Em 1996, em um mosteiro situado nas montanhas da Argélia, oito frades católicos franceses vivem em harmonia com a comunidade muçulmana local, até esta relação ser interferida por ameaças de um grupo fundamentalista. A situação faz com que o exército ofereça proteção aos monges que, ao escolherem continuar sua missão, assumem os riscos e recusam serem protegidos.

O desenrolar dessa história acontece em “Homens e Deuses”, filme dirigido pelo francês Xavier Beauvois, que tem gerado reações e opiniões diversas pelo mundo todo.

O sítio do Instituto Humanitas UnisinosIHU tem destacado o filme com a publicação de um amplo material.

Hoje publicamos um breve comentário do psicólogo e doutor em Educação, Alfredo Jerusalinsky:

“Sobre o campo de miséria, medo e humilhação, semeado pelo colonialismo e a brutalidade perversa da OAS (organização paralela e ilegal do exército francês que desdobrara em Argélia uma cruel repressão terrorista) grupos humanos extremadamente divergentes tentam não somente sua sobrevivência, mas também manter sua dignidade mediante uma aderência absoluta a seus respectivos princípios. Os deuses se multiplicam e as crenças se tornam atos. Um clima social em que todos são inimigos de todos até que alguém demonstre o contrário. É precisamente isso o que se propõem a demonstrar um pequeno grupo de padres missionários franceses de admirável inspiração ecumênica. Embora atravessados pelo pavor demonstram, na decisão de não abandonar o povo que confia neles, como os mais valiosos laços humanos podem conquistar sua consistência nas formas mais diversas do discurso. E, sobre tudo, sua decisão sacrificial, coloca em evidência até que ponto a fé não precisa ser cega.”

Para ler mais:

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