Amante das poesias e em partilhar o amor de Deus, recentemente a irmã uruguaia Maria Cristina Giani completou 25 anos de vida religiosa. Há 12 anos no Brasil, dedica-se ao trabalho com jovens e pessoas com necessidades, tendo passado também, além do seu país de origem, pela Argentina e Roma. “Aqui tem sido minha experiência missionária mais rica, onde eu aprendi como pessoa, como consagrada, como mulher. É uma riqueza poder conhecer pessoas de diferentes lugares e a experiência com as pessoas mais carentes tem me enriquecido muito. Eu aprendi com eles a alegria da partilha, a esperança nas dificuldades, a gratuidade de ter todo o tempo do mundo para estar contigo”, afirma a irmã.
Entre 2005 e 2010, Cristina fez parte da equipe de Teologia Pública, do Instituto Humanitas Unisinos – IHU, colaborando na criação dos serviços de espiritualidade, cursos EAD e Comentário do Evangelho no sitío.
A comemoração pela importante data na vida de Cristina Giani aconteceu no último dia 08 de dezembro, em que estavam reunidos os amigos da sua caminhada espiritual. “Eu sentia muito que queria agradecer a Deus e a tantas pessoas que ao longo desses anos fizeram possível que eu chegasse até aqui. Especialmente à minha família, porque a minha consagração foi privada e meus pais não estavam presentes. Queria muito agradecer a eles tudo que eu tenho recebido, a companhia deles ao longo destes anos, que para mim foi muito importante”, conta.
Irmã Cristina é membro da Comunidade de Missionárias de Cristo Ressuscitado, bacharel em Teologia, pelo Centro Universitário Unilasalle e concedeu entrevista à IHU On-Line, comentando um pouco sobre seus 25 anos de vida religiosa.
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Foi por intermédio das palavras e das ações evangelizadoras dele é que o Oriente conheceu o Catolicismo e a cultura religiosa ocidental. Nascido em 1506 e conhecido como o apóstolo do Oriente, Francisco de Jaso y Azpilicueta ou Francisco Xavier tem sua memória lembrada e celebrada todo dia 3 de dezembro, data de sua morte no ano de 1552 na ilha de Shangchuan, situada no sul da China, onde o jesuíta prentedia continuar seus diálogos inter-religiosos e suas pregações.
Vindo de uma família rica, Francisco optou por seguir o caminho espiritual ao conhecer Inácio de Loyola, na Universidade de Paris, onde ambos estudaram. Foi nomeado por este primeiro-secretário da Companhia de Jesus.
Possuía uma personalidade aventureira. Talvez por ela é que tenha seguido em sua missão para o territorio oriental. Primeiramente em Goa, na Índia e em outras localidades próximas , Francisco evangelizou e batizou verdadeiras multidões. No Japão, embora tenha tido muitas dificuldades para conseguir espaço e crédito para realizar o que era de seu intuito, conseguiu se adequar ao modo oriental de viver.
Pedro Lamet, poeta e escritor jesuíta, falou em entrevista à IHU On-Line sobre este período da vida de Xavier, “Ele evoluiu em suas estratégias entre Índia e Japão. Sofreu crises em Santo Tomé e Malaca, desesperado pela atitude de alguns capitíes. E no Japão fracassou no início, quando o enganavam e cuspiam nele. No entanto, mudou de método e até a forma de vestir-se, adaptando-se à forma de pensar dos japoneses”.
A mensagem deixada pelas obras de São Francisco Xavier nos mostram que é preciso sempre estar em uma busca interior. Segundo Pedro Lamet, “É preciso buscar outros caminhos que passam a apontar para o centro do homem, que é onde está sua verdade. Como dizia Jesus: “O reino dos céus está dentro de vocês”. A frase hoje seria: “De que serve ao homem ganhar todo o mundo, se ele se perde a si mesmo?”.
Por Wagner Altes
O programa Gestando o Diálogo Inter-Religioso e o Ecumenismo – GDIREC é formado por líderes religiosos que buscam dialogar e estudar sobre suas experiências, assumindo uma postura ética e de respeito entre todas as religiões. O grupo realiza encontros regulares entre seus componentes para desenvolver coletivamente o conhecimento e o reconhecimento das identidades religiosas, práticas, tradições históricas e teológicas. Em 2012, o GDIREC está completando 10 anos e, também, foi anunciada a nova parceria com o Instituto Humanitas Unisinos – IHU.
“O GDIREC passar a fazer parte do IHU a partir do próximo ano oferece a possibilidade de redesenhar a atuação do Programa assim como a do Grupo. Oferece-lhe, sobretudo, uma equipe mais ampla com a qual possa dialogar e melhorar a execução dos objetivos propostos, tanto pelo Humanitas como pelo GDIREC”, salienta Inácio Spohr, irmão jesuíta e coordenador do grupo.
O programa é constituído por diversas atividades, como banco de dado dos locais de culto e templos da região, publicações, promoção de eventos, serviços de assessoria a professores de ensino religioso e desenvolvimento de práticas coletivas de inclusão étnico-racial.
