A Prof. Dra. Adevanir Pinheiro, coordenadora do Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e indígenas – NEABI/UNISINOS, apresenta no dia 14 de outubro o seu livro “O espelho quebrado da branquidade”, que trata dos preconceitos raciais existentes na sociedade atual. A introdução do livro fará parte de uma Conferência sobre a consciência negra.

A Conferência em questão, intitulada “Educação das relações étnico-raciais e a economia solidária: um novo olhar para a superação da pobreza e do combate ao racismo na sociedade”, acontecerá às 19h30 do dia 14, no Auditório Central da Unisinos, com as palestrantes Georgina Helena Lima Nunes e Gilciane Beatriz Aguiar das Neves.

As educadoras debaterão o espaço dos afrodescendentes nos Empreendimentos Solidários.

Esse será um dos diversos eventos programados em 2014 em prol da conscientização da sociedade sobre a situação atual do negro e do racismo no país.

Para mais informações, entre em contato com o Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas – NEABI pelo telefone (51) 3591-1122.

Neste espaço se entrelaçam poesia e mística. Através de orações de mestres espirituais de diferentes religiões, mergulhamos no Mistério que é a absoluta transcendência e a absoluta proximidade. Este serviço é uma iniciativa feita em parceria com o Prof. Dr. Faustino Teixeira, teólogo, professor e pesquisador do PPG em Ciências da Religião da Universidade Federal de Juiz de Fora.

Sexta Meditação  –  Murilo Mendes

Estrela pequenina,
Estrela que baixaste sobre o próprio Presépio
Para mostrar fisicamente
Que baixou o infinito sobre nós,
Que o infinito se tornara íntimo,
Que no tempo irrompeu a eternidade,
Estrela de Belém
És a mesma estrela de Penedo
Por mim assimilada neste instante.

Estrela que já no princípio Adão e Eva
Contemplaram espantados em silêncio,
Estrela que indicaste a redenção,
Estrela que despontas a um só tempo
No céu e no cântico da alma,
O infinito íntimo
Muitas vezes até se manifesta
Pela candeia de uma estrela tímida
Distante e próxima de nós
Como o são nossos mesmos olhos mutuamente.

Fonte: Murilo Mendes. Antologia Poética. São Paulo: Cosac Naify, 2014, p. 168.

Murilo Mendes nasceu em Juiz de Fora, Minas Gerais, no dia 13 de maio de 1901. Foi poeta brasileiro que fez parte do Segundo Tempo Modernista. Recebeu o prêmio Graça Aranha com seu primeiro livro, “Poemas”. Participou do Movimento Antropofágico, revelando-se conhecedor da vanguarda artística europeia.

A poesia de Murilo Mendes analisa o destino do ser humano como um todo. Em 1932 escreve o poema “História do Brasil”. Em 1934, desenvolve temas religiosos e com Jorge de Lima escreve “Tempos e Eternidade”, publicado em 1935.  Logo escreve “A Poesia em Pânico”, em 1944 a prosa “O Discípulo de Emaús”, e “Janela do Caos” em 1948. Em 1953, foi convidado para lecionar literatura brasileira em Lisboa. Mais tarde se estabeleceu em Roma, onde lecionou Literatura Brasileira.

Faleceu, em Estoril, Portugal, no dia 13 de agosto de 1975.

Hoje, dia 09 de outubro, às 17h30, acontece no Instituto Humanitas Unisinos – IHU a apresentação do livro Neuro: The New Brain Sciences and the Management of Life (Neuro: Novas Neurociências e Gestão da Vida), de Nikolas Rose e Joelle Abi-Rached.

O livro será apresentado por MS Eduardo Zanella, do CAPES/PPGAS/UFRGS, e MS Miguel Herrera, do CNPq/PPGAS/UFRGS. 

O evento acontecerá na Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros, no IHU, a partir das 17h30. Para inscrever-se basta acessar a página do evento. A matrícula ainda pode ser feita por email (seguindo as instruções contidas aqui) ou presencial, pelo Atendimento Unisinos, localizado no 1º piso do Centro Administrativo (Campus Unisinos – São Leopoldo – RS).

