde alimentar”, que antecede o XIV Simpósio Internacional IHU.

As conferências terão ainda a presença do Prof. Dr. Hans-Georg Flickinger, da Universidade de Kassel (Alemanha) e da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul – PUCRS, que  ministrará a conferência intitulada “A arte da ciência na ciência da arte“, e do Prof. Dr. Alberto Cupani, da Universidade Federal de Santa Catarina, que vai tratar do tema “A realidade complexa da tecnologia“. Flickinger já concedeu uma entrevista ao Instituto Humanitas Unisinos – IHU, publicada na revista IHU On-Line nº 426, O Estado Secular e sua base autolegitimadora.

Sobre o XIV Simpósio

O XIV Simpósio Internacional IHU. Revoluções Tecnocientíficas, Culturas, Indivíduos e Sociedades busca analisar o sentido, as implicações e os desafios teóricos e práticos da contemporaneidade tecnocientífica para a vida, como os impactos da tecnociência no conceito de natureza humana e os novos modos de produção sobre a vida humana e o planeta.

Além das conferências, minicursos e exibições de filmes, o XIV Simpósio proporcionará a apresentação de trabalhos, prestigiando todos(as) aqueles(as) que quiserem contribuir com a discussão. As inscrições podem ser feitas na página do evento até o dia 15 de setembro.

Mais informações e a programação completa do evento podem ser encontradas neste link.

Interessados em participar escrevam seus trabalhos aqui.

“Como os jogos digitais podem mudar a realidade?” Este foi o título da oficina desenvolvida no Instituto Humanitas Unisinos – IHU, na última terça-feira (09) onde estavam presentes o Professor MS João Ricardo Bittencourt e os acadêmicos Thomas Milton Bellaver e Tobias Beise Ulrich respondendo essa questão.

A discussão foi em torno dos Games for Change, dos News Games e dos Art Games. Esses tipos de jogos despertam interesse por tratar de temas reais, unindo tecnologia e realidade, dessa forma o jogador é colocado em situações reais,  refletindo, assim,  inconscientemente na formação de sua cidadania.

O projeto dos Games for Change levou os jogos digitais para outro âmbito. Uma dessas novas perspectivas mostradas na palestra foi um novo jornalismo, exposto nos jogos, para se trabalhar com eventos da atualidade, na mesma velocidade em que é produzida uma notícia, escolhendo temáticas de maior durabilidade (piada política, esporte, celebridades).

A criação dos jogos é baseada em uma mecânica de reflexão, pensando de que maneira ela vai atingir a realidade de quem está jogando. Porém, essa mecânica é muito complexa e o mundo ainda está aprendendo sobre ela. A intenção é que a mecânica de jogo possa se tornar parte da vida desses jogadores, sem nenhuma didática, atingindo a cabeça deles a ponto de mudar a realidade. “Nos jogos a perspectiva que temos é mais épica, a realidade não é tão desafiadora quanto nos jogos”, ressaltou João Ricardo Bittencourt,  professor do curso de Jogos Digitais.

Durante a Oficina foi citada também a Institute of Play. Uma organização sem fins lucrativos criada em 2007, na cidade de Nova Iorque que pensa na educação como um jogo. Os alunos aprendem as lições a cada etapa através de desafios propostos. “O pensamento sistêmico é organizado especificamente em torno da ideia de que os jogos digitais são fundamentais para a vida das crianças de hoje e também, cada vez mais, como a sua velocidade e capacidade de crescer, ferramentas poderosas para a exploração intelectual”, Corbett, Sara (19 de setembro de 2010) “Aprender brincando: Jogos de vídeo na sala de aula”. New York Times Magazine.

ObservaJogos

O programa ObservaSinos, programa do Instituto Humanitas Unisinos – IHU, aderiu à causa e já lançou seu primeiro “jogo pela mudança”: Cida&Adão baseado no consumo e no desperdício de alimentos. Segundo os envolvidos o jogo teve bom retorno, trazendo mais motivação para continuar, tendo ousadia puderam perceber que havia um potencial ali.

Até o fim do ano serão lançados mais jogos. O tema proposto para o próximo jogo será Reciclagem, ligado ao tema da coleta seletiva de resíduos sólidos, segundo os criadores será um jogo de curta duração, mais simples e desafiador, sempre com o objetivo de conscientização dos jogadores, visando ética e sustentabilidade.

No mês de Outubro, o ObservaSinos promove outro evento: o Game Jam, outra forma de mobilização, com o objetivo de transformar as pessoas da região do Vale dos Sinos em protagonistas de futuros jogos.

Nahiene M. Alves

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