Arquivos da categoria ‘Trabalho’

RAIS/CAGED

Em 29 outubro, 2009 Comentar

Programa de Disseminação das Estatísticas do Trabalho(PDET)

Com objetivo buscar e analisar informações do mundo do trabalho, em âmbito estadual e nacional, membro do Programa Trabalho do Instituto Humanitas participaram na última quarta-feira  dia 28, da reunião técnica realizada no auditório da Fundação de Economia e Estatística – FEE  pela Coordenação Geral de Estatísticas do Trabalho – CGET/TEM.

A reunião teve como finalidade aproximar a equipe de produção das Bases se Dados e Estatísticas da RAIS e CAGED e os usuários, para troca de informações, apresentação das inovações e também de sugestões pertinentes a discussão.

O Programa de Disseminação das Estatísticas do Trabalho (PDET) tem por objetivo divulgar informações oriundas de dois Registros Administrativos, RAIS – Relação Anual de Informações Sociais – e CAGED – Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, à sociedade civil.

Por meio desse Programa, o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) vem procurando disseminar informações cada vez mais abrangentes sobre o mercado de trabalho, utilizando diferentes tipos de mídia e atingindo, assim, diferentes grupos de usuários.

O CAGED conta com uma cobertura de 85%  do universo dos empregados celetista e RAIS com 97% do universo do mercado formal brasileiro, ambos são ferramentas que apresentam desagregação de dados em termos geográficos, setoriais e ocupacionais, possibilitando a realização de estudos que indicam as tendência do mundo do trabalho.

Postagem: Fórum sobre Indicadores socioeconômicos e políticas públicas: realidades e possibilidades para o Vale do Rio dos Sinos.

Etapa 4 – Indicadores Socioeconômicos e a Política de Saúde no Vale do Rio dos Sinos

O posicionamento político forte e a especificidade técnica marcante foram os pontos altos da participação da Gerente Regional do DATASUS/RS – Ministério da Saúde Veralice Maria Gonçalves na Etapa 4 do módulo II do Fórum sobre Indicadores Socioeconômicos e Políticas Públicas: realidades e possibilidades para o Vale do Rio dos Sinos – Indicadores Socioeconômicos e a Política de Saúde no Vale do Rio dos Sinos.

Navegando entre os conceitos da saúde no Brasil, os princípios do Sistema Único de Saúde e os indicadores da saúde no sistema DATASUS, a apresentação trouxe à tona necessidade de uma desagregação dos dados permitindo que se mostrem as diferenças entre os grupos, possibilitando assim o aperfeiçoamento das políticas públicas de desigualdade social.

Outro fato relevante trazido por Veralice é o papel que a saúde desempenha como sensor crítico das políticas econômicas em desenvolvimento tornando-se imperativo discutir saúde segundo políticas intersetoriais. Pois, a saúde desvela-se como frente de expansão estratégica para a economia e para a política social.

Na segunda parte da noite o jovem pesquisador Vagner Santos da Escola de Saúde Pública/RS apresentou dados de sua pesquisa realizada na cidade de São Leopoldo, que teve como objetivo principal o levantamento de informações que subsidiem a elaboração do mapeamento da atuação das instituições governamentais e não-governamentais envolvidas na atenção em saúde mental considerando os seguintes aspectos: objetivos, atividades, rotinas de atendimento, composição e qualificação dos recursos humanos e infra-estrutura física e financeira no município pesquisado.

Postagem: Fórum sobre Indicadores socioeconômicos e políticas públicas: realidades e possibilidades para o Vale do Rio dos Sinos.

Acadêmico em Serviço Social e estagiário do Programa Trabalho do IHU/Unisinos, supervisionado pela Profa. Dra. Marilene Maia tem participação expressiva no Comitê Gaúcho pelo Objetivo de Desenvolvimento do Milênio.

O acadêmico do curso de serviço social da Unisinos Sr. Helio Eduardo de Souza Pinto, participou da última sexta-feira da gravação do Programa Democracia e lançamento do Movimento global  da ONU, “Levante-se Contra a Pobreza” pelo  Movimento Gaúcho em prol das ODM, na TV Assembléia.

DEMOCRACIA – É um programa de mesa redonda sobre temas polêmicos e atuais, reunindo especialistas, pesquisadores, lideranças empresariais, políticas e comunitárias. Um espaço para discutir tudo o que é importante para os gaúchos e que está na pauta do parlamento estadual nas Comissões Permanentes e no Plenário. Apresentação de Batista Filho, de segunda à sexta, às 23h, com reprises em horários alternativos para o interior do estado.

Entrevistados:

Adriano Dirceu Strassburguer – Fórum RS – Fórum da Responsabilidade Social / Lajeado.
Beatriz Maria Berghahn – ONG Moradia e Cidadania – Empregados da CEF
Hélio Eduardo de Souza Pinto – Curso de Serviço Social/Instituto Humanitas da UNISINOS.
Hélios Puig Gonzalez – Economista e membro do Levante-se Contra a Pobreza,   Movimento Nós Podemos RS  e  Premio ODM Brasil.
Salvatore Santagada –  Sociólogo da Fundação de Economia e Estatística RS

Local: Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul

Praça Marechal Deodoro, 101 – 1º andar Porto Alegre.