O autor do livro, Nikolas Rose, participará do XIV Simpósio Internacional IHU: Revoluções tecnocientíficas, culturas, indivíduos e sociedades. A modelagem da vida, do conhecimento e dos processos produtivos na tecnociência contemporânea, que acontece entre os dias 21 e 23 de outubro. A programação completa do Simpósio pode ser acessada aqui.

Sobre o livro a ser apresentado pode ser lida a instigante entrevista de Eduardo Zanella e Miguel Herrera publicada pela revista IHU On-Line, no. 455, sob o título “Neurociência e gestão da vida. Um olhar sobre a obra de Nikolas Rose“.

INFORMAÇÕES DO EVENTO:

Palestrantes: MS Eduardo Zanella e MS Miguel Herrera
Horário: 17h30min às 19h
Local: Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros, no IHU


Na quinta-feira, 03-10-2014, o Instituto Humanitas Unisinos – IHU recebeu o professor Alejandro Rosillo Martínez, que proferiu a conferência “Direitos Humanos na América Latina: Ignacio Ellacuría”. O debate teve início às 17h30 e aconteceu na Sala Ignacio Ellacuría no IHU, cujo nome presta homenagem ao filósofo jesuíta assassinado em El Salvador.

Alejandro Rosillo, que têm dois de seus livros publicados sobre o pensamento de Ignacio Ellacuría, afirma: “O pensamento de Ellacuría é um ponto de partida para a realização de uma teoria crítica dos direitos humanos, ele buscava fundamentar a práxis de libertação, constituindo-se em um caminho em direção a uma filosofia da libertação”.

Filosofia da libertação

O professor explica quais são os fundamentos da Filosofia da Libertação e como ela tem sido fundamental para pensar os direitos humanos dos povos latino-americanos a partir de “uma nova maneira de filosofar, a partir da realidade latino-americana, e partindo da opção pela libertação dos povos, das vítimas e dos oprimidos”.

O pensamento de Ellacuría foi um ponto de partida para a realização da teoria crítica dos direitos humanos, ou seja, o desenvolvimento de uma reflexão sobre estes direitos que responda melhor à práxis de libertação dos povos.

Quem é Alejandro Rosillo Martínez

Rosillo Martínez é graduado em Ciências Jurídicas pela Facultad de Derecho de la Universidad Autónoma de San Luis Potosí, mestre e doutor em Estudos avançados em Direitos Humanos pela Universidad Carlos III de Madrid. Atualmente leciona na Universidad Autónoma de San Luis Potosí, no México.

Recentemente Alejandro concedeu uma entrevista a IHU On-Line, onde refletiu sobre filosofia da libertação e direitos humanos.

Por sua vez, a última edição dos Cadernos IHU ideias publicaram o artigo “Repensar os direitos humanos no horizonte da libertação”.  A edição pode ser conferida na página do IHU, a partir de hoje, 07-10-2014.

Também na semana passada, Alejandro Rosillo ministrou o minicurso “Direitos humanos desde América Latina – Uma visão filosófica”, que teve como objetivo discutir as filosofias críticas latino-americanas, abordando um viés jus-filosófico para (re)interpretação dos direitos humanos no espaço geopolítico da região. O minicurso foi promovido pelo Instituto Humanitas Unisinos – IHU em parceria com o Programa de Pós-graduação em Direito da Unisinos.

Publicações de Alejandro Rosillo

O professor é autor de diversos livros, tais como:

Justiça Social e direitos humanos desde uma perspectiva cristiana, Universidade Iberoamericana, León, 2010; Os direitos humanos desde o pensamento de Ignacio Ellacuría, Universidade Carlos III de Madrid-Editorial Dykinson, Madrid, 2009;

Praxis de libertação e direitos humanos. Uma introdução ao pensamento de Ignacio Ellacuría, Universidade Autónoma de San Luis Potosí-Comisión Estatal de Derechos Humanos, San Luis Potosí, 2008;

Os inícios da tradição ibero-americana de direitos humanos, Universidade Autónoma de San Luis Potosí-CENEJUS, Aguascalientes-San Luis Potosí, 2011.

