No dia 10 de maio, terça-feira, ocorreu a Oficina Realidades e Bases de Dados do DATASUS, ministrada pela Profa. Dra. Veralice Maria Gonçalves , coordenadora dos projetos da área de TI do Ministério da Saúde no Estado do RS, respondendo pela gerência local do DATASUS.

A atividade foi realizada pelo Observatório da realidade e das políticas públicas do Vale do Rio dos Sinos – ObservaSinos, programa do Instituto Humanitas Unisinos – IHU, em parceria com o Ministério da Saúde, com o intuito de favorecer o acesso às bases de dados públicos do DATASUS. Dessa forma, a atividade foi pensada como um espaço de informação e formação sobre os indicadores de saúde e sua aplicação técnica e política.

Foto: Carolina Lima

Veralice apontou algumas questões sobre a realidade dos dados de saúde. Segundo ela, o DATASUS disponibiliza uma das maiores bases de dados públicos em saúde do mundo, sendo o acesso gratuito e aberto.

A transparência na informação se constitui como uma estratégia para a garantia do Sistema Único de Saúde – SUS. Neste sentido é fundamental que sejam garantidos processos de formação permanente, tanto para a “alimentação”, como para o acesso das bases de dados. Nesse sentido que o Ministério da Saúde promove eventos para a formação dos gestores, conselheiros e usuários do Sistema.

PRINCÍPIOS DO SUS que justificam a “IN-FORMAÇÃO” em Saúde

O Sistema Único de Saúde obedece a três princípios fundamentais: universalidade, equidade e integralidade. A universalidade é a ideia de que todos devem ter a garantia do acesso à saúde, sem discriminação. A integralidade parte do ponto de vista de que o tratamento de saúde vai além da simples ideia de cura, mas que é uma construção de bem estar de vida. E a equidade vem como complemento à igualdade, no sentido de que as diferenças devem ser tratadas nas suas especificidades para haver igualdade.

A partir desses princípios, a informação em saúde se justifica. A intenção de se ter o acompanhamento das informações de saúde é para que os serviços do SUS qualifiquem seus atendimentos a partir de seus princípios. Nesse sentido, é necessário saber quais as necessidades, quais diferenças, o que é preciso que se faça para garantir que a universalidade, a integralidade e a equidade estejam sendo atendidas dentro do Sistema Único de Saúde.

A partir da necessidade que se identificou em medir como o SUS garante a equidade no tratamento, foi feita uma reflexão sobre o processo de equidade e como isso poderia ser observado a partir dos indicadores disponíveis. Assim, foram trazidos alguns questionamentos: “Como se mede a equidade?”, “Sob que olhar estamos olhando a equidade?” e “Quem precisa mais e do que precisa?”. Foram apresentados pontos sobre a realidade do SUS, como seu caráter de humanização, que tem como objetivo fugir da lógica que torna a saúde uma mercadoria.

Ferramentas e Sistemas de Informação

Durante a oficina foram apresentadas ferramentas para o acesso aos dados. Veralice falou sobre o uso dos sistemas de informação, trazendo explicações sobre a atualização e coleta de dados. Isso é o que garante e ajuda as entidades a pensarem a distribuição de recursos conforme as necessidades apresentadas pelos indicadores. E apesar de algumas dificuldades apresentadas nesse sentido, para Veralice o debate acerca dos dados se dá sobre a forma de coleta deles. “O processo de registro de dados é que deve ser discutido, e não o uso da informação”, argumenta.

Veralice também comenta que os dados de saúde são produzidos pelos sistemas de informação de saúde. “A fonte é a mesma, o que muda são as aplicações aos dados”, aponta. Nesse sentido os dados são apresentados de diferentes maneiras a partir de uma fonte em comum, que são os sistemas de informação em saúde, sendo ele o DATASUS.

Foram apresentadas ferramentas para o manuseio dos dados. Duas delas são os softwares de tabulação: TABNET – Tabulador de Dados Ambiente WEB e TABWIN – Tabulador de Dados Ambiente Windows. Ambos são tabuladores de dados de domínio público, com suporte de uso e treinamento disponibilizados pelo Ministério da Saúde e desenvolvidos pelo DATASUS.

Ainda foi apresentado o E-SUS, uma ferramenta on-line que ajuda no manuseio e acesso aos dados públicos. O E-SUS foi criado em parceria com a Universidade Federal de Santa Catarina, a partir dessa proposta de disponibilizar e facilitar o acesso à informação.

