Sensações. Essa é a palavra chave do evento ministrado pela professora Yara Caznok na tarde de ontem (2) no Simpósio Internacional do IHU. A audição comentada de 3 peças de Beethoven trazem emoções impressionantes.
Beethoven, compositor na transição do século XVIII e XIX, escreveu em 1802 o testamento de Heiligenstadt relatando toda sua solidão que veio com a surdez. “A doença, porém, não impossibilitou Beethoven de compor. Um bom músico não precisa ouvir externamente. Ele precisa conhecer música”, conta Yara.
O contraste dessa condição que isolou Beethoven se dá em sua obra. “A música dele nos dá a sensação de que não estamos sozinhos, que, juntos, faremos algo. Não sei o que, mas faremos”, observa a professora. “É uma proposição de uma felicidade compartilhada”, completa.
“Beethoven é impressionantemente moderno. Ele deixa a gente suspenso no ar e provoca o ouvinte, unindo sensação, intuição. Ele investe nessa totalidade, nos fazendo questionar como isso é possível”, diz Yara.
Confira mais sobre o evento nas notícias do dia, na cobertura realizada pela jornalista Graziela Wolfart. Leia também a entrevista que Yara concedeu à IHU On-Line.
Por Natália Scholz