Arquivos da categoria ‘Trabalho’

Para a Comissão Stiglitz, cálculo do PIB está ultrapassado: Bem-estar, qualidade de vida e desenvolvimento sustentável devem integrar estatísticas econômicas internacionais.

Um ano após a falência do banco norte-americano Lehman-Brothers, que marca o início da crise mundial, grupo de economistas – encabeçada pelo economista Joseph Stiglitz, – finaliza relatório encomendado pelo presidente francês Sarkozy. Um relatório sobre as novas formas de medir a performance econômica, o progresso social e a sustentabilidade.

economistas

Jean Paul Fitoussi, Joseph Stiglitz e Amartya Sen, da Comissão Stiglitz.

Sobre o slogan “O que se mede tem incidência sobre o que se faz”,  Stiglitz e os 24 experts que elaboraram o documento trazem a palco a primeira revisão ampla e em profundidade das nossas contas nacionais, e responde a grande parte das críticas que têm sido feitas à metodologia centrada no Produto Interno Bruto.

Para o presidente francês Nicolas Sarkozy, as 300 páginas que compõem o relatório, apontam para uma “Formidável revolução estatística mundial, que acompanhará o fim da religião do número”.

Vale a pena ver em detalhe, em particular as páginas 11 a 18 que contêm o resumo das metodologias e das recomendações. Como se trata de uma reorientação geral de como são medidos os resultados econômicos, sociais e ambientais, tem fortes implicações para o trabalho de todos nos.

O relatório da Comissão Stliglitz, como tem sido chamada, está disponível em :  http://www.stiglitz-sen-fitoussi.fr/en/index.htm

Postagem: Fórum sobre Indicadores socioeconômicos e políticas públicas: realidades e possibilidades para o Vale do Rio dos Sinos.

Núcleo gaúcho formado para articular e promover os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio(ODM).

nos podemos

Ocorreu nesta sexta-feira na sede da FAMURS em Porto Alegre a 1ª Reunião do Comitê do Rio Grande do Sul “Nós Podemos”, o evento contou com a participação de representantes das mais diversas entidades gaúchas, entre elas:

FAMURS – Federação das Associaçãoes de Municípios do Rio Grande do Sul, Banco do Brasil, BRDE – Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul, Curso de Serviço Social – Unisinos, Curso de Administração – Unisinos, IHU – Instituto Humanitas – Unisinos, Fórum RS – Fórum Permanente de Responsabilidade Social, SPM – Secretaria do Planejamento Municipal – Porto Alegre, Federação Unimed/RS, FEE – Fundação de Economia e Estatística, ObservaPoa – Observatório de Porto Alegre,  CONSEG – Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável do RS, COEGEMAS  – Colegiado Estadual de Gestores Municipais de Assistência Social, MSS – Fundação Maurício Sirotsky Sobrinho, COSANS – Coordenadoria de Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável, Poder Executivo de Pinhal, Ong – Grupo  Ecologico Alerta Verde, Clube de Mães Santa Catarina – Porto Alegre, Prefeitura de Porto Alegre, Prefeitura de Santana do Livremento, Assembleia Legislativa, ECT – Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, Secretaria de  Desenvolvimento e Turismo – Gravatai, Secretaria Municipal de Assistência, Cidadania e Inclusão Social – São Leopoldo.

Em uma reunião suprapartidária foram discutidas metodologias para a implantação do Comitê gaúcho “Nós Podemos” e realizado a escolha de sua Secretaria Executiva. O encontro proporcionou uma troca de informações e experiências, que serviram de subsídios para os planos de articulação e mobilização do Comitê.

Espera-se que, pela ação conjunta dos vários atores sociais, os indicadores de resultados de todos os Objetivos do Milênio reflitam significativas melhorias na qualidade de vida do povo gaúcho.  A combinação de esforços coletivos das entidades públicas e privadas possam proporcionar uma redução no atual quadro de desigualdade existente no país.

Postagem: Fórum sobre Indicadores socioeconômicos e políticas públicas: realidades e possibilidades para o Vale do Rio dos Sinos.

Realidade dos municípios do Vale do Rio dos Sinos

O conceito de Desenvolvimento Humano é a base do Relatório de Desenvolvimento Humano (RDH), publicado anualmente, e também do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Ele parte do pressuposto de que para aferir o avanço de uma população não se deve considerar apenas a dimensão econômica, mas também outras características sociais, culturais e políticas que influenciam a qualidade da vida humana.

Esse enfoque é apresentado desde 1990 nos RDHs, que propõem uma agenda sobre temas relevantes ligados ao desenvolvimento humano e reúnem tabelas estatísticas e informações sobre o assunto. A cargo do PNUD, o relatório foi idealizado pelo economista paquistanês Mahbub ul Haq (1934-1998). Atualmente, é publicado em dezenas de idiomas e em mais de cem países.

O IDH – Índice de Desenvolvimento Humano

O objetivo da elaboração do Índice de Desenvolvimento Humano é oferecer um contraponto a outro indicador muito utilizado, o Produto Interno Bruto (PIB) per capita, que considera apenas a dimensão econômica do desenvolvimento. Criado por Mahbub ul Haq com a colaboração do economista indiano Amartya Sen, ganhador do Prêmio Nobel de Economia de 1998, o IDH pretende ser uma medida geral, sintética, do desenvolvimento humano. Não abrange todos os aspectos de desenvolvimento e não é uma representação da “felicidade” das pessoas, nem indica “o melhor lugar no mundo para se viver”.

Além de computar o PIB per capita, depois de corrigi-lo pelo poder de compra da moeda de cada país, o IDH também leva em conta dois outros componentes: a longevidade e a educação. Para aferir a longevidade, o indicador utiliza números de expectativa de vida ao nascer. O item educação é avaliado pelo índice de analfabetismo e pela taxa de matrícula em todos os níveis de ensino. A renda é mensurada pelo PIB per capita, em dólar PPC (paridade do poder de compra, que elimina as diferenças de custo de vida entre os países). Essas três dimensões têm a mesma importância no índice, que varia de zero a um.

Apesar de ter sido publicado pela primeira vez em 1990, o índice foi recalculado para os anos anteriores, a partir de 1975. Aos poucos, o IDH tornou-se referência mundial. É um índice-chave dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio das Nações Unidas e, no Brasil, tem sido utilizado pelo governo federal e por administração Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M), que pode ser consultado no Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, um banco de dados eletrônico com informações sócio-econômicas sobre os 5.507 municípios do país, os 26 Estados e o Distrito Federal.

Entenda como é calculado o IDH.

Municípios do Vale do Rio dos Sinos

O índice varia de zero (nenhum desenvolvimento humano) até 1 (desenvolvimento humano total), sendo os municípios classificados deste modo:

  • Quando o IDH de um município está entre 0 e 0,499, é considerado baixo.
  • Quando o IDH de um município está entre 0,500 e 0,799, é considerado médio.
  • Quando o IDH de um município está entre 0,800 e 1, é considerado alto.

ranking vale

Dos municípos que compõem o Vale do Rio do Sinos a cidade de IVOTI é a mais bem colocada, ocupando o 25° lugar no ranking nacional e o 1° lugar no ranking do Vale do Rio dos Sinos, conforme dados divulgado pelo  Programa das Nações Unidas para o desenvolvimento (PNUD).

Ao analisarmos individualmente os indicadores que compõem IDH, veremos os municípios de melhor desempenho em cada item:

  • Renda            :  Novo Hamburgo, 0,769.
  • Longevidade :  Portão, 0,852.
  • Educação      :  Esteio, 0942.

Vale ressaltar que entre os 14 municípios da região,  existe uma variação nos índices e que em estudo individualizados, como os feitos pelo ObservaPoa esta desigualdade aparece dentro dos próprios municípios.

Postagem: Fórum sobre Indicadores socioeconômicos e políticas públicas: realidades e possibilidades para o Vale do Rio dos Sinos.

O Teatro Dante Barone da Assembleia Legislativa foi palco na última sexta-feira dia 11, do Seminário Estadual de Divulgação da 3ª Edição do Prêmio Objetivos do Milênio.

premio odm

Foto de divulgação do evento.

O Intituto Humanitas e o curso de Serviço Social da Unisinos estiveram presente, representados pelo acadêmico de serviço social Sr. Helio Eduardo de Souza Pinto. O evento esteve dividido em três oficinas. A primeira abordou o Prêmio ODM e as ações realizadas conforme as metas da ONU. A segunda oficina focou o Estado e os municípios gaúchos, onde foram expostos os relevante trabalhos na área de indicadores eleborados pelo ObservaPoa – Observatório da cidade de Porto alegre e pela FEE – Fundação de Economia e Estatística. Ambos abordaram a realidade das cidades com seus indicadores e as metas que devem ser atingidas, e sugestão de medidas para minimizar os problemas. A última oficina tratou do planejamento e mobilização da sociedade.

Ao final do Seminátio foi instalado um núcleo estadual para fomentar os Objetivos do Milênio, que já tem sua primeira reunião agendada para o dia 25.09.09 na sede da FAMURS.

Postagem: Fórum sobre Indicadores socioeconômicos e políticas públicas: realidades e possibilidades para o Vale do Rio dos Sinos.

ODM dos municípios do Vale do Rio dos Sinos – Objetivo 1: Acabar com a fome e a miséria.

Proporção de pessoas vivendo com menos de meio salário mínimo nas nove maiores regiões metropolitanas cresce 4,9% entre 2000 e 2007.

pobreza

Análise feita pelo site de estatísticas  Portal ODM mostra que a pobreza nas maiores regiões metropolitanas brasileiras cresceu 4,9% de 2000 a 2007, se considerado o critério de pessoas ganhando menos de meio salário mínimo. Em 2000, 20,02% das pessoas que viviam nessas regiões estavam abaixo da linha de pobreza; em 2007, a proporção passou para 21,01%. Os números vão na contramão da trajetória do país como um todo que, nesse período, passou de 32,75% de pobres para 30%.

Reduzir pela metade a pobreza extrema é uma das metas da ONU em que o Brasil evoluiu, como um todo. Mas, em 433 municípios, o que aconteceu foi o oposto: o número de pobres cresceu de 1991 a 2000 (últimos dados disponíveis sobre o tema).

No Estado do Rio Grande do Sul, a proporção de pessoas com renda familiar per capita de até meio salário mínimo (abaixo da linha da pobreza nacional) passou de 39%, em 1991, para 19% em 2007.

Fonte: PNUD – Programa das nações Unidas para o Desenvolvimento

caixa-obj1

  1. Objetivo – erradicar a extrema pobreza e a fome.
  2. Meta – reduzir pela metade, entre 1990 e 2015, a proporção da população com renda inferior a US$ 1 PPC/dia.

O Brasil adota como metodologia oficial para definição de pobreza a referência do Salário Minimo. Assim, as famílias com renda de até 1/4 do salário mínimo per capita são consideradas extremamente pobres ou na linha de indigência e as famílias com renda de até 1/2 salário mínimo per capita são consideradas pobres ou na linha de pobreza.

Municípios do Vale do Rio dos Sinos

Proporção dos indivíduos com renda domiciliar per capita inferior a meio salário mínimo e categorização dos municípios, segundo o desempenho em relação à meta para 2015, do Vale do Rio dos Sinos – 1991 e 2000

tabela pobreza

Objetivo Alcançado – considera-se que, nesse indicador já se alcançou a meta. O fato de se afirmar que a meta estipulada já foi atingida não significa que ela venha a se manter assim até 2015.

Campo Bom e Dois Irmãos.

Objetivo a caminho – considera-se que, nesse indicador, se alcançará a meta até 2015, se mantiver o ritmo de melhora em curso.

Araricá, Ivoti, Nova Hartz, Nova Santa Rita, Portão, Sapiranga, Sapucaia do Sul.

Objetivo avanço lento – há melhora no indicador, mas, mantido o ritmo, a meta não será atingida até 2015.

Acendendo a luz de alerta neste objetivo temos os municípios de: Canoas, Estância velha, Esteio, Novo Hamburgo e São Leopoldo.

Entre as cidades com índice menor de desempenho para atingirem a meta neste objetivo até 2015 figuram: Canoas e Estância Velha respectivamente.

Postagem: Fórum sobre Indicadores socioeconômicos e políticas públicas: realidades e possibilidades para o Vale do Rio dos Sinos.