Nahiene Alves e Suélen Farias

Neste espaço se entrelaçam poesia e mística. Através de orações de mestres espirituais de diferentes religiões, mergulhamos no Mistério que é a absoluta transcendência e a absoluta proximidade. Este serviço é uma iniciativa feita em parceria com o Prof. Dr. Faustino Teixeira, teólogo, professor e pesquisador do PPG em Ciências da Religião da Universidade Federal de Juiz de Fora.

Diante do presépio: eu sonhoMartin L. King

Sonho que os homens levantar-se-ão, um dia,
e compreenderão enfim que foram feitos
para viver juntos como irmãos.
Sonho também, nesta manhã, que, um dia,
cada negro deste país,
cada homem de cor do mundo inteiro,
será julgado pelo seu valor pessoal
e não pela cor de sua pele, e que todos
respeitarão a dignidade da pessoa humana.
Sonho ainda que, um dia,
as indústrias moribundas dos Apalaches readquirirão vida,
que os estômagos vazios do Mississipi serão alimentados,
que a fraternidade tornar-se-á
algo mais que palavra ao final de uma prece,
e que ela será, ao contrário,
o primeiro assunto a ser tratado
na ordem do dia legislativo.
Sonho que um dia
a justiça jorrará como água,
e o direito como um rio vigoroso.
Hoje sonho que,
em todas as altas esferas do Estado
e em todas as municipalidades,
entrarão cidadãos eleitos
que restituirão a justiça,
amarão a piedade
e caminharão humildemente
nos caminhos de seu Deus.
Sonho que, um dia,
a guerra terá fim,
que os homens transformarão
suas espadas em relhas de arado
e suas lanças em podadeiras,
que as nações não se levantarão mais
umas contra as outras
e que não visarão mais à guerra.
Sonho que, um dia,
o leão e o cordeiro
deitar-se-ão um ao lado do outro,
que todos os homens sentar-se-ão
sob suas parreiras e figueiras,
e que ninguém mais terá medo.
Hoje sonho que
todo vale será elevado,
que toda montanha e colina
serão abaixadas,
que os caminhos desnivelados
serão aplainados
e que os caminhos tortuosos
serão endireitados,
que a glória de Deus se revelará
e que toda carne, enfim reunida, há de vê-la…
Sonho que, graças a essa fé,
seremos capazes
de repelir as tentações do desespero
e lançar uma nova luz
sobre as trevas do pessimismo.
Sim, graças a essa fé,
seremos capazes de apressar
o dia em que a paz
reinará sobre a terra
e a boa vontade, entre os homens.
Será um dia maravilhoso,
as estrelas da manhã cantarão juntas
e os filhos de Deus
bradarão em gritos de alegria.

Fonte: Faustino Teixeira & Volney Berkenbrock. Sede de Deus. Orações do judaísmo, cristianismo e islã. Petrópolis: Vozes, 2002, p. 154-156.

Martin Luther King Jr. foi um pastor protestante e ativista político estadunidense. Tornou-se um dos mais importantes líderes do movimento dos direitos civis dos negros nos Estados Unidos e no mundo, com uma campanha de não violência e de amor ao próximo.

Seus esforços levaram à Marcha sobre Washington de 1963, onde ele fez seu discurso “I Have a Dream”.
Em 14 de outubro de 1964, King recebeu o Prêmio Nobel da Paz pelo combate à desigualdade racial através da não violência. Nos anos que antecederam a sua morte, ele expandiu seu foco para incluir a pobreza e a Guerra do Vietnã, alienando muitos de seus aliados liberais com um discurso de 1967 intitulado “Além do Vietnã”.
King foi assassinado em 4 de abril de 1968, em Memphis, Tennessee. Ele recebeu postumamente a Medalha Presidencial da Liberdade em 1977 e Medalha de Ouro do Congresso em 2004; o Dia de Martin Luther King Jr. foi estabelecido como feriado federal nos Estados Unidos em 1986. Centenas de ruas nos EUA também foram renomeadas em sua homenagem.