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O Instituto Humanitas Unisinos – IHU promove entre os dias 21 e 23 de outubro o XIV Simpósio Internacional IHU: Revoluções tecnocientíficas, culturas, indivíduos e sociedades. A modelagem da vida, do conhecimento e dos processos produtivos na tecnociência contemporânea.

No dia 22 de outubro, serão apresentadas as conferências simultâneas que vão contar com a participação de pesquisadores da área da ciência e da tecnologia de diversos países.

Sobre os conferencistas

Entre as conferências está  “Democratizar a tecnociência: engajamento público em nanotecnologia”, ministrada pelo Prof. Dr. Paulo Roberto Martins (à direita), sociólogo e integrante da Rede de Pesquisa em Nanotecnologia, Sociedade e Meio Ambiente (RENANOSOMA) e pelo Dr. Franz Seifert, da Áustria, pesquisador independente em biotecnologia.

O pesquisador Paulo Roberto Martins já colaborou em outras atividades do IHU. Uma de suas entrevistas, “O debate da nanociência exige a definição de um projeto estratégico para o País”,  foi publicada nos Cadernos IHU em formação nº 26 sobre “Nanotecnologias. Possibilidades e limites” e para a  IHU On-line nº 120, que tinha como tema “O mundo desconhecido das nanotecnologias“. 

Além disso, falou sobre “A nanotecnologia e o impacto na sociedade para edição 205 da IHU On-Line. O mesmo tema foi abordado durante o II Ciclo de Estudos Desafios da Física para o Século XXI: um diálogo desde a Filosofia.

Já o Dr. Luis David Castiel,  pesquisador do Departamento de Epidemiologia e Métodos Quantitativos em Saúde, da Escola Nacional de Saúde Pública, Fundação Oswaldo Cruz, irá abordar o tema “Com a cabeça nas nuvens? Medicina, técnica, ética e os dilemas preemptivistas na saúde”.

Castiel também colaborou anteriormente com o Instituto Humanitas Unisinos – IHU. Concedeu uma entrevista sobre “A dominância das dimensões médicas na sociedade”, publicada na revista IHU On-Line nº 420, “A medicalização da vida. A autonomia em risco, e para os Cadernos IHU em formação nº 44, Tecnociência e saúde, além de conceder uma entrevista ao sítio do IHU com o tema “Saúde e tecnologia. A busca da imortalidade”. O médico esteve presente também no I Seminário, ministrando a palestra “Como restringir seu apetite naturalmente – Os riscos e a promoção do autocontrole na saúde alimentar”, que antecede o XIV Simpósio Internacional IHU.

As conferências terão ainda a presença do Prof. Dr. Hans-Georg Flickinger, da Universidade de Kassel (Alemanha) e da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul – PUCRS, que  ministrará a conferência intitulada “A arte da ciência na ciência da arte“, e do Prof. Dr. Alberto Cupani, da Universidade Federal de Santa Catarina, que vai tratar do tema “A realidade complexa da tecnologia“. Flickinger já concedeu uma entrevista ao Instituto Humanitas Unisinos – IHU, publicada na revista IHU On-Line nº 426, O Estado Secular e sua base autolegitimadora.

Sobre o XIV Simpósio

O XIV Simpósio Internacional IHU. Revoluções Tecnocientíficas, Culturas, Indivíduos e Sociedades busca analisar o sentido, as implicações e os desafios teóricos e práticos da contemporaneidade tecnocientífica para a vida, como os impactos da tecnociência no conceito de natureza humana e os novos modos de produção sobre a vida humana e o planeta.

Além das conferências, minicursos e exibições de filmes, o XIV Simpósio proporcionará a apresentação de trabalhos, prestigiando todos(as) aqueles(as) que quiserem contribuir com a discussão. As inscrições podem ser feitas na página do evento até o dia 15 de setembro.

Mais informações e a programação completa do evento podem ser encontradas neste link.

Interessados em participar escrevam seus trabalhos aqui.

“Qual tipo de seres você pensa que nós somos? Isto pode parecer um questionamento filosófico. Em parte é, mas ele está longe de ser abstrato. Ele está no núcleo das filosofias que nós vivemos. Ele vai ao coração de como nós educamos nossas crianças, gerenciamos as nossas escolas, organizamos nossas políticas sociais, lidamos com assuntos econômicos, ameaçamos aqueles que cometem crime ou quem julgamos doentes mentais, e talvez até como nós avaliamos a beleza na arte e na vida. Somos criaturas espirituais, habitadas por uma alma imaterial? Estamos sendo guiados pelos nossos instintos e paixões que devem ser treinados e civilizados por disciplinas e inúmeros hábitos? Nós somos únicos entre os animais, abençoados pelas nossas mentes, modo de falar e consciência? Esta é a nossa própria natureza como seres humanos moldados pela estrutura e pelas funções do nosso cérebro?”

Estes são alguns dos questionamentos feitos por Nikolas Rose e Joelle Abi-Rached no livro Neuro: The New Brain Sciences and the Management of Life (em tradução livre: Neuro: Novas Neurociências e Gestão da Vida), (Editora Princeton University, 2013, 352 páginas)

Para eles, a ciência do cérebro está influenciando como nunca antes o nosso entendimento em relação ao comportamento humano através de áreas como neuropsiquiatria, neuroteologia e neuroestética, o que faz com que muitos acreditem que é o cérebro que nos torna humanos:  “A neurociência parece ser um aliado improvável no pensamento progressista, mas seus efeitos podem nos surpreender.”

O livro será debatido pelos professores Eduardo Zanella (CAPES/PPGAS/UFRGS) e Miguel Herrera (CNPq/PPGAS/UFRGS) no dia 9  de outubro (quinta-feira) na Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros, no IHU, a partir das 17h30.

Presença no XIV Simpósio

Nikolas Rose, um dos autores do livro, estará presente no XIV Simpósio Internacional IHU: Revoluções tecnocientíficas, culturas, indivíduos e sociedades. A modelagem da vida, do conhecimento e dos processos produtivos na tecnociência contemporânea.

O biólogo, psicólogo e sociólogo, apresentará no dia 22 de outubro (quarta-feira) a conferência “A biopolítica no século XXI: cidadania biológica e ética somática”.

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Durante o XIV Simpósio Internacional IHU. Revoluções Tecnocientíficas, Culturas, Indivíduos e Sociedades. A modelagem da vida, do conhecimento e dos processos produtivos na tecnociência contemporânea, promovido pelo Intituto Humanitas Unisinos – IHU, um dos temas a ser debatido é: Nanotecnologia, saúde e segurança do trabalho.

Nanotecnologia, saúde e segurança do trabalho

O debate irá ocorrer  no dia 23 de outubro com a presença de integrantes da Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do TrabalhoFUNDACENTRO e da UNISINOS.

A proposta é analisar a nanotecnologia a partir da relação com o trabalhador, a política trabalhista brasileira, da segurança química/física e dos impactos das tecnologias em escala nano nos seres humanos e meio ambiente. Quando falamos em nanotecnologias as opiniões ainda são bastante divididas quanto a suas possibilidades e limites, mas especialistas concordam que ainda há muito a ser pesquisado e desenvolvido nesta área.

A FUNDACENTRO é uma instituição criada com a intenção de pesquisar as condições nos ambientes de trabalho, e atualmente, tem a  liderança na América Latina no campo da pesquisa na área de segurança e saúde no trabalho,  sendo pioneira na área, a fundação também envolve seus trabalhos desde a área de educação até o desenvolvimento de projetos de sistemas de gestão ambiental.

Saiba mais sobre os participantes das conferências temáticas:

Dra. Arline Sydnéia Abel Arcuri – Bacharel em química e doutora em Físico-Química, pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, é membro do Conselho Científico do Departamento Intersindical de Estudos e Pesquisas de Saúde e dos Ambientes (DIESAT) e pesquisadora titular da Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho (FUNDACENTRO).

Dr. Luís Renato B. Andrade – Tecnologista da Fundacentro do Rio Grande do Sul, e em sua tese de doutorado falou sobre: “Sistemática de Ações de Segurança e Saúde no Trabalho para Laboratórios com Atividades de Nanotecnologia”.

Dra. Fatima Viegas – tecnologista da Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho,atuando como Médica do Trabalho, se dedicando atualmente as pesquisas em Nanotecnologia voltada a Saúde do Trabalhador e ao Meio Ambiente.

Prof. Dr. Gustavo Borges – Pós-Doutor em Direito Civil, com bolsa de pesquisa PNPD/CAPES na Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS). Doutor em Direito Privado na Faculdade de Direito da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

O pesquisador Prof. Dr. Wilson Engelmann, que foca suas linhas de pesquisa em “Nanotecnologias aplicações e implicações à saúde e ao ambiente” e “Sociedade, Novos direitos e Transnacionalização”, também estará no Instituto Humanitas Unisinos – IHU com duas atividades no dia 21 de outubro, como parte da programação do “XIV Simpósio Internacional IHU: Revoluções tecnocientíficas, culturas, indivíduos e sociedades. A modelagem da vida, do conhecimento e dos processos produtivos na tecnociência contemporânea“.

Prof. Dr. Wilson Engelmann, da Universidade do Vale do Rio dos Sinos – UNISINOS, é líder do Grupo de Pesquisa JUSNANO, que promove a divulgação das interfaces entre as nanotecnologias e o Direito, sem descuidar de outras áreas do conhecimento, como a Química, Física, Farmácia, Medicina e Engenharia. Ele também participa de outros dois grupos, chamados NANOENDOAMBIENTAL e BioTecJus, todos focados na ciência da nanotecnologia. Entre as diversas cadeiras que leciona na UNISINOS, estão a Introdução ao Estudo do Direito, Teoria Geral do Direito e Filosofia do Direito, “Transformações Jurídicas das Relações Privadas” (Mestrado) e “Os Desafios das Transformações Contemporâneas do Direito Privado” (Doutorado). Ele também é autor do livro ”Responsabilidade Civil e Nanotecnologias”, em parceria com a Prof. Isabel Cristina Porto Borjes e a Prof. Taís Ferraz Gomes.

Também será discutido o tema  “Nanotecnologia e regulação no Brasil”, com a presença do Deputado Federal Sarney Filho e do Prof. Dr. Reginaldo Pereira, da Universidade Comunitária da Região de Chapecó – UNOCHAPECÓ.

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“Os semicondutores provocaram a grande revolução das últimas décadas. São os responsáveis diretos por estarmos na era da informação. Sem os semicondutores não haveria satélites, computadores e internet. Eles estão em toda a parte. Nem percebemos, mas utilizamos, em média, 50 microprocessadores diferentes por dia” diz o Prof. MS Celso Peter, engenheiro elétrico graduado pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul – PUCRS e uma das poucas pessoas que fabricaram chips no Brasil vendidos em volume para o mercado. Na Unisinos, é o responsável pela construção do ITT CHIP – Instituto Tecnológico de Semicondutores Unisinos.

Celso Peter integra a programação do “XIV Simpósio Internacional IHU: Revoluções tecnocientíficas, culturas, indivíduos e sociedades. A modelagem da vida, do conhecimento e dos processos produtivos na tecnociência contemporânea”, que acontece entre os dias 21 e 23 de outubro.

Prof. Dr. Ernesto Lavina e Prof. Dr. Gustavo Borges são outros dois professores da Universidade do Vale do Rio dos Sinos – UNISINOS que participam do evento.

Eles abordarão, respectivamente, os temas “Aquecimento global e o futuro da humanidade” e “Nanotecnologia, saúde e segurança do trabalho”.

A programação completa do “XIV Simpósio Internacional IHU: Revoluções tecnocientíficas, culturas, indivíduos e sociedades. A modelagem da vida, do conhecimento e dos processos produtivos na tecnociência contemporânea” pode ser conferida aqui.

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Em seus trabalhos mais recentes, Jean-Pierre Dupuy, matemático e filósofo francês, procura fazer com que a sociedade repense o uso da tecnologia para utilizá-la conscientemente, sem focar no uso de armas de destruição em massa. Ele questiona o fato de que, mesmo com a evolução tecnológica atual, pouco se investe na redução de problemas mundiais, como a miséria, a injustiça, a violência e a guerra.

O filósofo é bastante conhecido no Brasil, uma vez que morou por vários anos e participou de diversas palestras e seminários por todo o país. Por isso, muitos intelectuais brasileiros acreditam que ele possui uma visão local bastante apurada e honesta sobre a nossa sociedade.

O profeta da catástrofe

Entre as suas publicações está o livro O Tempo das Catástrofes – Quando o impossível é uma certeza (Editora É Realizações, 2011), no qual Dupuy leva o leitor a refletir sobre a possibilidade de que catástrofes aniquiladoras venham a ocorrer. Embora assuma o rótulo de “profeta da catástrofe”, o escritor não deseja que elas aconteçam, pelo contrário, espera que suas “previsões” estejam erradas. O que ele busca é justamente fazer com que se entenda criticamente o fatalismo e a nossa frivolidade.

Sobre o XIV Simpósio

O XIV Simpósio Internacional IHU Revoluções Tecnocientíficas, Culturas, Indivíduos e Sociedades busca analisar o sentido, as implicações e os desafios teóricos e práticos da contemporaneidade tecnocientífica para a vida, como os impactos da tecnociência no conceito de natureza humana e os novos modos de produção sobre a vida humana e o planeta.

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