Atualmente, os integrantes do GDIREC são:
- Alancardino Vallejo (Padrinho), Igreja Eclética da Fluente Luz Universal (Santo Daime), Sapiranga
- Anselmo Bandeira Severo, Espírita, São Leopoldo
- Maria Helena e Carlos Moeller, Brahma Kumaris, São Leopoldo
- Cleide Olsson Schneider (Pastora), Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil, São Leopoldo
- Daniel (Babalorixá), Casa Africanista Ilê Axé Gegê Nagô Boboquexã Ogum Onirê, São Leopoldo
- Dejair Haubert (Babalorixá), Ilê dos Orixás, São Leopoldo
- Dolores Senhorinha Dorneles (Ialorixá), Centro Africano de Bará Lodê, São Leopoldo
- Flávio Corrêa de Lima (Sacerdote), Igreja Católica Apostólica Romana, Paróquia Nossa Senhora da Conceição, São Leopoldo
- Jerry Andrei (Presbítero), Igreja Episcopal Anglicana do Brasil, Paróquia da Trindade, São Leopoldo
- José Carlos Bandeira (Médium), Espírita, São Leopoldo
- Kokai (Monja, Vânia Eckert), Zen Budismo, Zen Vale dos Sinos, São Leopoldo
- Nilton Luís Rodrigues (Babalorixá), Umbandista e Africanista, São Leopoldo
Você pode encontrar mais informações sobre o grupo no site e no blog ou, ainda, pelos contatos gdirec@unisinos.br e (51) 3591 1100, Ramal 4125.
Por Mariana Staudt
Para ler mais:
Ontem à tarde, para tratar do tema “Um novo Congresso e um Congresso novo”, a Profa. Dra. Geraldina Céspedes – Escola Feminista de Teologia de Andalucía – EFETA iniciou a conferência, em torno das 17 horas, fazendo um panorama sobre a teologia, especialmente sobre a espiritualidade. “Devemos pensar a espiritualidade libertadora como um dos desafios que temos pela frente”, frisa Geraldina.
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“Eu acho que se nós quisermos continuar avançando, a teologia precisa renovar a sua identidade, a sua missão, para que serve a teologia?”, questiona, pedindo-nos uma reflexão: “Nas situações que vivemos temos que nos questionarmos e descobrirmos que ela serve para alguma coisa ou muitas coisas”. “Não podemos passar reto diante de tantas mudanças. A teologia também precisa provocar mudanças, tem que colocar algo à mesa para que se torne algo bom para viver”, declara.
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Geraldina Céspedes finaliza sua apresentação com uma proposta: “Juntos podemos vislumbrar esse novo tecido teológico para a América Latina. Que esse Congresso seja um passo importante dentro desse processo de mudanças”.
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Dr. Jon Sobrino, teólogo jesuíta, iniciou sua apresentação em torno das 19 horas, com a tentativa de fazer-se compreender as razões pelas quais a Teologia da Libertação, após os seus 40 anos, ainda é importante, visto que ela é tão criticada, perseguida, difamada pelos poderes do mundo, inclusive pela hierarquia da Igreja. “Eu estou aqui por todas essas urgências da Igreja”, declara.
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Ao contar sobre a sua vida e sobre a Teologia da Libertação, o teólogo frisou que “dos pobres vem a salvação”. “Há a ideia de que algo bom aconteceu com a Teologia da Libertação. Há algo absoluto que é Deus e há algo co-absoluto que é o pobre”, finaliza.
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Por Luana Taís Nyland
Entre os dias 02 e 05 de outubro ocorreu o XIII Simpósio Internacional IHU – Igreja, Cultura e Sociedade para tratar de temas relacionados à semântica do Mistério da Igreja no contexto das novas gramáticas da civilização tecnocientífica. Estiveram presentes nomes como Marcelo Gleiser, Massimo Pampaloni, Paul Valadier, Antônio Spadaro, Mário de França, Christoph Theobald e Peter C. Phan. Temáticas como “Teologia x Ciência”, “o Mistério no cinema” e “o Concílio Vaticano II” foram apresentadas e debatidas entre os palestrantes e participantes do evento.
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Para Agnaldo Barbosa Duarte, padre jesuíta de Teresina/PI, a experiência de participar do evento foi muito boa. Ele trabalha com a Pastoral de uma escola e disse que o Simpósio o ajudou a perceber novas linguagens de como trabalhar relacionando teologia e ciência. Ele acredita que é possível relacionar e que é importante se aprofundar nesse discurso. Duarte ainda declarou que as questões foram relevantes e despertaram o desejo de pesquisar mais.
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“Acho que o Simpósio foi uma atualidade no campo teológico, principalmente a capacidade de discutir a relação entre ciência e teologia, e abre espaço para dialogar mais profundamente, principalmente porque a teologia enfrenta muitos conflitos sobre algumas questões que parecem fechadas, mas não estão. As questões discutidas são bastante delicadas, em destaque a do pluralismo religioso, mas toda a temática trouxe grandes riquezas”, afirmou José Rocha Cavalcante Filho, teólogo, doutorando em Ciências da Religião na PUC/SP.
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Segundo Adilina Benetti, graduada em Ciências Sociais e Teologia, de Porto Alegre, o Simpósio veio confirmar um ponto fino e essencial de trabalhar e conquistar esse jeito de viver ecumênico, porque com essa cultura atual da sociedade, nós, como Igreja, ficamos fechados. Para Adilina, um ponto forte do evento foi a discussão teológica dentro da sociedade em evolução, pois a proposta formativa é diversificada e desafiadora. “Gostei muito das oficinas, pois foram bem diversificadas. Dou uma nota de muito bom para ótimo”, declara.
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Além de discutir propostas profundas sobre ciência e teologia, o Simpósio também foi capaz de produzir sensibilidade, visto que, ao ouvir algumas palestras, alguns participantes reacenderam sua vida espiritual.
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Apesar de o Simpósio ter sido encerrado na sexta-feira, 05-10-2012, hoje inicia mais um evento que procura buscar a espiritualidade e religiosidade. O Congresso Continental de Teologia visa refletir sobre os 50 anos da inauguração do Concílio Vaticano II, celebrada pelo papa João XXIII, e os 40 anos da publicação do livro Teologia da Libertação. Perspectivas, de Gustavo Gutiérrez, que inaugura a rica trajetória da teologia em nosso continente. Para conferir mais informações sobre o evento, acesse o sítio.
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Por Luana Taís Nyland