O Censo 2010, recentemente publicado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE desenha os contornos que apontam para a grande transformação do campo religioso brasileiro. A edição 400 da IHU On-Line trouxe debates sobre o novo mapa religioso. Apesar do surgimento de uma nova categoria denominada de “sem igreja determinada”, citada por Magali do Nascimento Cunha, em entrevista, muitos fiéis ainda acreditam que a religião é importante para manter uma vida de fé e paz.
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Para o católico Braz Poça Magno, 33 anos, de Barcarena/PA, onde não há consciência pastoral e educação catequética, principalmente do que hoje a Igreja fala, que é a evangelização dos batizados, a tendência é a evasão de “católicos”, que apenas fazem parte do censo porque os pais os “batizaram por batizar”.
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Natália Scholz, de 19 anos, é filha de pastor e luterana da Igreja Evangélica Luterana do Brasil – IELB desde que nasceu. “Eu não consigo separar minha vida da minha religião. Deus é um elemento fundamental em todos os momentos. Eu me sinto muito bem podendo renovar minha fé a cada semana, participando da ceia, ouvindo a palavra de Deus e louvando com cantos. A religião é a base da minha vida. Tento, ao máximo, agir conforme os ensinamentos que recebo”, declara a estudante.
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A senhora Nair Lory Klein Nyland, de 71 anos, pertence à Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil – IECLB e disse que foi batizada, confirmada, casou e sempre participou de atividades de sua igreja. Atualmente é presidente da OASE do Sínodo do Rio dos Sinos. “Foi com a perda dos meus sogros, dos meus pais e também do meu esposo que pude ter mais certeza ainda de que Deus está sempre comigo. Ele que me deu forças para poder superar esses momentos difíceis”, conta. Nair acredita que através da oração é possível superar todas as dificuldades.
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Everton Botelho, aos seus 38 anos de idade confessa que encontrou a Umbanda de portas abertas para poder cultuar uma religião, que era seu objetivo. “Na Umbanda percebi que poderia evoluir, crescer e ajudar outras pessoas”, explicou. O estudante de biologia foi católico por muito tempo, inclusive seminarista, mas optou pela troca de religião quando lhe disseram que não tinha vocação para o sacerdócio.
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Já a coordenadora financeira, Márcia Pinto e Silva, de 48 anos, mencionou que conheceu a religião Espírita quando estava passando por uma experiência difícil. Na época em que seu marido ainda era vivo, ele a levou para assistir palestras e fazer um tratamento espiritual. “A doutrina responde aos nossos questionamentos diversos, é baseada na fé raciocinada, cujo objetivo maior é o nosso aperfeiçoamento moral, nos tornando sempre melhores”, explica.
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Os motivos para que as pessoas continuem seguindo suas religiões são diversos, mas principalmente nos momentos desesperadores a fé toma conta de nossos corações. “Acredito que ninguém poderá passar uma existência sem despertar o seu lado espiritual. Em algum momento, todo o ser precisará se voltar para dentro de si e sentir a necessidade de crer em um ser superior “Deus”, se não a vida não fará nenhum sentido”, finaliza Márcia.
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Por Luana Taís Nyland e Thamiris Magalhães.

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