O Bem-Viver é um conceito adotado por diversos povos indígenas dos países sul-americanos e, dependendo da língua em que é falado, pode ser entendido como Suma Qamanã (aimará), Sumak Kawsay (quíchua) e Teko Porã (guarani). A prática do Bem-Viver faz parte dos estudos e das pesquisas do espanhol Prof. Dr. Xavier Albó, que reside há mais de 50 anos na Bolívia e também é teólogo e antropólogo. Em entrevista concedida ao IHU, em 2014, Albó acredita que o “bem viver”, assim como o “mal viver”, pode ser manifestado no dia a dia. “Eu me animaria acrescentar, inspirado em parte em Silvia Rivera, que na vida cotidiana há muita mistura entre o viver ‘bem’ (entre todos), o viver ‘melhor’ (uns às custas dos outros, o contrário do anterior) e até francamente o viver ‘mal’ (com práticas abertamente criminosas). A metáfora e conselho bíblico de deixar crescer juntos o trigo e o joio parece inevitável, embora não saiba como se poderia fazer depois a seleção após a colheita”, declarou o professor.

Albó estará no próximo dia 27 de agosto no IHU Ideias ministrando a palestra Bem-Viver. Impactos na América Latina, onde irá debater, entre outros assuntos ligados aos povos indígenas sul-americanos, a questão do Bem-Viver. O evento, promovido pelo Instituto Humanitas UnisinosIHU, será realizado às 17h30min, na Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros, no IHU.

Xavier Albó nasceu na Espanha, mas desde 1952 vive na Bolívia, onde se naturalizou cidadão boliviano e trabalha, principalmente, com os povos indígenas sul-americanos. Ele é graduado em Teologia pela Facultad Borja, de Barcelona, e pela Loyola Univerity, de Chicago e Doutor em Filosofia (Universidad Católica del Ecuador), Linguística e Antropologia pela Universidade de Cornell, de Nova Iorque.

No mesmo dia 27 de agosto, às 20h, Xavier Albó também estará no I Colóquio Discente de Estudos Históricos Latino-Americanos, realizado em parceria com o IHU, proferindo a conferência O Grande desafio dos indígenas nos países andinos: seus direitos sobre recursos naturais, no Auditório Maurício Berni, na Unisinos São Leopoldo. evento

A inscrição para o evento pode ser feita aqui.

Por Matheus Freitas

Para ler mais

O mundo vive, atualmente, uma crise global em diferentes âmbitos sociais: político, econômico, esportivo (com o recente caso de corrupção da Fifa) etc. A cada dia que passa, mais países “anunciam” uma crise, que já está afetando muitas nações de diferentes continentes, como a Europa, América Latina e Ásia. Sem esquecer, também, a crise de refugiados do mediterrâneo com a África, onde cada vez mais imigrantes morrem ao tentar chegar ilegalmente em países do continente Europeu, como Itália, França e Grécia.

O Ciclo de Estudos em Educação a Distância (EAD) – Repensando os Clássicos da Economia, edição 2015, tem como principal foco debater as recentes crises no âmbito econômico, cujos exemplos não faltam: grega, chinesa (com a desvalorização de sua moeda que pode atingir, principalmente, os países da América Latina) e a crise econômica do Brasil. A partir desse debate, o ciclo buscará encontrar soluções com base nos principais conceitos de autores sobre a economia.

Repensando os Clássicos da Economia iniciará no dia 02 de setembro e será ministrado pelo Prof. MS Gilberto Antonio Faggion. As atividades serão realizados na modalidade à distância (EAD)  através de leitura de textos e participação nos debates dos fóruns virtuais. O ciclo também irá proporcionar dois encontros presenciais: um na primeira aula do curso e outro no último encontro. Quem não puder acompanhar presencialmente, poderá assistir através de webconferências.

Gilberto Faggion é graduado em Comércio Exterior e Administração de Empresas, pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), e mestre em Administração, pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

Autores estudados

Os autores que serão estudados no Ciclo de Estudo – Repensando os Clássicos da Economia têm, em suas pesquisas e obras publicadas, contribuições significativas ao pensamento econômico contemporâneo.

