Não restrição ao público e ao privado é o principal traço do conceito de comum, afirmou Alexandre Mendes (foto) durante sua participação no Ciclo de Estudos sobre Metrópole promovida pelo IHU, onde ministrou, na última quinta-feira, 07 de maio, a palestra Metrópole e comum: crise e novas plataformas de mobilização.

“Quando o direito romano foi convertido em direito moderno, as concepções de ‘res communis’ ou ‘bem comum’, não foram consideradas”. Foi a partir da constatação da não inclusão do bem comum no direito moderno que o palestrante se interessou pelo tema e deu inicio às suas pesquisas. Ele explicou que a gestão do comum, referindo-se à gestão dos bens naturais, não é mais o ponto chave nas discussões sobre o tema. Mendes esclarece que hoje o comum é interpretado como “um conceito de classe denominado por um antagonismo e uma luta em torno da liberdade e da igualdade”.

O pesquisador explicitou ainda como o conceito de “comum” é abordado a partir de diferentes perspectivas, chamando a atenção para a abordagem feita pela Nobel da Economia de 2009, Elinor Ostrom. “Os bens comuns são de todos e é possível gerir esses recursos a partir do comum e comum nesse sentido não é apenas a gestão desses recursos em pequena escala, trata-se de uma perspectiva mais ampla”, ilustrou o professor.

Alexandre Mendes sustentou que “as jornadas de junho de 2013 foram um ponto de ebulição onde os novos mecanismos de mobilização em torno do comum se afloraram, surgindo como grande questionamento à antiga forma de mobilização e como um movimento que colocou em questão a relação entre metrópole e comum”, e provocou perguntando: “Quais os desafios para prolongar essas jornadas?”.

Fique atento: o próximo IHU ideias terá como tema o “Consumo colaborativo em bazares de trocas do Facebook: Um estudo de caso”. A atividade será ministrada pela Bel. Nathalia Schoen Munhoz, no dia 28 de maio, às 17h30min, na Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros, no IHU.

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 Por Cristina Guerini

Transformações da Igreja na atualidade e o documento Gaudium et Spes serão temas da conferência ministrada por Massimo Faggioli no dia 20 de maio, às 8h30min, na Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros – IHU.

A atividade faz parte do II Colóquio Internacional IHU – O Concílio Vaticano II: 50 anos depois. A Igreja no contexto das transformações tecnocientíficas e socioculturais da contemporaneidade.

Professor de história do cristianismo da University of St. Thomas, em Minnesota, nos EUA, Faggioli proferirá a conferência Gaudium et Spes 50 anos depois: seu significado para uma Igreja aprendente.

Massimo Faggioli também participará da mesa redonda que debaterá a Conjuntura Eclesial em tempos do pontificado do Papa Francisco.

Faggioli escreve para jornais e revistas sobre a Igreja, religião e política e frequentemente dá palestras públicas sobre a Igreja e sobre o Vaticano II. É  copresidente do novo grupo de estudo “do Vaticano II” Estudos para a “Academia Americana de Religião”.

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Por Nahiene Alves

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Neste espaço se entrelaçam poesia e mística. Através de orações de mestres espirituais de diferentes religiões, mergulhamos no Mistério que é a absoluta transcendência e a absoluta proximidade. Este serviço é uma iniciativa feita em parceria com o Prof. Dr. Faustino Teixeira, teólogo, professor e pesquisador do PPG em Ciências da Religião da Universidade Federal de Juiz de Fora.

Na noite escura do nada   – Ernesto Cardenal

Estamos tão perto dele
que não o vemos.
Não é Ele nem Ela;
maior que Deus.
Fecho os olhos
e chegas mais perto
na noite do nada,
como conheço bem
o teu sabor
e tu o meu,
amado e amada,
suspiros trêmulos
como os da beira do rio,
carícia calada
na noite escura do nada.

Fonte: Ernesto Cardenal. Cântico Cósmico. São Paulo: Hucitec, 1996, p. 390.

Ernesto Cardenal (Granada, Nicarágua, 1925). É um escritor, sacerdote e teólogo da Nicarágua. Poeta revolucionário conhecido pela sua obra “El corno emplumado”.  Viveu politicamente comprometido com os conflitos sociais de seu país. Desde 1954 participou nas lutas contra o ditador Somoza, sendo depois ordenado sacerdote. Logo depois morou um tempo num mosteiro nos Estados Unidos. Este foi um período muito rico para Ernesto, e no seu retorno fundou uma comunidade na ilha de Solentiname.

Sua poesia, reflexo de seu radicalismo pessoal, denuncia o sofrimento e a exploração das chamadas repúblicas bananeras. Aproximou-se também das ideias da teologia da libertação que aparecem nos poemas de 1964 e 1965.

Com a chegada dos sandinistas ao poder, integrou a Junta de Governo como Ministro da Cultura. Seis anos depois, em 1985, foi suspenso “ad divinis” pelo Vaticano, que considerou incompatível a sua missão sacerdotal com o seu novo cargo político.

Em 2005, Cardenal foi candidato ao Prêmio Nobel de Literatura e, entre outras distinções, recebeu o Prêmio Rubén Darío, o mais importante das letras nicaraguenses (em 1965), a Ordem cubana “Haydeé Santamaría” (1990) e o Prêmio da Paz dos livreiros alemães (1980).

 

As manifestações urbanas que tem relação com o uso e distribuição do espaço urbanístico, ou que diz respeito à habitação e aos serviços e equipamentos coletivos de consumo, fazem parte dos movimentos sociais urbanos, um dos temas que será debatido na conferência Metrópoles e Multidão: das políticas públicas às políticas do comum, ministrada pelo Prof. Dr. Alexandre Fabiano Mendes. A discussão, que faz parte do Ciclo de Estudos Metrópoles, Políticas Públicas e Tecnologia de Governo, será realizada hoje, 07 de maio, a partir das 17h30, na Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros, no IHU.

Mendes, doutor em direito pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e mestre pela Universidade Cândido Mendes (UCAM), é professor Adjunto da Faculdade de Direito da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Participante ativo de várias atividades relacionadas aos movimentos sociais urbanos, principalmente sobre a proteção e promoção do direito à moradia e à cidade, Mendes também é associado do Laboratório Território e Comunicação – LABTEC / UFRJ.

Sobre o palestrante:

Além de professor acadêmico e participante das atividades de movimentos sociais, Mendes publicou, junto com Bruno Cava, o livro A Vida dos direito. Violência e Modernidade em Foucalt Agamben (2006), é co-editor da Revista Lugar Comum: Estudos de Mídia, Cultura e Democracia (UFRJ). Também já trabalhou como Defensor Público do Estado do Rio de Janeiro, entre 2006 e 2011, tendo coordenado o Núcleo de Terras e Habitação, e realiza investigações em Sociologia Jurídica e Sociologia Urbana.

Atualmente pesquisa Teoria Política e Teoria do Direito com as seguintes ênfases: Teoria Crítica do Direito e dos Direitos Humanos, Direito Comum (Produção Social e Bens Comuns), Direito à Cidade e Criminologia.

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Na próxima quinta-feira, dia 7 de maio, serão debatidos, no IHU, temas de grande atualidade tais como Metrópoles, Multidão, Políticas Públicas, Políticas do Comum.

Estará conosco para debater estes temas Alexandre Mendes que proferirá duas conferências:

1.- Metrópole e comum: crises e novas plataformas de mobilização que será ministrada pelo Prof. Dr. Alexandre Mendes, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ, no dia 07 de maio, às 17h30min, na Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros, no IHU.

2.- Nesse mesmo dia, às 19h45min, Mendes também estará participando do Ciclo de Estudos Metrópoles, Políticas Públicas e Tecnologias de Governo, com a  conferência: Metrópoles e Multidão: das políticas públicas as políticas do comum.

Alexandre Mendes:

Foto: arquivo pessoal

Doutor em direito pela Universidade do Estado do Rio de JaneiroUERJ e mestre pela Universidade Cândido MendesUCAM, participa de várias atividades relacionadas aos movimentos sociais urbanos, principalmente sobre a proteção e promoção do direito à moradia e à cidade. Mendes também é associado do Laboratório Território e ComunicaçãoLABTEC / UFRJ.

 

 

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