Neste espaço se entrelaçam poesia e mística. Através de orações de mestres espirituais de diferentes religiões, mergulhamos no Mistério que é a absoluta transcendência e a absoluta proximidade. Este serviço é uma iniciativa feita em parceria com o Prof. Dr. Faustino Teixeira, teólogo, professor e pesquisador do PPG em Ciências da Religião da Universidade Federal de Juiz de Fora com Paulo Sérgio Talarico, artista plástico de Juiz de Fora.

Meu adorado

Ó Deus,

mostra-me onde estás,

para que eu possa tornar-me teu servo,

para que eu amarre tuas sandálias

e que penteie teus cabelos,

para que eu lave tua roupa,

mate teus piolhos,

traga teu leite,

oh meu adorado!

Que eu beije tua mão amada,

que eu massageie teu pé amado

e no momento de dormir,

balance tua pequena cama;

que eu varra teu pequeno quarto

na hora de dormir!

Que todas as minhas cabras

sejam sacrificadas por ti,

em quem eu penso,

Lânguido, pleno de desejo

de amor.

(oração de um simples pastor, em um dos contos de Masnavi de Rûmî – MII, 1720s)

Rûmî (1207 –  1273) viveu no Império Bizantinofoi poeta, jurista e teólogo do sufismo. É visto como um apóstolo do ecumenismo, famoso por escrever histórias que são consideradas orações e pela sua contribuição com o diálogo inter-religioso, em uma época em que este diálogo ainda não era pensado.  Sua mais importante mensagem foi o “amor”, fio condutor de todas suas obras.  As histórias do poeta traçam um percurso sobre a criação.

A tradição Escolástica das Universidades Ibéricas dos séculos XVI e XVII estará presente na Universidade do Vale do Rio dos Sinos – UNISINOS nos dias 2 e 3 de junho. No dia 02-06-2015 ocorrerá o lançamento do livro A Escola Ibérica da Paz nas Universidades de Coimbra e Évora (Século XVI), Vol. II, Coimbra: Almedina, de Pedro Calafate, e um minicurso sobre o tema do livro nos dias 02 e 03 de junho.

Entre os ministrantes dos cursos estão os professores Silvia Maria da Silveira Loureiro e Alfredo Culleton. No lançamento do livro os palestrantes serão: o autor Pedro Calafate, e os professores Marcelo Fernandes de Aquino, reitor da UNISINOS e Vicente Barretto. Saiba mais aqui.

No evento destacam-se os seguintes objetivos:

– divulgar o pensamento filosófico, jurídico e político da geração de intelectuais, muitos deles jesuítas, das Universidades Ibéricas dos séculos XVI e XVII;

– promover o debate sobre uma nova fundamentação dos Direitos Humanos e o Direito Internacional, na dignidade da pessoa humana, apresentando uma fundamentação humanista do Direito Internacional e estimulando o estudo e pesquisa na área da Escolástica Ibérica e Colonial.

Calafate fez parte, juntamente com José Eduardo Franco, da edição dos 30 volumes das obras do padre Antônio Vieira, tratando e editando mais de 50 mil manuscritos. O autor também concederá uma entrevista à revista, a IHU On-Line.

Por Nahiene Alves

A rede social Facebook, criada em 2004 por Mark Zuckerberg, tem sido, há alguns anos, uma importante ferramenta para socializar com amigos, conhecer pessoas novas, trabalhar, etc. Contudo, a página também passou a ser um importante mecanismo do consumo colaborativo. Grupos que oferecem e pedem caronas; trocas de roupas, livros, entre outros objetos; aluguéis de quartos ou de casas/apartamento, são alguns exemplos de consumo colaborativo que podem ser encontrados na rede social.

Este é o tema do próximo IHU ideias, com a palestra Consumo colaborativo em bazares de trocas do Facebook: Um estudo de caso, ministrada por Nathalia Schoen Munhoz.

O evento ocorrerá no dia 28 de maio na Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros, no IHU, às 17h30min.

O Consumo Colaborativo é uma prática que visa dar acesso a serviços sem que haja a necessidade de comprá-los, simplesmente trocando, emprestando, alugando, entre outras tarefas. Desde o início do século XXI, com o avanço da internet, a ideia do Consumo Colaborativo passou a ser mais difundida na internet e, principalmente, no Facebook, e com a criação de grupos específicos dedicados ao assunto, a prática vem se tornando cada vez mais popular.

Entretanto, a “sociedade colaborativa” está muito além dos grupos de caronas no Facebook, também está presente em aplicativos de smartphones, como Airbnb (serviço de aluguéis de quartos ou de casas/partamentos), Lyft (serviço de caronas pagas nos EUA), Cohealo (serviço que fornece acesso partilhado a alguns equipamentos entre hospitais), entre outros. O consumo colaborativo também é tema do best-seller empresarial What’s Mine is Yours: How Collaborative Consumption Is Changing the Way We Live (na tradução livre, O que é meu é seu: Como o consumo colaborativo está mudando a forma de vivermos), da autora norte-americana Rachel Botsman.

Faça sua inscrição aqui. O evento é gratuito.

Para ler mais:

Até onde irá a convergência entre o orgânico e a máquina? Segundo Timothy Lenoir, estamos passando por uma virada afetiva, onde há uma interação de máquina (frias e duras) com humanos, corpos orgânicos dotados de afeto, consciência e amor.

Professor de História e catedrático do Programa de História e Filosofia da Ciência, na Duke University, nos Estados Unidos, Lenoir faz tais relações em artigo publicado pelo Cadernos IHU Ideias, nº 221.

Citando Deleuze, o professor traz o conceito de neuromarketing: “Em consonância com a noção de Deleuze de que a operação do mercado é o motor e instrumento primordial de controle nas futuras sociedades de controle, tratarei dos esforços para aplicar no neuromarketing esse trabalho de mapear neurocircuitos e o afeto. Se essas especulações tiverem algum mérito, talvez nós queiramos ser cautelosos em investir nos ‘neurofuturos’”.

A edição de Cadernos IHU ideias, publica a conferência proferida por Timothy Lenoir, no XIV Simpósio Internacional IHU: Revoluções tecnocientíficas, culturas, indivíduos e sociedades. A modelagem da vida, do conhecimento e dos processos produtivos na tecnociência contemporânea.

Acesse a versão on-line aqui.

A versão impressa está disponível na secretaria do Instituto Humanitas Unisinos – IHU

Por Nahiene Alves

Para ler mais:

Neste espaço se entrelaçam poesia e mística. Através de orações de mestres espirituais de diferentes religiões, mergulhamos no Mistério que é a absoluta transcendência e a absoluta proximidade. Este serviço é uma iniciativa feita em parceria com o Prof. Dr. Faustino Teixeira,   teólogo, professor e pesquisador do PPG em Ciências da Religião da Universidade Federal de Juiz de Fora.
com Paulo Sérgio Talarico, artista plástico de Juiz de Fora.

Louvar
me dá licença de cantar
também de agradecer
coragem pra querer
um verso pra louvar
louvar a gente do lugar
louvar quem vai nascer
quem vai permanecer
também quem vai passar
e louva a deus
que vou louvar
o dia matinal
a fruta no pomar
a roupa no varal
louvar a chuva de criar
a água de beber
o tempo de viver
a casa de morar
bem-vinda minha senhora
bendita nossa senhora
bem-vinda minha senhora
bendita

Cacaso

Fonte: CD NáZé – Circus Produções, 2015

 

Antônio Carlos de Brito, conhecido como Cacaso (Uberaba, 13 de março de 1944 – Rio de Janeiro, 27 de dezembro de 1987) foi um professor universitário, letrista e poeta brasileiro.

Estudou Filosofia no Rio de Janeiro e, nas décadas de 1960 e 1970, lecionou Teoria da Literatura e Literatura Brasileira na PUC-RJ. Foi colaborador regular de revistas e jornais, como Opinião e Movimento.

Como poeta estreou em 1967, com o livro A palavra cerzida, que foi recebida com entusiasmo por José Guilherme Merquior, por representar junto de Francisco Alvim a primeira geração “pós-vanguarda”. Em 1974, lança Grupo Escolar, pela coleção Frenesi, composta também dos livros Passatempo, de Chico Alvim, Corações veteranos, de Roberto Schwarz, Em busca do sete-estrelo, de Geraldo Carneiro, e Motor, de João Carlos Pádua.

Cacaso une-se então a outros poetas, como Eudoro Augusto, Carlos Saldanha e Chacal (Ricardo de Carvalho Duarte), formando a coleção Vida de Artista, pela qual lançou Segunda classe (em parceria com Luiz Olavo Fontes) e Beijo na boca, ambos em 1975. Depois vieram Na corda bamba (1978), Mar de mineiro (1982) e Beijo na boca e outros poemas (1985), que reunia uma antologia poética da obra do autor.

Seus livros não só o revelaram uma das mais combativas e criativas vozes daqueles anos de ditadura e desbunde, como ajudaram a dar visibilidade e respeitabilidade ao fenômeno da “poesia marginal“, em que militavam, direta ou indiretamente, amigos como Francisco Alvim, Helena Buarque de Hollanda, Ana Cristina Cezar, Charles, Chacal, Geraldinho Carneiro, Zuca Sardhan e outros. (cfr. http://www.letras.com.br/#)