Postagem: Fórum sobre Indicadores socioeconômicos e políticas públicas: realidades e possibilidades para o Vale do Rio dos Sinos.

Segundo o Comitê de Desenvolvimento do Banco Mundial, a crise econômica pode deixar até 90 milhões de pessoas na pobreza extrema, uma situação em que as pessoas vivem com menos de U$ 1,25 por dia. Esses dados abrangem 96% das populações dos países em desenvolvimento. Para tentar reverter esse quadro, a ONU segue investindo nas Metas do Milênio, um conjunto de diretrizes que tem como objetivo reduzir pela metade, até 2015, os níveis da pobreza extrema no mundo.

Brasil

A crise econômica pegou o Brasil no auge do ciclo de avanços sociais, apontou a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2008, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O levantamento revela que ocorreu, no ano passado, a maior redução na diferença entre ricos e pobres no Brasil desde 1990. Porém, o Brasil ainda está muito atrás de outros países no Índice de Gini – que varia de zero a 1 e indica maior desigualdade quanto mais aumenta . O Gini da Rússia, por exemplo, é 0,399; o da China, 0,469; e o da Índia, 0,368 e do Brasil 0,493.

Postagem: Fórum sobre Indicadores socioeconômicos e políticas públicas: realidades e possibilidades para o Vale do Rio dos Sinos.

O Centro de Pesquisa e Apoio aos Trabealhadores (CEPAT) foi convidado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) do Paraná para o debate “A importância da redução da jornada de trabalho, sem redução de salários, para os avanços sociais”. O evento aconteceu no auditório do Ministério Público do Trabalho, nesta terça-feira, dia 29, em Curitiba, e contou com palestras do sociólogo e pesquisador do Cepat, César Sanson, do presidente estadual da CUT, Roni Anderson Barbosa, e do advogado trabalhista Sandro Lunardi.

Roni abriu as exposições afirmando que não basta apenas reduzir a jornada. “É preciso criar instrumentos legais que limitem as horas-extras. Alguns países já fazem o controle anual. No Brasil não há punição alguma para o empregador que impõe a realização de mais de duas horas extras por dia”. O presidente da CUT-PR também trouxe dados sobre as jornadas extraordinárias. “O comércio é o setor que mais sofre, com cerca de 60% dos trabalhadores praticando horas extras, enquanto a média nos demais setores é de 40%”. Ainda de acordo com Roni, os acidentes de trabalho acontecem na sua maioria ao final da jornada, quando os trabalhadores estão cansados. “Se diminuir a jornada, com certeza haverá redução nos índices de acidentes laborais”.

O advogado Sandro Lunardi, por sua vez, disse que é preciso ampliar o convencimento da classe trabalhadora e do restante da sociedade sobre a necessidade de se reduzir a jornada semanal de trabalho. “Já fizemos isso na Constituinte de 1988, quando realizamos uma grande campanha vitoriosa pela redução da jornada semanal de 48 para 44 horas. A CUT, por ser a maior Central Sindical da América Latina, tem o papel natural de liderança no processo e deve convocar as demais centrais para obter a unidade na classe trabalhadora”.

Para o sociólogo César Sanson, a diminuição da jornada não é uma medida revolucionária, e inscreve-se na própria racionalidade econômica. O pesquisador destacou que “a jornada de hoje, em muitos casos, é muito semelhante à praticada no final do século XIX e a intensificação no trabalho chega até ser maior, já que há mecanismos mais sofisticados de vigilância. Atualmente se sofre muito mais com as patologias do trabalho, como estresse e depressão. É uma pressão psicossocial alarmante e a redução da jornada poderia ajudar a combater isso, mas é preciso ir mais além. Não basta apenas fazer o debate economicista, há que ser discutir o caráter cultural, de melhoria da qualidade de vida da classe”, apontou, chamando a atenção para a necessidade de se rediscutir o conceito de tempo livre.

O pesquisador do Cepat destacou ainda, a necessidade de conectar o debate da redução da jornada com outros temas, como a necessidade de um “mínimo vital”. Segundo ele, com a crise do emprego, é necessária a busca de outros mecanismos de inclusão social. “Não basta distribuir o trabalho, é preciso distribuir também as riquezas socialmente produzidas. Conceder a todas as pessoas, desde o nascimento, sem nenhuma condição social ou profissional um mínimo vital. Essa idéia repousa sobre um ‘princípio revolucionário’, qual seja: o de que as pessoas têm direito ao mínimo vital porque existem e não para existirem”, disse Cesar Sanson.

Ao final das palestras houve as intervenções do público, que sugeriu algumas ações para que a Proposta de Emenda à Constituição [PEC] 231/97, de autoria do então deputado federal, hoje senador, Inácio Arruda [PCdoB/CE] seja aprovada no Congresso Nacional, tais como a ampliação da mobilização nas ruas, a criação de uma frente parlamentar pró-redução da jornada, a elaboração de um placar em local público que mostre o posicionamento dos deputados, entre outros.

Reportagem do sítio da CUT/PR, 29-09-2009.