Investir na propaganda de um produto ajuda nos negócios. Pensando dessa forma, a empresa JBS, a maior produtora de carne do Brasil, passou a investir pesado na publicidade de suas mercadorias. A companhia é dona das marcas Friboi e Seara, que ficaram nacionalmente conhecidas e na boca do povo ao serem apresentadas pelo ator Tony Ramos e a apresentadora Fátima Bernardes, respectivamente. O investimento da JBS em merchandising é tão grande que até Roberto Carlos foi contratado para participar de um de seus comerciais. Detalhe: o “Rei” não comia carne vermelha há 30 anos, voltou a comer por causa do comercial.

Por conta desse alto investimento em publicidade e propaganda, poderia se imaginar que a JBS seja um dos melhores frigoríficos para se trabalhar. No entanto, não é o que acontece. A empresa é uma das líderes de reclamações e processos trabalhistas. São muitas as denúncias contra a companhia: irregularidades e violações de direitos trabalhistas (mais de sete mil funcionários ficaram incapacitados de trabalhar nos últimos quatro anos), desrespeito aos funcionários, não cumprimento da pausa de 20 minutos a cada 1h40min de trabalho em ambientes frios e jornadas de até 12h de trabalho seguidas, entre outras denúncias.

Pensando nesses problemas, o IHU Ideias promove, no próximo dia 03 de setembro, a palestra Trabalhos nos frigoríficos: escravidão local e global?, ministrada pelo MS Leandro Inácio Walter.

O evento será realizado na Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros, no IHU, às 17h30min.

Leandro Inácio Walter é graduado em Psicologia pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos) e mestre em Psicologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs).

Clique aqui para saber mais sobre o evento.

Por Matheus Freitas

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