“Não podemos mais contar com a Terra sã e abundante em bens e serviços”. Estas são as palavras de Leonardo Boff, conhecido escritor e teólogo.
Esta opinião, compõe um artigo publicado nesta semana em nosso sítio, tendo como referência a era do Antropoceno, considerando o ser humano como um grande agressor do planeta Terra.
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Em seu artigo, Boff afirma que nós humanos, representamos “a parte consciente e inteligente do universo, da Via-Láctea e da própria Terra, com a missão, não de dominá-la mas de cuidar dela para manter as condições físico-químicas-ecológicas que nos permitem levar avante a nossa vida e a civilização que tão custosamente construímos”.
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Para compreender melhor no que consiste esta nova era geológica, nossa equipe de Jornalismo produziu no ano passado uma entrevista com Wagner Costa Ribeiro. Segundo ele, as mudanças climáticas e o aquecimento da Terra indicam que estamos vivendo essa nova era glacial. A ação do homem na natureza está “promovendo alterações de grande escala na superfície terrestre há pelo menos um século” e, portanto, não é mais possível dizer que a geologia se modifica apenas em função de eventos naturais, explica.
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De acordo com Ribeiro, o Antropoceno é uma proposta do Prêmio Nobel de Química de 1995, Paul Crutzen, pesquisador de origem holandesa. “Ele diz que a intervenção humana no planeta é de tal ordem e importância que já é possível marcar um novo período geológico”, comenta.
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Em seu artigo, Leonardo Boff ressalta, ainda, que cabe a nós refletir seriamente, denunciar e gritar por todos os meios disponíveis, “pois a nossa própria geração poderá conhecer as conseqüências funestas da irracionalidade de nossa forma de habitar o planeta, de produzir, de consumir e de esbanjar seus bens e serviços cada vez mais escassos”.
Por Rafaela Kley
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