O Centro Jesuíta de Cidadania e Ação Social (CJCIAS/CEPAT) está promovendo um debate sobre as “Lutas Populares no Paraná”, dividido em oito encontros cada um com uma pauta a ser debatida no decorrer desse ano, em Curitiba.

O assunto, segundo o CEPAT, “é uma lacuna sentida por todos nós que nascemos ou escolhemos este estado para viver e que nos indignamos com as suas desigualdades e cerceamento de direitos. É da experiência de luta popular que nasce a esperança e a coragem para transformar a realidade atual”.

Um dos objetivos do projeto é apresentar uma leitura alternativa da história, considerando a memória daqueles que resistiram à opressão, que lutaram e se engajaram em causas comuns, contrárias aos interesses dos muito ricos, desde o processo de formação política, econômica e social do que viria ser o Paraná.

Os encontros serão nos últimos sábados do mês, de março a novembro deste ano, das 8h às 18h, com exceção do mês de julho, que não haverá reunião.

O curso faz parte do Programa de Formação Político-Cidadã e será realizado em parceria com o Centro de Formação Milton Santos – Lorenzo Milani e o apoio do Instituto Humanitas Unisinos – IHU.

Mais informações no flyer abaixo.

Hoje, dia 31 de janeiro, é comemorado o 100º aniversário de nascimento de Thomas Merton, uma das grandes referências da mística cristã no século XX. “Eu sinto que a minha vida, de modo particular, está selada com o grande sinal que o batismo, a profissão monástica e a ordenação imprimiram a fogo nas raízes do meu ser, já que, como Jonas, eu também me encontro viajando rumo ao meu destino no ventre de um paradoxo”, descreve Merton.

Durante uma viagem para a conferência Leste-Oeste sobre Diálogo Monástico, Merton morreu vítima de um choque elétrico acidental, em Bangkok, na Tailândia, em 10 de dezembro de 1968.

Thomas Merton (1915-1968)

Quem foi Thomas Merton?

O monge trapista, nascido em 31 de janeiro de 1915, em Prades, na França, era conhecido por buscar a interioridade e o amor a Deus e ao próximo. Durante sua trajetória foi conselheiro de grandes papas do século XX e publicou mais de setenta livros, a maioria sobre espiritualidade.

Escritos

O livro Merton na intimidade – Sua Vida em Seus Diários (Rio de Janeiro: Fisus, 2001) é uma seleção extraída dos vários volumes do diário místico. Ele também é autor de livros famosos como A Montanha dos Sete Patamares (São Paulo: Itatiaia, 1998) e Novas sementes de contemplação (Rio de Janeiro: Fisus, 1999).

edição 460 da revista IHU On-Line sob o título A mística nupcial. Teresa de Ávila e Thomas Merton, dois centenários celebra o centenário de hoje com as entrevistas com Marco Vannini, Faustino Teixeira, Sibelius Cefas Pereira e Norma Ribeiro Nasser.

Além da revista, no sítio do IHU podem ser encontrados uma série de artigos sobre o monge, tais como No ventre de um paradoxo: a vida de Thomas Merton, de Emanuele D’OnofrioRowan Williams e Thomas Merton: o diálogo do silêncio, de Giacomo Galeazzi.

Abaixo segue uma seleção de outras produções sobre Merton, publicadas no IHU:

Reprodução capa IHU On-Line Ed. 394

Hoje, 30-01-2015, completa-se um ano da morte do padre jesuíta João Batista Libânio.

Sim, foi no ‘denso dia 30 de janeiro’ (Dudu) que Libânio partiu.

Com esta breve e singela nota, queremos celebrar a memória do Padre Libânio. Nós do IHU sempre o recordamos como aquele que nunca negou contribuir com entrevistas para o IHU. Ele sempre podia. Nunca, que nos lembremos, recusou uma entrevista. E sempre respondia com agilidade, precisão e liberdade de espírito.

E hoje, suplicamos, “que ele não se esqueça de nós ao contemplar a Sagrada Face. Para que sejamos dignos do tanto que recebemos” (Chico Pinheiro)

Eis a nota.

Com a tranquilidade e inteligência de quem, como ele mesmo definiu em entrevista à IHU On-Line, acolheu a vida como um dom, J.B. Libânio construiu uma trajetória teológica pessoal que se confunde à recepção do Concílio Vaticano II e da Teologia de Libertação no Brasil.

“A clareza e a serenidade não se medem pelo número de anos, mas pelo trabalho interior. A existência foi generosa comigo e permitiu-me que pudesse estar sempre à volta com análises, reflexões sobre a realidade social e eclesial”, disse em entrevista concedida ao Jornal de Opinião, em 2002, por ocasião da celebração de seus 70 anos.

Trajetória Acadêmica

Fonte: www.domtotal.com

Seus estudos de Teologia Sistemática foram concluídos na Hochschule Sankt Georgen, em Frankfurt, Alemanha, onde também estudou com os maiores nomes da Teologia europeia. Era mestre e doutor (1968) em Teologia pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma. O jesuíta era professor na Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia e vigário da paróquia Nossa Senhora de Lourdes, em Vespasiano.

Produção intelectual

Escreveu mais de 125 livros, dos quais 36 de autoria própria e os demais em colaboração com outros autores, alguns editados em outras línguas, entre eles A religião no início do milênio (2. ed. São Paulo: Loyola, 2011); Crer num mundo de muitas crenças e pouca libertação (2. ed. São Paulo – Valencia: Paulinas – Siquem, 2010); e Cenários da Igreja – Num mundo plural e fragmentado (2. ed. São Paulo: Edições Loyola, 2009). Além disso, possui mais de 40 artigos publicados em periódicos especializados, e inúmeros artigos em jornais e revistas.

Enfim, como escreveu Chico Pinheiro, jornalista, “tivemos o privilégio de conviver com um Santo, com um Profeta que preparou para nós os caminhos do Senhor e nos mostrou suas veredas. Pudemos vê-lo com os nossos olhos, tocá-lo com nossas mãos, abraçá-lo e beijá-lo em nossas celebrações. Por isso damos testemunho do Amor e agradecemos a Deus”.

Leia mais…

Agora o conteúdo produzido pelo Instituto Humanitas Unisinos – IHU pode ser acessado, também, no aplicativo do IHU. A ferramenta permite que o conteúdo publicado pelo Instituto, da Entrevista do Dia às Notícias ou mesmo as redes sociais, Twitter e Facebook, esteja disponível de maneira prática e objetiva aos leitores. De acordo com Fernando Dupont, responsável pela criação do aplicativo, “o dispositivo ainda está em fase de implementação, mas já pode ser utilizado pelos internautas”, explica.

A novidade foi apresentada durante a última reunião de trabalho dos coordenadores, ainda no final de 2014, que projetou as ações que serão realizados este ano no IHU.

A programação inclui, entre outros, os eventos Ética, Mística, Transcendência – 12ª Páscoa IHU; II Colóquio Internacional IHU – O Concílio Vaticano II: 50 anos depois. A Igreja no contexto das transformações tecnocientíficas e socioculturais da contemporaneidade; Ciclo de Estudos – Metrópoles, Políticas Públicas e Tecnologias de Governo – Territórios, governamento da vida e o comum e o V Colóquio Latino-Americano de Biopolítica – III Colóquio Internacional de Biopolítica e Educação – XVII Simpósio Internacional IHU – Saberes e Práticas na Constituição dos Sujeitos na Contemporaneidade.

Acesse o link e faça o download do aplicativo do IHU.

“O projeto da UHE Belo Monte é um emblema desta situação de não-direito: não há norma, seja de direito ambiental, urbanístico, financeiro, e de direitos humanos, de caráter constitucional ou não, que não possa ser violada, diante da premência política de se injetar bilhões de reais (saídos dos cofres públicos) numa obra cujos resultados são duvidosos” – Maria Lúcia Navarro Lins Brzezinski.

Este é o debate da 47ª edição do Cadernos IHU, que tem como título “Além de Belo Monte e outras barragens: o crescimentismo contra as populações indígenas”.

A publicação reúne uma série de artigos que ajudam a compreender melhor os impactos da construção da usina hidrelétrica – UHE – de Belo Monte na questão dos direitos conferidos aos territórios indígenas.

Ela conta uma breve história sobre a UHE, aprofundando nos motivos que levaram ao início do projeto, desde a necessidade de energia no Brasil, além dos principais fatores que envolveram o leilão e da ajuda do governo para viabilizar a obra.

Localizada no Rio Xingú, Pará, a construção foi projetada para ser a terceira maior usina hidrelétrica do mundo. De acordo com os artigos da publicação, a história de Belo Monte é marcada pela violência e pelo desrespeito aos direitos das comunidades indígenas e de outras populações que vivem no local, que deverão sofrer os impactos da obra.

Violação de direitos

indios belo monte (1)

Além disso, são citados nos artigos os direitos vigentes no Brasil que protegem as comunidades indígenas, como por exemplo a Convenção 169 da OIT, a forma como os mesmos estão sendo violados e quais as principais formas de violência que estas comunidades sofrem.

Estão incluídos também os principais artigos presentes na Constituição Federal de 1988, como o  2º parágrafo do Art. 231, no qual afirma que “as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios destinam-se a sua posse permanente, cabendo-lhes o usufruto exclusivo das riquezas do solo, dos rios e dos lagos nelas existentes”.

Esta é apenas uma das normas vigentes no país que buscam preservar os direitos reservados aos índios no Brasil. Contudo, fatos recentes na história do país levam a crer que, apesar de possuirmos leis criadas para defender a integralidade das terras indígenas, a segurança e a preservação destes povos estão sendo desrespeitados. Belo Monte é um exemplo disso, pois da forma com que o projeto vêm sendo feito, viola todos estes direitos.

Para ler mais:

O IHU On-Line realizou diversas entrevistas com pesquisadores e especialistas que acompanham a situação da Usina Hidrelétrica de Belo Monte: