Neste espaço se entrelaçam poesia e mística. Por meio de orações de mestres espirituais de diferentes religiões, mergulhamos no Mistério que é a absoluta transcendência e a absoluta proximidade. Este serviço é uma iniciativa feita em parceria com o Prof. Dr. Faustino Teixeira, teólogo, professor e pesquisador do PPG em Ciências da Religião da Universidade Federal de Juiz de Fora e com Paulo Sérgio Talarico, artista plástico de Juiz de Fora.

A solidão


A noite abre os seus ângulos de lua

E em todas as partes te procuro

A noite ergue as suas esquinas azuis
E em toda as esquinas te procuro

A noite abre as suas praças solitárias
E em todas as solidões eu te procuro

Ao longo do rio a noite acende as suas luzes
Roxas verdes azuis

Eu te procuro

Fonte: Sophia de Mello Breyner Andresen. Obra poética. Assírio & Alvim, 2015, p. 421

Sophia de Mello Breyner Andresen (1919 – 2004): Considerada uma das mais importantes poetisas portuguesas do século passado e a primeira mulher lusitana a receber o Prêmio Camões, mais importante honraria literária da língua portuguesa, pela obra Livro Sexto (1962). Também é reconhecida por seus contos e por escrever histórias infantis. Traduziu Dante Alighieri e Willian Shakespeare e integrou a Academia das Ciências de Lisboa. É vista como uma figura expressiva da política liberal, que apoiava o movimento monárquico e denunciava o Regime Salazarista. É autora de diversas publicações, entre elas, Contos Exemplares (1962), A Menina do Mar (1958), O Cavaleiro da Dinamarca (1964), 11 Poemas (1971) e Musa (1994).

*Fontes das imagens: intelecto-aprendiz.blogspot.com.br e www.agendalx.ptm, respectivamente.

Foto: Somos Vicencianos

O Dei Verbum é um dos principais documentos do Concílio Vaticano II (1962 – 1965) e começou a ser constituído pelo Papa João XXIII (1958 – 1963). No entanto, por conta de alguns pontos polêmicos, o Papa decidiu suspender as discussões em torno do DV. O documento só voltou a ser discutido posteriormente e foi aprovado, em 1963 com o Papa Paulo VI.

O Dei Verbum é formado por seis capítulos e tem, como objetivo geral, ensinar sobre a Revelação Divina e sua transmissão através da Sagrada Escritura. O documento original, em tradução oficial feita pelo Vaticano, pode ser lido aqui.

Por consequência da importância do Dei Verbum, o Cadernos Teologia Pública, material produzido pelo Instituto Humanitas UnisinosIHU, têm como destaque na edição de número 102, o artigo A Constituição Dogmática Dei Verbum e o Concílio Vaticano II, escrito pelo Prof. Dr. Flávio Martinez de Oliveira.

O texto do professor Flávio Martinez tem como objetivo apresentar o Dei Verbum e descrever o processo que fez com que o documento fosse aceito pelos mais de 2 mil padres conciliares que participaram da votação do documento durante o Concílio Vaticano II. Segundo Martinez, o Dei Verbum é “o documento fonte do Concílio, a sua obra prima, o portal de ingresso”. E complementa: “DV é o documento mais expressivo de todo o Concílio”.

Cadernos Teologia Pública é uma publicação produzida pelo IHU em versão digital e imprensa, cujo objetivo é articular e refletir sobre a teologia na esfera pública da sociedade. A versão digital de A Constituição Dogmática Dei Verbum e o Concílio Vaticano II pode ser acessada aqui.

Sobre o autor

Flávio Martinez de Oliveira tem graduação em Medicina e Teologia pela Universidade Católica de Pelotas e trabalha, principalmente, com pesquisas acadêmicas relacionadas à Teologia Bíblica. É mestre em Saúde e Comportamento e mestre e doutor em Teologia. Atualmente, Martinez trabalha como professor da Universidade Católica de Pelotas e do Instituto de Teologia Paulo VI.

Por Matheus Freitas

Para ler mais

O Instituto Humanitas Unisinos – IHU lança, no próximo dia 9/12, das 17h às 18h, a versão brasileira do livro A recepção do Concílio Vaticano II. I. Acesso à fonte (La Réception du Concile Vatican II: Accéder à la source. Paris: du Cerf, 2009), do professor Christoph Theobald.

O lançamento do livro publicado pela Editora Unisinos, será feito por ocasião dos 50 anos do final do Concílio Vaticano II, no dia 08 de dezembro de 1965.

Christoph Theobald durante Colóquio Vaticano II. Foto: João Vitor Santos

O livro aborda a recepção do Concílio Vaticano II, apresentando visões e pesquisas do autor sobre o assunto. Além disso, é possível perceber que a condução teórica expõe o modo como os documentos conciliares se encaixam com as transformações que ocorrem na igreja hoje. A obra é vista, por especialistas, como técnica e consistente, e que ao mesmo tempo apresenta respostas à sociedade.

Conforme resenha escrita por Gilles Routhier, teólogo e especialista na recepção do Concílio Vaticano II, e publicada neste ano pelo IHU, a obra “impulsiona os estudos sobre o Vaticano II” e Routhier se considera “muito grato pelo trabalho colossal” que Theobald criou.

Segundo Routhier, o trabalho de Theobald se diferencia dos demais por não focar apenas na história do Vaticano II, mas por uma “questão que interessará a uma nova geração: ‘O que podemos esperar do Vaticano II’”, enfatiza.

Especialista nos temas do Concílio Vaticano II, Christoph Theobald é teólogo, jesuíta, professor no Centre Sèvres (Paris) e autor de diversas obras, tais como A revelação (2002) e Transmitir um Evangelho de Liberdade (2007), publicadas no Brasil por Edições Loyola. O professor já esteve no IHU algumas vezes, participando de eventos e contribuindo para os Cadernos Teologia Pública: As narrativas de Deus numa sociedade pós-metafísica: O cristianismo como estilo, nº 58; As grandes intuições de futuro do Concílio Vaticano II: a favor de uma “gramática gerativa” das relações entre Evangelho, sociedade e Igreja, nº 77; e As potencialidades de futuro da Constituição Pastoral Gaudium et Spes: por uma fé que sabe interpretar o que advém – Aspectos epistemológicos e constelações atuais, nº 96.

Neste ano o professor esteve no IHU, durante o II Colóquio Internacional IHU – O Concílio Vaticano II: 50 anos depois, quando apresentou a conferência As potencialidades de futuro da Constituição pastoral Gaudium et spes. Por uma fé que sabe interpretar o que advém – aspectos epistemológicos e constelações atuais e também participou das mesas-redondas do evento. Em 2012 também esteve na Unisinos participando do XIII Simpósio Internacional IHU, Igreja, Cultura e Sociedade: a semântica do Mistério da Igreja no contexto das novas gramáticas da civilização tecnocientífica, ocasião em que ministrou a conferência “As grandes intuições do Concílio Vaticano II: desafios e possibilidades de aproximações às gramáticas atuais”.

A apresentação do primeiro volume desta importante obra teológica, será feita por uma breve resenha feita por Gilles Routhier, em videoconferência.

Na ocasião será servido um simples coquetel.

A atividade é gratuita e aberta ao público.

Ficha Técnica
Título do livro: A recepção do Concílio Vaticano II. I. Acesso à fonte
Título original: La Réception du Concile Vatican II:  I. Accéder à la source
Volume: I
Autor: Christoph Theobald
Ano: 2015
Editora: Unisinos

Por Nahiene Alves

Para ler mais:

O que sabemos sobre a região em que moramos? Qual a realidade da cidade em que vivemos? Quais são os dados que representam estas cidades? Quem são nossos vizinhos? Como vivem as pessoas nas periferias? As escolas estão em boas condições? Os postos de saúde estão funcionando? Toda população está trabalhando no mercado formal? Todos têm acesso a direitos básicos?

Pensando nas respostas a estas perguntas, o Instituto Humanitas Unisinos – IHU, através do Programa ObservaSinos, está com edital aberto para publicação de trabalhos que retratem e promovam o conhecimento da Região do Vale do Rio dos Sinos e da Região Metropolitana de Porto Alegre. Para tanto, o ObservaSinos receberá trabalhos, que podem ser apresentados em forma de textos, artigos, notas e fotos, no intuito de suscitar a análise destes territórios locais dentro de um quadro global.

As produções devem estar relacionadas às áreas do IHU: ambiente, educação, mobilidade, moradia, população, proteção social, saúde, segurança, renda e trabalho. E, também, devem apresentar análises sobre as realidades e as políticas públicas das regiões.

Os trabalhos selecionados serão publicados no sítio do Instituto e também na página do programa ObservaSinos.

As comunicações podem ser encaminhadas até 30 de novembro de 2015. Para informações sobre inscrições acesse aqui. O edital de convocação está disponível aqui.

Participe!

Por Cristina Guerini

Saiba mais sobre a realidade dessas regiões:

Neste espaço se entrelaçam poesia e mística. Por meio de orações de mestres espirituais de diferentes religiões, mergulhamos no Mistério que é a absoluta transcendência e a absoluta proximidade. Este serviço é uma iniciativa feita em parceria com o Prof. Dr. Faustino Teixeira, teólogo, professor e pesquisador do PPG em Ciências da Religião da Universidade Federal de Juiz de Fora e com Paulo Sérgio Talarico, artista plástico de Juiz de Fora.

Reza da manhã de maio

Senhor, dai-me a inocência dos animais
Para que eu possa beber nesta manhã
A harmonia e a força das coisas naturais.

Apagai a máscara vazia e vã
De humanidade,
Apagai a vaidade,
Para que eu me perca e me dissolva
Na perfeição da manhã
E para que o vento me devolva
A parte de mim que vive
À beira dum jardim que só eu tive.

Fonte: Sophia de Mello Breyner Andresen. Obra poética. Lisboa: Assírio & Alvim, p. 357.

Sophia de Mello Breyner Andresen (1919 – 2004): Considerada uma das mais importantes poetisas portuguesas do século passado e a primeira mulher lusitana a receber o Prêmio Camões, mais importante honraria literária da língua portuguesa, pela obra Livro Sexto (1962). Também é reconhecida por seus contos e por escrever histórias infantis. Traduziu Dante Alighieri e Willian Shakespeare e integrou a Academia das Ciências de Lisboa. É vista como uma figura expressiva da política liberal, que apoiava o movimento monárquico e denunciava o Regime Salazarista. É autora de diversas publicações, entre elas, Contos Exemplares (1962), A Menina do Mar (1958), O Cavaleiro da Dinamarca (1964), 11 Poemas (1971) e Musa (1994).

 *Fontes das imagens: Portal Unesp  e www.agendalx.ptm, respectivamente.