Veralice atentou para os avanços que temos nos dias de hoje em relação ao acesso à informação. Ela conta que antes o acesso era centralizado, a partir do momento que só quem podia conhecer a informação era quem era dono dela ou mesmo quem tinha conhecimento sobre recursos tecnológicos que não eram acessíveis a todos. Já nos dias de hoje, ela aponta que temos tanta informação disponível que não sabemos por onde começar a procura.

Por fim, foi feita uma avaliação entre os participantes. Veralice contou que saía do espaço empolgada com a atividade. “Olhar a preocupação dos outros que não são as nossas, isso que faz a gente crescer”, afirmou. Ainda, os outros participantes enfatizaram a potência do debate e dos encontros.

Por Carolina Lima e Marilene Maia

No dia 4 de abril, aconteceu em São Leopoldo o 5º Seminário Anual – Agenda 2020 e o Programa Cidades Sustentáveis no Vale do Sinos. A atividade foi realizada pelo Instituto São Leopoldo 2024 com o intuito de promover o debate a respeito do projeto de cidade que se deseja, assim como da perspectiva de constituir-se em cidade sustentável.

O Observatório da realidade e das políticas públicas do Vale do Rio dos Sinos – ObservaSinos, programa do Instituto Humanitas Unisinos – IHU, foi convidado a participar do Seminário com o intuito de apresentar os dados para leitura da realidade da cidade de São Leopoldo.

O ObservaSinos, por meio da Profa. Marilene Maia e do acadêmico em Ciências Econômicas João Conceição, apresentou indicadores sobre a situação do saneamento básico da região e a situação do Rio do Sinos. Também exibiu dados gerais da cidade e o perfil da população, assim como dos índices econômicos e sociais do município e dos seus bairros. Destacou as características da população e dos territórios em situação de (des)proteção social.

Foto: Carolina Lima / ObservaSinos – IHU

O evento ainda contou com a participação de Luiz Guilherme Gomes, assessor do Programa Cidades Sustentáveis. O Programa possibilita aos gestores públicos uma agenda completa da sustentabilidade urbana, indicadores e um banco de práticas associadas a essa agenda a serem desenvolvidas pelos municípios. Para isso, existem 12 eixos temáticos que abordam diferentes áreas da gestão pública, incorporando as dimensões social, ambiental, econômica, política e cultural.

Também houve a exposição, feita pela Secretária Adjunta de Monitoramento, Pollyana Perinazzo, sobre a realidade do município de Canoas, que, em 2014, ganhou o Prêmio Nacional de Cidade Sustentável. A partir disso, Pollyana apresentou ferramentas de monitoramento e gestão em relação aos dados do município, assim como as estratégias utilizadas para a sua afirmação como cidade sustentável.

O Instituto São Leopoldo reuniu representantes de outras organizações com atuação na cidade, assim como os representantes dos partidos que têm presença no município, a fim de ampliar o debate sobre a cidade que se tem e a cidade que se quer. Debate que se faz indispensável neste tempo, que deve ser ampliado com a participação da população.

Por Carolina Lima e Marilene Maia

Na fria manhã desta terça feira, 17 de maio, a Profª. Marilene Maia, coordenadora do Observasinos, programa do Instituto Humanitas Unisinos – IHU, a Profª Signorá Konrath, do Curso de Nutrição, e a Assistente Social Célia Severo, coordenadora da Incubadora de Empreendimentos Econômicos Solidários Tecnosociais/CCIAS, ligadas à Unisinos, visitaram a Incubadora de Empreendimentos Solidários e Tecnologia Social da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul – PUCRS , que, após longas tratativas, conseguiu implantar a Feira Agroecológica da PUCRS. A Feira, que ocorre desde o segundo semestre de 2015, valoriza a agricultura familiar e a comercialização de alimentos sem agrotóxicos, com certificação de orgânicos e, em breve, também terá lanches rápidos e saudáveis.

Foto:  Arquivo pessoal

As representantes da UNISINOS foram recebidas pela coordenadora Anelise Gronitzki Adam e por Rayssa K. Monteiro Amorim, para a troca de informações e experiências, já que, a partir de junho de 2016, a UNISINOS também pretende oferecer à comunidade acadêmica a sua ECOFEIRA, que deverá ocorrer sempre às quartas-feiras, das 10h às 18h, no Campus São Leopoldo.

A Feira Agroecológica da Unisinos contará com parceiros internos e externos, além da adesão de feirantes comprometidos com alimentos saudáveis e orgânicos.

Após a reunião, foi possível realizar uma visita à feira da PUCRS, conversar diretamente com os produtores/as, conhecer os métodos de plantio e colheita e, é claro, adquirir produtos fresquinhos e de qualidade, além de tomar um chimarrão no espaço de acolhimento da feira.

Segundo a assistente social Célia Severo, “sem sombra de dúvidas foram momentos excepcionais de acolhida e partilha da ressignificação dos processos de construção de projetos para ‘um outro mundo possível’ , de forma solidária e coletiva, valorizando os aspectos agroecológicos, o entrelaçamento entre saber popular e acadêmico, da responsabilidade social e do desenvolvimento territorial sustentável, como importantes compromissos das universidades com as comunidades em que se encontram inseridas”.

A Feira Agroecológica da Unisinos, um sonho de muitos, está se tornando realidade. Este futuro espaço de mostra, comercialização, consumo e “in-formação” , aponta para a afirmação de outros jeitos de cuidar da vida, das relações e da sociedade. Participar é preciso!

Por Marilene Maia e Célia Severo

Acompanhe mais sobre os debates acerca dos alimentos orgânicos:

Quarta-feira da semana que vem, 25 de maio, a Faculdade de Ciências Econômicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS, recebe a filósofa espanhola Adela Cortina, da Universidade de Valência, Espanha, para uma palestra sobre sua teoria “Ética da Razão Cordial“. Considerada uma das filósofas mais influentes da atualidade, Adela, que é doutora em Filosofia e professora catedrática de Filosofia Jurídica, Moral e Política em Valência, escreve com regularidade para o jornal El País.

Imagem de divulgação do evento

O Grupo de Filosofia, Economia e Direito da UFRGS organiza a atividade, em projeto financiado pelo CNPq.

A palestra é gratuita e começa às 14h no auditório da Faculdade de Economia (Av. João Pessoa, 52 – Campus Centro). As inscrições devem ser feitas pelo e-mail adelanobrasil.ufrgs@gmail.com.

Adela Cortina esteve na Unisinos em 2002, em atividade promovida pelo Instituto Humanitas UnisinosIHU e o PPG em Filosofia Unisinos. Em 20 de novembro daquele ano falou sobre o tema Aliança e Contrato. Política, Ética e Religião.

Adela Cortina é autora de inúmeros livros, entre os quais citamos Razón comunicativa y responsabilidad solidaria (1985), Ética mínima (1986), Ética sin moral (1990) e La moral del camaleón (1991).

Outros títulos são Alianza y Contrato. Ética, Política y Religión (Editora Madrid: Trotta, 2001, 184p.), resenhado na edição 27ª da IHU On-Line, e Por una ética del consumo (Madrid: Taurus, 2002). Um de seus títulos em português é Ética Civil e Religião (São Paulo: Paulinas, 1996).

Saiba mais aqui.

O Prof. Dr. Rodrigo Ghiringhelli de Azevedo, coordenador do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da PUC-RS, debaterá a atual conjuntura brasileira nesta quinta-feira, 19 de maio, em evento promovido pelo Instituto Humanitas Unisinos – IHU, às 17h30min, na Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros, no IHU.

 

Foto: www.esdm.com.br

Rodrigo Ghiringhelli de Azevedo

É professor e coordenador do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da PUC-RS. É graduado em Ciências Jurídicas e Sociais pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS, especialista em Análise Social da Violência e Segurança Pública, mestre e doutor em Sociologia pela UFRGS. Pós-doutor em Criminologia pela Universitat Pompeu Fabra, em Barcelona, e pela Universidade de Ottawa, no Canadá.

É autor e organizador de vários livros, entre os quais Crime, Polícia e Justiça no Brasil (São Paulo: Contexto, 2014), Relações de Gênero e Sistema Penal – Violência e Conflitualidade nos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher (Porto Alegre: EDIPUCRS, 2011) e Informalização da Justiça e Controle Social (São Paulo: Instituto Brasileiro de Ciências Criminais, 2000).

Por Cristina Guerini

Para ler mais: