“A pegada hídrica também funciona como um instrumento educativo, pois faz com que as pessoas prestem atenção na maneira como consomem a água”, aponta a engenheira agrônoma Vanessa Empinotti, que estará presente no Ciclo de Estudos – Metrópoles, Políticas Públicas e Tecnologias de Governo – Territórios, governamento da vida e o comum, ministrando a palestra intitulada Pegada Hídrica, transparência e governança da água nas metrópoles brasileiras: desafios e avanços.

O cálculo da pegada hídrica é fundamental e contribui para garantir a governança da água, – explica Vanessa, em entrevista ao IHU – pois além de calcular a quantidade de água gasta na produção de bens de consumo, funciona como uma “ferramenta de gestão, que nos mostra como se está utilizando a água e como indicativos de quais ações devem ser tomadas para aumentar a eficiência de uso dos recursos hídricos”.

atividade sobre pegada hídrica, que será realizada no dia 29 de abril, às 19h45min, faz parte do Ciclo de Estudos – Metrópoles, Políticas Públicas e Tecnologias de Governo – Territórios, governamento da vida e o comum, que ocorrerá entre os dias 6 de abril a 9 de junho.

O evento, realizado pelo Instituto Humanitas Unisinos – IHU, tem como objetivo levantar possibilidades e limites das metrópoles no que diz respeito a uma sociedade sustentável, percebendo-as enquanto espaços de construção plurais, diversos e, ao mesmo tempo, de governamento das vidas.

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Lúcia Pedrosa de Pádua, professora de Teologia na PUC-Rio.

A subjetividade construída por Teresa de Ávila é “integral e relacional”, diz Lúcia Pedroso de Pádua, Profa. Dra. de Teologia na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro – PUC–Rio, que ministrará a Conferência sobre Teresa de Ávila, a andarilha para tempos de peregrinação, no dia 11 de março na Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros – IHU, Campus de São Leopoldo da UNISINOS, a partir das 19h30min.

Em entrevista concedida ao IHU, a teóloga conta que fatos a fizeram despertar a experiência mística da santa: “Teresa de Ávila é, sem dúvida, uma mulher questionada e estimulada por seu tempo. Viveu no “século de ouro” espanhol, um período de florescimento econômico, político, literário, filosófico e também espiritual. Um tempo complexo, marcado pela conquista das “Índias” e toda a sua ambiguidade”.

Teresa de Ávila (1515-1582)

Teresa de Ávila, religiosa e escritora espanhola proclamada Doutora da Igreja pelo Papa Paulo VI, também foi tema da edição 460 da Revista IHU On-Line sob o título A mística nupcial. Teresa de Ávila e Thomas Merton, dois centenários.

A edição foi realizada em comemoração aos 500 anos do nascimento de Teresa de Ávila (1515 – 1582) e do centenário de Thomas Merton (1915 – 1968), duas grandes referências da mística cristã reconhecidos pela busca da interioridade e pelo amor a Deus e ao próximo.

A conferência faz parte da Programação de Páscoa, anualmente promovida pelo Instituto Humanitas Unisinos – IHU.

As atividades que serão realizadas entre os dias 11 e 26 de março, contam com: conferências e debates sobre teologia e mística na contemporaneidade; debate sobre religião, política, ética, mística e transcendência no cinema, numa abordagem crítica sobre estética e linguagem fílmica em alguns filmes recentes; audições comentadas de música clássica e latino-americana.

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Neste espaço se entrelaçam poesia e mística. Através de orações de mestres espirituais de diferentes religiões, mergulhamos no Mistério que é a absoluta transcendência e a absoluta proximidade. Este serviço é uma iniciativa feita em parceria com o Prof. Dr. Faustino Teixeira,   teólogo, professor e pesquisador do PPG em Ciências da Religião da Universidade Federal de Juiz de Fora.

Ofício Humano – Murilo Mendes

As harpas da manhã vibram suaves e róseas.
O poeta abre seu arquivo – o mundo –
E vai retirando dele alegria e sofrimento
Para que todas as coisas passando pelo seu coração
Sejas reajustadas na unidade.

É preciso reunir o dia e a noite,
Sentar-se à mesa da terra com o homem divino e o criminoso,
É preciso desdobrar a poesia em planos múltiplos
E casar a branca flauta da ternura aos vermelhos clarins do sangue.

Esperemos na angústia e no tremor o fim dos tempos,
Quando os homens se fundirem numa única família,
Quando ao separar de novo a luz das trevas
O Cristo Jesus vier sobre a nuvem,
Arrastando por um cordel a antiga Serpente vencida.

Fonte: Murilo Mendes. Antologia poética. São Paulo: Cosa Naify, 2014, p. 110

Murilo Mendes nasceu em Juiz de Fora, Minas Gerais, no dia 13 de maio de 1901. Foi poeta brasileiro que fez parte do Segundo Tempo Modernista. Recebeu o prêmio Graça Aranha com seu primeiro livro, “Poemas”. Participou do Movimento Antropofágico, revelando-se conhecedor da vanguarda artística europeia.

A poesia de Murilo Mendes analisa o destino do ser humano como um todo. Em 1932 escreve o poema “História do Brasil”. Em 1934, desenvolve temas religiosos e com Jorge de Lima escreve “Tempos e Eternidade”, publicado em 1935.  Logo escreve “A Poesia em Pânico”, em 1944 a prosa “O Discípulo de Emaús”, e “Janela do Caos” em 1948. Em 1953, foi convidado para lecionar literatura brasileira em Lisboa. Mais tarde se estabeleceu em Roma, onde lecionou Literatura Brasileira.

Faleceu, em Estoril, Portugal, no dia 13 de agosto de 1975.

Neste espaço se entrelaçam poesia e mística. Através de orações de mestres espirituais de diferentes religiões, mergulhamos no Mistério que é a absoluta transcendência e a absoluta proximidade. Este serviço é uma iniciativa feita em parceria com o Prof. Dr. Faustino Teixeira,   teólogo, professor e pesquisador do PPG em Ciências da Religião da Universidade Federal de Juiz de Fora.

Espessura

 A selva
espessa
do indeterminado
tangida
de secretas
harmonias

Fonte: Marco Lucchesi. Clio. Poemas. São Paulo: Editora Globo, 2014, p. 66

Neste espaço se entrelaçam poesia e mística. Através de orações de mestres espirituais de diferentes religiões, mergulhamos no Mistério que é a absoluta transcendência e a absoluta proximidade. Este serviço é uma iniciativa feita em parceria com o Prof. Dr. Faustino Teixeira,   teólogo, professor e pesquisador do PPG em Ciências da Religião da Universidade Federal de Juiz de Fora.

Stadnicki 

Dessa vida não quero muito…
Não sou de “meus”… a possessividade me olha torto, não temos boa relação…
Meu mesmo, só esse desejo sem fim de viver.
E de fazer algum sentido esse estar vivo.
Esse arregalar de olho toda manhã,
esse se pintar de sol que rasga tudo…
Minha mesmo, só essa constante intranquilidade…
Que assusta os incautos que me pensam plena.
Meu mesmo, só esse desaforado incomodar-se.
Que me é companhia sempre certa…
Fiel agonia…
Quase irmã.
Estorvo que é benção,
Tortura que lapida.
Minha sina…Meu precioso bem.

Stadnicki.