Alexandre Mendes estará, nesta quinta-feira, 12 de maio, participando do 3º Ciclo de Estudos Metrópoles, Políticas Públicas e Tecnologias de Governo. Territórios, governamento da vida e o comum, evento promovido pelo Instituto Humanitas Unisinos – IHU. Na oportunidade ministrará duas conferências: Uma ontologia do comum e do fazer-multidão: da comunidade ao ser singular-plural metropolitano, das 14h30min às 17h; e As instituições jurídicas e de representação política na democracia, das 19h30min às 22h, ambas na Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros, no IHU.

Acompanhe os debates, ao vivo, por nosso canal no Youtube.

Comum

Mendes recentemente concedeu entrevista à IHU On-Line, em que explicou seu interesse pelo tema do Comum. “Do ponto de vista pessoal, fui atraído para esse plano através da minha experiência anterior em conflitos fundiários urbanos” [como Defensor Público do Estado do RJ], conta, revelando que foi neles que percebeu a existência de um “duplo mecanismo público-privado que produzia efeitos de expropriação de uma produção material e imaterial que atravessa toda a cidade”. Com a intenção de ilustrar tais fatores, o pesquisador trouxe como exemplo dessas lutas que emergem a partir do Comum as remoções para a construção do Parque Olímpico e as ocupações estudantis que, segundo ele, são vistas como continuação das Jornadas de Junho de 2013.

Foto: Cristina Guerini / IHU

Alexandre Mendes

É professor da Faculdade de Direito da Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ. É doutor em Direito pela UERJ e mestre em Criminologia e Direito Penal pela Universidade Cândido Mendes – UCAM. Foi Defensor Público do Estado do Rio de Janeiro, entre 2006 e 2011, tendo coordenado o Núcleo de Terras e Habitação (2010).

No ano passado o professor esteve no IHU participando do 1º Ciclo Metrópoles, quando ministrou as conferências Metrópoles e Multidão: das políticas públicas às políticas do comum e Metrópole e comum: crise e novas plataformas de mobilização, acesse os links e veja o que ele falou na oportunidade.

Por Nahiene Alves

Para ler mais:

Luiz Carlos Bresser-Pereira, economista, estará nesta segunda-feira na Unisinos, ministrando uma conferência que tem como tema central Economia Brasileira. Onde estamos e para onde vamos? O tema será abordado à luz da sua obra “A Construção Política do Brasil. Sociedade, Economia e Estado desde a Independência”, publicada em 2014, pela Editora 34.

A atividade, que integra o Ciclo de Debates Economia Brasileira. Onde estamos e para onde vamos? Um debate com os intérpretes do Brasil e o  I Ciclo de Estudos. Modos de existência e a contemporaneidade em debate. Reflexões transdisciplinares à luz de diferentes obras, promovidos pelo Instituto Humanitas Unisinos – IHU, ocorrerá dia 09 de maio, às 19h30min, no Auditório Central, na Unisinos São Leopoldo.

A Construção Política do Brasil

A obra de Bresser-Pereira, que foi apresentada pelo Prof. Ms. Gilberto Faggion na quinta-feira (05-05-2016), na conferência e debate ocorridos no Instituto Humanitas Unisinos – IHU, é “uma análise integrada da evolução da sociedade, da economia e da política brasileira desde a independência até a atualidade”.

Ao apresentar o livro do economista, Faggion destacou que um dos eixos centrais da obra é examinar “por que o crescimento Brasileiro é tão baixo desde o plano Real”.

Faggion durante apresentação do livro. Foto: Cristina Guerini / IHU

No livro, esclarece, o autor afirma que a atual crise econômica é decorrência dos erros na condução econômica dos governos anteriores e, além disso, destaca outro problema relevante, que culminou na atual recessão: o pior equívoco na orientação da política econômica do governo Dilma foi quando ela tentou caminhar para um modelo desenvolvimentista, ao batalhar pela redução da taxa Selic e pela desvalorização da moeda, “mas não poderia depreciar a moeda e ao mesmo tempo cortar os juros e expandir a despesa pública, porque isso aumentaria inevitavelmente a inflação”.

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Novo desenvolvimentismo

Bresser-Pereira defende o que ele denomina ‘novo desenvolvimentismo‘.

Segundo a síntese do livro apresentada pelo Prof. Ms. Gilberto Faggion, “o novo desenvolvimentismo busca substituir o Desenvolvimentismo clássico e é crítico da ortodoxia liberal, a qual, segundo o autor, adota a austeridade em qualquer contingência e não promove o desenvolvimento econômico. Ainda pratica sem saber populismo cambial, consumo elevado, desindustrialização e crises financeiras cíclicas.”

Luiz Carlos Bresser-Pereira

Foto: Greg Salibian/ Blog Socialista Morena

É professor emérito da Fundação Getúlio Vargas – FGV e da Escola de Economia de São Paulo. Foi Ministro da Fazenda nos governos Sarney e Fernando Henrique Cardoso. Doutor e livre docente em economia pela Universidade de São Paulo, foi professor visitante de desenvolvimento econômico na Universidade de Paris I, e de teoria política no Departamento de Ciência Política da USP. Foi também visitante da Oxford University e do Instituto de Estudos Avançados da USP. Desde 2003, oferece regularmente um seminário de um mês na École d’Hautes Études em Sciences Sociales, em Paris. Em 2010 recebeu o título de Doutor Honoris Causa pela Universidade de Buenos Aires.

Assista a íntegra da apresentação do professor Faggion no Youtube.

O Ciclo de Estudos. Modos de existência e a contemporaneidade em debate segue com atividades até o dia 10 de novembro de 2016. A próxima atividade será a apresentação do livro O Circuito dos Afetos. Corpos Políticos, desamparo e o Fim do Indivíduo, de Vladimir Safatle, no dia 09 de junho. Veja a programação completa aqui.

Por Cristina Guerini

Para ler mais:

 

 

Imagem: http://bit.ly/1TuZyT3

A Feira da Agricultura Familiar será realizada todas as quartas-feiras, a partir do dia 8 de junho, das 10h às 18h, no corredor central da Unisinos São Leopoldo, em frente ao IHU (Av. Unisinos, 950 – São Leopoldo, RS – setor B).

Além do espaço de comercialização dos produtos orgânicos, serão realizadas oficinas, seminários e cine-vídeos, oportunizando a informação da comunidade acadêmica, agricultores e comunidade em geral.

A atividade é organizada pelo Instituto Humanitas Unisinos IHU por meio do Observatório da Realidade e das Políticas Públicas do Vale do Rio dos SinosObservaSinos.

Nos meses de junho e julho, a Feira ocorrerá em caráter experimental, no intuito de verificar a possibilidade de efetivação definitiva do evento. Durante essas semanas, serão colhidas sugestões dos produtores e consumidores, tendo vista a qualificação do projeto. Nesta fase inicial, as atividades contarão com a participação de representantes do Sítio Francisco Klein, Sítio Camila Kauer e do Vulcaniando Sabores, de São Leopoldo, além dos sítios Pé na Terra, Eco Muller e da Associação dos Apicultores da Lomba, de Novo Hamburgo, e do Centro Urbano de Práticas Ambientais, de Portão. O lançamento da Feira da Agricultura Familiar será realizado em agosto deste ano.

A programação completa da Feira na Unisinos será divulgada, em breve, no sítio do Instituto Humanitas UnisinosIHU.

O evento é promovido em parceria com o Programa de Ação Socioeducativa na Comunidade, Banco de Alimentos São Leopoldo e com a Associação Riograndense de Empreendimentos, Assistência Técnica e Extensão Rural de São Leopoldo.

Imagem: http://bit.ly/1pEyTta

IHU Ideias

Seguindo na mesma temática, o IHU realiza no dia 2 de junho o debate Feiras Agroecológicas, que contará com a participação de produtores, consumidores e organizadores das feiras e tem como finalidade promover a discussão entre as partes. A atividade faz parte do IHU ideias, evento promovido todas as quintas-feiras pelo IHU, na Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros, das 17h30min às 19h.

Por Fernanda Forner

Acompanhe mais sobre os debates acerca dos alimentos orgânicos:

A Construção Política do Brasil. Sociedade, Economia e Estado desde a Independência,

obra de Luiz Carlos Bresser-Pereira,

será apresentada hoje pelo Prof. MS Gilberto Antonio Faggion,

às 17h30min, na Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros, no IHU.

Na próxima 2ª feira,

Bresser-Pereira estará na Unisinos.

Ele proferirá uma grande conferência às 19h30min, no Auditório Central na Unisinos São Leopoldo.

Para mais informações, clique aqui.

por Fernanda Forner

Para ler mais:

Há 130 anos começava a luta dos trabalhadores e trabalhadoras por seus direitos. Uma greve geral em Chicago, Estados Unidos, nos primeiros dias de maio de 1886 marcou a data em que se celebra a busca por melhores condições laborais.

De 3 a 4 de maio uma paralisação com a participação de milhares de trabalhadores, que reivindicavam a redução da jornada de trabalho de 16 horas para 8 horas diárias, culminou na morte de 22 pessoas e em dezenas de feridos.

Três anos mais tarde no dia 20 de junho, na França, a Internacional Socialista decide convocar anualmente, no dia 1º de maio, uma greve geral para que os trabalhadores e trabalhadoras pudessem batalhar por seus direitos. A data escolhida foi em homenagem aos dias de Chicago.

Imagem: www.educadores.diaadia.pr.gov.br

Em 1º de maio de 1891 é realizada uma grande manifestação no norte da França, que dispersada pela polícia acaba com a vida de dez manifestantes. Posteriormente a Internacional Socialista de Bruxelas, na Bélgica, torna a data o dia mundial do pleito por melhores condições laborais. Em 1919 o senado francês reconhece a jornada de 8 horas diárias e o 1º de maio como feriado, fazendo com que, mais tarde, diversos outros países legitimassem a data em homenagem aos trabalhadores.

Desumanização

No entanto, a luta por melhores condições de trabalho nunca deixou de existir e ser tema de discussões. E é isso que se apresenta na edição 233 dos Cadernos IHU ideias, de autoria de Elsa Bevian, intitulado Capitalismo biocognitivo e trabalho: desafios à saúde e segurança. A edição aponta para a precarização constante das condições de trabalho e as consequências desta situação, com o “crescente adoecimento físico e mental dos trabalhadores”.

No texto, a professora destaca a desumanização que emerge do capitalismo biocognitivo que leva a situações degradantes dentro das empresas, com uma pressão cada vez maior pela maximização da produção com o menor custo. Segundo Elsa, “a tecnologia está substituindo trabalhadores e eliminando postos de trabalho em todos os ramos econômicos, em larga escala, no planeta. Há mais exigências das empresas sobre os trabalhadores: explorar ao máximo para diminuir o custo, reestruturação produtiva, sistema célula, em que o próprio trabalhador é o “lobo” do trabalhador; não há mais solidariedade, amizade, nem humanismo no ambiente de trabalho, só cobranças e exigências”.

Resistência

Elsa Bevian frisa que precisamos mudar esse quadro e enfrentar o modelo capitalista, que aliado ao processo de financeirização da vida torna-se obscuro. E ressalta a luta não é fácil, mas que “o capitalismo não pode tudo! O Estado deve permitir a resistência, para que sejamos governados um pouco menos. Não dá para primeiro esperar uma sociedade totalmente perfeita, para que seja possível melhorar a sociedade em que se vive; também é ilusão acreditarmos que vamos conseguir resolver tudo. A resistência hoje é mais difícil, porque a economia é global e a política é local. A ética não é universal, porque a política não é universal, porém as pessoas não são só totalmente governáveis, também têm capacidade de se insurgir, especialmente em sociedades democráticas”.

Elsa ainda nos convoca a questionar a pensar sobre outras alternativas com relação ao mundo do trabalho. “Como podemos alimentar o desejo e a possibilidade de sermos um pouco mais capazes de viver com os outros de forma livre? Como podemos ainda nos encantar pela política e nos encontrar na política?”; e assim nos propõe a criar relações de resistência.

Foto: Leslie Chavez / IHU

Elsa Cristine Bevian

É professora titular do Departamento de Direito pela Fundação Universidade Regional de Blumenau – FURB, onde leciona Direito do Trabalho e Direito Sindical e coordenadora do Grupo de Pesquisas Trabalho, Constituição e Globalização na mesma instituição. Possui doutorado em Ciências Humanas pela Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC. Durante o doutorado, passou pela Universidade Rovira i Virgili, em Tarragona, e pelo Instituto de Pesquisas Sociais (Institut für Sozialforschung), em Frankfurt. Sua Tese doutoral versa sobre “O Adoecimento dos Trabalhadores com a Globalização da Economia e Espaços Políticos de Resistência”. É mestre em Ciência Jurídica pela Universidade do Vale do Itajaí – Univali, possui graduação em Direito pela FURB.

O mundo do trabalho

O mundo do trabalho, principalmente o brasileiro, anualmente é tema de discussão da Revista IHU On-Line, que sempre faz memória ao dia 1º de maio publicando uma edição da revista à luz de melhores condições de trabalho. Este ano a edição será publicada no dia 2 maio. Confira nesse dia a íntegra da revista aqui.

Confira todas as edições da IHU On-Line já publicadas sobre a luta dos trabalhadores e trabalhadoras por melhores condições:

Por Cristina Guerini