Abaixo, segue uma lista dos autores que serão estudados.
Adam Smith
Thomas Malthus
David Ricardo
Karl Marx
Max Weber
Thorstein Veblen
John Keynes
Joseph Schumpeter
Michel Aglietta

As atividades do Ciclo de Estudos em Educação a Distância (EAD) – Repensando os Clássicos da Economia são gratuítas e as incrições podem ser feitas aqui. As aulas presenciais acontecerão na Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros, no IHU.

Matheus Freitas

Para ler mais

 

Os marcos e as ferramentas éticas das tecnologias de gestão, escrito pelo professor de Jesús Conill é o Caderno IHU Ideias, nº 223, lançado neste mês pelo Instituto Humanitas Unisinos – IHU. Nesta edição são propostas algumas reflexões acerca da tecnociência.

Ao longo do texto, o autor apresenta possíveis ferramentas éticas para as tecnologias de gestão, afirmando a importância de “oferecer uma concepção moderna da ética, que seja capaz de compreender e orientar o mundo da tecnologia com suas peculiares características”. Conill também menciona a relevância da formação de bons profissionais, porém não como apenas como uma formação técnica, pois do ponto de vista ético é dever do profissional  ser aplicado para ter um resultado próspero, no significado legítimo da palavra profissional.

Foto: Larissa Tassinari

O professor enxerga a vida profissional como um caminho para a sociedade ter destaque, sem depender exclusivamente do Estado. Pois, segundo ele, do modo que está falta confiança em ambos os lados. Ele acredita que o vigor das profissões pode revitalizar a sociedade, tendo uma razão prática e um sentido em tais atividades humanas que cada vez se encontram cada vez mais tecnológicas.

Jesús Coniil Sancho esteve no IHU, em 2014, participando do XIV Simpósio Internacional IHU: Revoluções tecnocientíficas, culturas, indivíduos e sociedades e do XVII Colóquio de Filosofia UNISINOS – Filosofia e bioética: entre o cuidado e administração da vida. Durante uma de suas conferências provocou, questionando quais as atitudes devem ser adotadas em relação às transformações sociais decorrente da  revolução tecnocientíica: “Conscientes da importância da tecnociência para a vida social, profissional e pessoal, convém refletir criticamente sobre o sentido das transformações sociais que estão em andamento em decorrência do crescente desenvolvimento da tecnociência”.

Caderno IHU ideias, nº 223

A publicação de número 223 é a íntegra da conferência do professor Conill para o Instituto Humanitas Unisinos – IHU. Nela, o autor questiona sobre que atitudes adotar em relação às revoluções contemporâneas.

O professor é catedrático da Universidade de Filosofia Moral e Política da Universidade de Valencia. Além disso, realizou estudos e pesquisas de extensão nas Universidades de München, Bonn, Frankfurt e Main, na Alemanha; St. Gallen, na Suiça; e Notre Dame, nos Estados Unidos. É autor, entre outras obras, de Ética hermenêutica (Madrid: Tecnos, 2006), Horizontes de economía ética. Aristóteles, Adam Smith, Amartya Sen (Madrid: Tecnos, 2004), Ética de los medios. Una apuesta por la ciudadanía audiovisual (coeditor, junto com Vicent Gozálvez – Barcelona: Gedisa, 2004).

Acesse a versão on-line do Cadernos IHU ideias aqui.

Assista as conferências do XIV Simpósio IHU.

Por Nahiene Alves

Para ler mais:

Foto: http://bit.ly/1WlyIkG

Políticas públicas e participação política pós-soberana será o tema da palestra realizada pela Profa. Dra. Francini Lube Guizardi que ocorrerá no dia 26 de agosto, na Sala Santander, no campus de Porto Alegre da UNISINOS.

A pesquisadora destaca que a integralidade tem como definição a requisição de uma interação democrática. “ou seja, garantir o direito à saúde em uma perspectiva integral, e não apenas garantir o direito à saúde, mas todo o direito do cidadão como um todo”, ressalta Francini.

Dentro deste contexto, verifica-se que políticas públicas são conjuntos de programas, ações e atividades desenvolvidos pelo Estado direta ou indiretamente, com a participação de entes públicos ou privados, que visam assegurar determinado direito de cidadania, de forma difusa ou para determinado seguimento social, cultural, étnico ou econômico.

Além deste evento, a professora ministrará a palestra Democratização, sociabilidades e a vida nas metrópoles no dia 25 de agosto na Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros – no IHU, das 19h30min às 22h, no Campus da Unisinos São Leopoldo.

As atividades fazem parte do 2º Ciclo de Estudos Metrópoles, Políticas Públicas e Tecnologias de Governo. Territórios, governamento da vida e o comum que tem como objetivo identificar as expressões, manifestações e lutas de resistência das populações metropolitanas.

Francini Lube Guizardi – Foto: http://bit.ly/1Jyx5Lw

Francini Lube Guizardi é graduada em Psicologia pela Universidade Federal do Espírito Santo, mestre e doutora em Saúde Coletiva pela Universidade do Estado do Rio de JaneiroUERJ. Atualmente é pesquisadora em saúde pública da Fundação Oswaldo Cruz, da Fiocruz  Brasília. Compõe o Núcleo de Estudos em Democratização e Sociabilidades na Saúde – NEDSS e o Laboratório de Pesquisas sobre Práticas de Integralidade em Saúde – LAPPIS. Tem experiência na área de Saúde Coletiva, atuando principalmente nos seguintes temas: políticas públicas de saúde, participação política e controle social em saúde.

Além dessas relações entre metrópole e políticas públicas, o ciclo abordará a metrópole enquanto uma realidade produtiva, como a fábrica de hoje, o lugar da multidão e suas resistências. Isso tudo, somado à mudança do paradigma produtivo, que colocou o comum e a lógica de multidão, de redes, da circulação, da multiplicidade como fonte de toda e qualquer inovação, torna não só relevante como também necessária a retomada de formas de organização da vida em sociedade e, portanto, das metrópoles, a partir do comum.

As atividades ocorrerão até o dia 5 de novembro, confira a programação.

 

Por Fernanda Forner

O Brasil é um dos países em que a desigualdade social é presente no dia a dia. Enquanto há, aproximadamente,  200 mil brasileiros com fortunas acima de 1 milhão de dólares, também existe de outro lado 20 milhões de pessoas vivendo em pobreza extrema e 13 milhões de analfabetos. A partir dessa visão de desigualdade no país, o Instituto Humanitas Unisinos – IHU promove, a partir do dia 31 de agosto até 29 de outubro, o Ciclo de Estudos O Capital no Século XXI. O evento terá como base o livro O Capital no Século XXI, de Thomas Piketty. Ao todo, o ciclo, que é gratuito, terá 15 horas de duração e as palestras serão realizadas na Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros, no IHU.

Favela de Paraisópolis e o Morumbi. Foto: Tuca Vieira

Thomas Piketty, considerado um rock star da economia, aborda em seu livro, que já figurou entre os mais vendidos do site Amazon, que uma economia onde a taxa de rendimento sobre o capital supera a taxa de crescimento, a riqueza herdada sempre vai crescer mais rapidamente do que a riqueza conquistada.

Piketty enfatiza que os filhos de pessoas ricas, muitas vezes vindos de uma longa tradição de milionários (ou bilionários), podem passar até um ano sem se dedicar ao trabalho que ainda assim conseguirão bons empregos quando decidirem trabalhar. Já os descendentes de famílias pobres não têm esse privilégio, portanto, não podem largar suas ocupações ou parar de realizar suas atividades. Para ele, isso não é um mero acidente, é apenas o sistema funcionando normalmente.

Segundo o economista, “se tem um crescimento lento junto de rendimentos financeiros melhores, então a riqueza herdada irá, na média, superar a riqueza acumulada de uma vida toda de trabalho por uma ampla margem”. Em sua obra, elogiada por Paul Krugman, ganhador do Nobel de Economia, Piketty faz uma crítica ao capitalismo e à desigualdade e ressalta que “o capitalismo do século XXI percorre um trajeto só de ida em direção à desigualdade – a menos que façamos alguma coisa”.

A inscrição para o Ciclo de Estudos O Capital no Século XXI pode ser feita aqui.

Confira a programação completa do evento aqui.

Por Matheus Freitas

Para ler mais: