Neste espaço se entrelaçam poesia e mística. Por meio de orações de mestres espirituais de diferentes religiões, mergulhamos no Mistério que é a absoluta transcendência e a absoluta proximidade. Este serviço é uma iniciativa feita em parceria com o Prof. Dr. Faustino Teixeira, teólogo, professor e pesquisador do PPG em Ciências da Religião da Universidade Federal de Juiz de Fora e com Paulo Sérgio Talarico, artista plástico de Juiz de Fora.

Senhor

Senhor
Senhor das horas
e do instante
Senhor das eras
Sempiterno medo
do rosto no escuro
Senhor
das novidades passadas
e futuras
dos supostos acasos
dos dez por cento improváveis
Senhor
dos suores noturnos
do grande silêncio
dos espelhos
nas águas súcubas
e nas que rugem
que roem
enormes estruturas
Senhor
Senhor
dos jasmineiros
e do frio puro
dos pequenos silêncios
Senhor
do pêndulo mudo

Mariana Ianelli – agosto 2015 – Inédito

Mariana Ianelli (1979) é poetisa, mestre em Literatura e Crítica Literária pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo – PUC-SP. É autora de diversas obras, entre elas, Trajetória de antes (1999), Passagens (2003), Fazer silêncio (2005), Almádena (2007), Treva Alvorada (2010), O amor e depois (2012), todos pela editora Iluminuras. Como ensaísta, é autora de Alberto Pucheu por Mariana Ianelli, da coleção Ciranda da Poesia (ed. UERJ, 2013). Recebeu o Prêmio Fundação Bunge em 2008 e a menção honrosa no Prêmio Casa de las Américas em 2011.


Para ler mais:

O crescimento das metrópoles alinhado ao crescimento das desigualdades por conta da concentração de renda, considerada uma das faces do sistema capitalista é tema trazido à tona, em artigo da pesquisadora Natacha Rena, publicado pelo blog Indisciplinar: “Os problemas trazidos pelo crescimento exponencial das metrópoles e pela concentração de renda nas mãos de poucos são evidências de um sistema capitalista que promove a exclusão econômica e social. Por toda parte surgem problemas que vão desde inefeciência no abastecimento de água, de energia, de infraestrutura mínima de mobilidade, saúde, segurança ou educação”.

Além disso, a professora defende  o “aprendizado colaborativo”, onde  se deve “aprender fazendo com o outro, coletivamente e colaborativamente”. Nisso,  “pressupõem-se o fim da percepção do mundo a partir de disciplinas isoladas, em um espaço no qual há uma militância por uma atuação potente e contínua baseada na multiplicidade, tornando possível criar mecanismos de vivência e resistência coletiva e colaborativa no interior do capital”.

Tais argumentos serão tema das palestras “Processos criativos, colaborativos e participação nas metrópoles“, no dia 20 de agosto, às 19h30min, na Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros,  IHU e “As experiências colaborativas e o impacto na conjuntura atual” que ocorrerá no dia 21 de agosto, às 8h30min, no Campus Porto Alegre .

Natacha, em sua pesquisa, aborda o conceito de multidão de Hardt & Negri (2005) afirmando que uma das faces da globalização surge na “criação de novos circuitos de cooperação e colaboração que se alargam pelas nações e os continentes, facultando uma quantidade infinita de encontros”.

No decorrer do texto a professora questiona se há espaço para artistas como ela (arquiteta e urbanista) dominarem o espaço urbano, colaborando nas operações. Hoje , há dispositivos para que os ricos dominem esse espaço.

O evento faz parte do 2º Ciclo de Estudos Metrópoles, Políticas Públicas e Tecnologias de Governo. Territórios, governamento da vida e o comum. Faça sua inscrição e saiba mais aqui.

Por Nahiene Alves e Cristina Guerini

Para ler mais:

Imagem/Reprodução: Prefeitura de Canoas

Diagnóstico socioterritorial, mapa falado e as políticas públicas será o tema da palestra ministrada pela Profª. Drª Dirce Harue Ueno Koga, da Universidade Cruzeiro do Sul.

Dirce já esteve presente no IHU participando do Seminário Diagnóstico Socioterritorial: proteção, desproteção e territorialidade com o objetivo de apresentar dados como saúde, educação, lazer, segurança, habitação, entre outros, coletados em saídas de campo no município de Canoas. Na data, a pesquisadora também explicou como fazer o diagnóstico correto e seus principais objetivos. “O diagnóstico, quando realizado através de um processo participativo, é uma peça que pode ser construída não apenas por aqueles que têm conhecimento formal, mas também por quem tem o conhecimento da vida, ou seja, juntamente com as pessoas que vivem e trabalham no território”.

Diagnóstico Socioterritorial é quando o agente vai a campo para observar o território real, com o objetivo de captar a realidade vivida em cada território. Já o Mapa Falado é elaborado coletivamente por um grupo de pessoas na identificação de problemas e propostas de soluções para os mesmos, de uma determinada localidade, com a participação da comunidade indicando os pontos de proteção e desproteção social.

A pesquisadora também comenta, em entrevista à IHU On-Line, que “as políticas públicas no Brasil tendem a atuar a partir de suas respectivas institucionalidades, deixando em segundo plano a realidade social e suas múltiplas determinações sociais, econômicas, políticas e culturais. Dessa forma, se olha mais para os ‘públicos-alvo’ e menos os contextos em que estão inseridos, se homogeneizando segmentos populacionais pelos seus perfis individuais”. Além disso, ela aborda que podemos avaliar o território a partir da perspectiva de Milton Santos. “Interessante observar que para Milton Santos o território em si não é um conceito. Para ele seria o ‘território usado’ a referência. Em uma entrevista para a editora Perseu Abrahmo, ele afirma: ‘O território em si não é um conceito. Ele só se torna um conceito utilizável para a análise social quando o consideramos a partir do seu uso, a partir do momento em que o pensamos juntamente com aqueles atores que dele se utilizam’.”

O evento, que faz parte do 2º Ciclo de Estudos Metrópoles, Políticas Públicas e Tecnologias de Governo. Territórios, governamento da vida e o comum, será realizado no dia 02 de setembro, das 14h às 17h30min, no campus da UNISINOS em Porto Alegre  (Av. Luiz Manoel Gonzaga, 744).

 

Sobre a palestrante:

Dirce Harue Ueno Koga – Foto: Acervo IHU

Dirce Harue Ueno Koga possui graduação em Serviço Social pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, mestrado em Serviço Social pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo – PUC-SP, e doutorado e Pós-doutorado em Serviço Social também pela PUC-SP.

Atualmente é pesquisadora, professora titular da Universidade Cruzeiro do Sul – SP e Coordenadora do Programa de Mestrado em Políticas Sociais na mesma universidade; é professora assistente da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo do Programa de Estudos Pós-graduados em Serviço Social. Coordena o Núcleo de Estudos e Pesquisas Cidades e Territórios junto ao Programa de Mestrado em Políticas Sociais da Universidade Cruzeiro do Sul.

 

Por Fernanda Forner

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Foto: brasildebate.com.br

O Instituto Humanitas Unisinos – IHU promove o Ciclo de Estudos O Capital no Século XXI – uma discussão sobre a desigualdade no Brasil.

O evento terá como base de discussão o livro O capital no século XXI do economista francês Thomas Piketty. Dividido em seis encontros, o Ciclo abordará, em seu primeiro dia, especialmente as principais ideias da obra.

O convidado para a conferência intitulada Um panorama das principais ideias do livro O Capital no Século XXI é o professor de Economia Róber Iturriet Avila. A atividade será no dia 31 de agosto, às 19h30min, na Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros, no IHU. Faça sua inscrição e saiba mais aqui.

Em entrevista concedida ao IHUAvila, assim como Piketty, defende que o ajuste fiscal brasileiro poderia ser feito a partir da taxação sobre patrimônio, renda e grandes fortunas porque “tem espaço para aumentar tributo sobre patrimônio e esse tributo impacta menos sobre a atividade econômica e é mais injusto em termos sociais, até porque o Brasil tem uma elevada concentração de riqueza. Assim, seria possível adotar esse tipo de medida ou também tributar dividendos, porque o Brasil é um dos únicos países no mundo que não tributa os dividendos”.

O professor, juntamente com Antônio Tedesco Giulian, escreveu uma resenha sobre o livro de Piketty, e é uma sugestão de leitura prévia à palestra.

Róber Iturriet Avila é doutor, mestre e bacharel em Economia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS. Atualmente leciona na Universidade do Vale do Rio dos Sinos – Unisinos e é pesquisador da Fundação de Economia e Estatística – FEE. Também é colunista do portal Brasil Debate.

Por Nahiene Alves e Cristina Guerini

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De quem foi a responsabilidade de tantos crimes cometidos por alemães em Auschwitz? Quem foi o autor do regime nazista? Essas respostas serão dadas durante a exibição e debate do filme Labirinto do Silêncio, no dia 31 de agosto, às 19h30min, no Auditório Maurício Berni, na Unisinos.

Foto: lethist.lautre.net

Foto: Wikipedia

No ano passado o italiano Giulio Ricciarelli (foto ao lado), dirigiu o filme Labirinto do Silêncio, que conta a história de um jovem procurador, na década de 50, que encontra documentos que provam tais crimes, revelando a divergência de ideias que havia entre as pessoas que desejavam esquecer o passado em nome da reconciliação nacional e aquelas que exigiam justiça no o ano de 1958, quando Frankfurt se encontrava em plena fase de reconstrução após a guerra.

Até o dia 03 de setembro serão exibidos mais três filmes como parte do evento intitulado CINEJUS: Direitos Humanos e Justiça de Transição. No primeiro encontro a debatedora é a professora Jânia Maria Lopes Saldanha, da Universidade Federal de Santa Maria. Saiba mais aqui.

O evento busca aproximar o Direito e as artes cinematográficas, proporcionando um estudo crítico e multidisciplinar, pautando as diversas práticas de justiça em que a condição das vítimas que sofreram a injustiça é o referente ético, político e jurídico para pensar o justo, refletindo assim sobre diversas práticas de justiça.

Por Nahiene Alves e Cristina Guerini

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