As manifestações estão ocorrendo em várias cidades do país. Nos últimos dias, aqui no Rio Grande do Sul, ocorreram manifestações em Porto Alegre e Novo Hamburgo, mas a cidade de São Leopoldo também está se movimentando para mobilizar a população. Já são mais de dez mil pessoas confirmadas no Facebook para o evento que ocorrerá hoje, quinta-feira (20-06). Conversamos com alguns participantes do movimento para saber o principal propósito dessa manifestação, e eles responderam que o objetivo é reivindicar “o descaso com saúde, segurança e educação que vivemos, muito por causa da corrupção dos nossos governantes”. Segundo eles, a manifestação apoia o movimento nacional.
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“Somos criticados, e eu concordo com a crítica, por não termos uma causa, um foco. Acontece que o brasileiro está há muito tempo esperando para ter voz. As pessoas têm muitos nós na garganta, muita coisa que causa indignação. Então, nesse momento, cada um grita onde a ferida doí mais, e não podemos proibir isso”, disse F. (que preferiu não se identificar), estudante de Publicidade e Propaganda (UNISINOS), uma das integrantes do núcleo da organização do protesto, sobre as críticas de pessoas que não compreendem a real intenção dos movimentos.
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Segundo os integrantes do núcleo, não há partidos envolvidos com o movimento. “A ideia é que ninguém leve bandeiras de qualquer partido. A verdade é que a maioria de nós tem se decepcionado muito com todos os partidos, sem exceção, então entendemos que, no momento, nenhum deles nos representa, nenhum deles vai representar a nossa indignação e nossa luta. Somos um único povo, lutando por direitos básicos dos cidadãos brasileiros, dos cidadãos leopoldenses”, afirmam.
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Quando questionados sobre a violência mostrada em outros casos, disseram que a manifestação tem que ser totalmente pacífica: “Pregamos isso a todo o momento. Atos de violência ou vandalismo contra o patrimônio público e/ou privado são totalmente incoerente com nossas causas. Claro que não podemos garantir os atos de cada manifestante, mas não vamos aprovar atos de vandalismo”.
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O que esperam dessas primeiras manifestações pelo Brasil é que sirvam para acordar o povo brasileiro, para que a população vá para as ruas lutar por seus direitos. “É muito importante, que não se pare por aqui, que sejam identificadas as maiores “feridas” da nossa cidade e que se lute para mudar isso. Vivemos num país onde se trabalha até a metade do ano para pagar impostos, o que seria correto se tivéssemos saúde, educação e segurança de qualidade, mas não temos, e o fruto disso tudo é a corrupção desse país”, finaliza B. (que também preferiu não se identificar), estudante de Química Industrial (ULBRA).
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Por Luana Taís Nyland
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