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Constantemente relacionando ciência e religião, o renomado cientista Prof. Dr. Marcelo Gleiser aborda questões como a origem do Universo implicando os dois pontos. “Tanto a ciência como a religião expressam nossa reverência e fascínio pela Natureza. Sua complementaridade se manifesta na motivação essencialmente religiosa dos maiores cientistas de todos os tempos”, afirma.

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Além de professor e pesquisador, Gleiser também é escritor e roteirista, divulgando a ciência para o público em geral. Entre alguns trabalhos nessa área, destacam-se as colunas no jornal Folha de S. Paulo e a participação em documentários de televisão, como Poeira das Estrelas, Mundos Invisíveis e Como Funciona o Universo, assim como os livros A Dança do Universo e O fim da Terra e do Céu, recebendo por estes dois prêmios Jabuti.

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Brasileiro radicado nos Estados Unidos, é formado em física, possui mestrado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e doutorado no King’s College London, instituição ligada à Universidade de Londres. Desde 1991, atua como pesquisador e professor de Física e Astronomia no Dartmouth College, em Hanover (EUA).

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Gleiser estará presente no XIII Simpósio Internacional IHU Igreja, Cultura e Sociedade: a semântica do Mistério da Igreja no contexto das novas gramáticas da civilização tecnocientífica. Sua palestra ocorrerá no primeiro dia (02-10-2012), às 17h30, com a temática “novas gramáticas que emergem hoje das ciências”.
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Outra presença confirmada no evento é do jesuíta e cientista norte-americano Prof. Dr. George Coyne, da Universidade do Arizona (EUA), apresentando “Implicações da evolução científica para as semânticas da fé cristã”, no segundo dia (03-10-2012) às 9h.
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Defensor do diálogo entre religião e ciência, Coyne é formado em filosofia, teologia e matemática, com doutorado em astronomia pela Universidade de Georgetown. Além disso, é um estudioso da teoria de Darwin. Uma de suas teses de maior destaque é a intitulada de “universo fértil”, em que defende que o universo, embora criado por Deus, já continha todos os componentes necessários para que pudesse crescer por conta própria, sem a necessidade de intervenções divinas diretas.
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Neste mesmo dia, às 19h30, ainda será possível acompanhar um interessante debate entre Marcelo Gleiser e George Coyne intitulado “Fé e ciência: um diálogo possível?”.
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Confira a programação completa do XII Simpósio Internacional IHU. As inscrições para o Simpósio estão disponíveis aqui.
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Por Mariana Staudt
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Para ler mais:

“O filme O Sacrifício (Offret, Suécia, 1986) foi a última realização que o cineasta russo Andrei Arsensevich Tarkovski (1932-1986) ofereceu ao público antes de falecer aos 54 anos de idade, em dezembro de 1986. O filme conta a história de um eventual encontro em família para comemorar o aniversário de Alexander (Erland Josephson), professor universitário e ex-ator de teatro que vive sob a angústia que o afastou dos palcos. No encontro, todos são surpreendidos pelo anúncio na televisão acerca do lançamento de um míssil nuclear e a instrução de que todos se mantenham em suas casas até uma possível segunda ordem. A angústia de Alexander, que reúne filho, filha, esposa e amigos em sua casa, o oprime a ponto de dispor-se a um sacrifício a fim de salvar sua família e seus amigos”, escreve Joe Marçal Gonçalves dos Santos na 26ª edição do caderno Teologia Pública.

O comentário, disponível em pdf, analisa diversos pontos da obra de Tarkovski, como a maneira que a câmera se movimenta em cena e as funções dos personagens na narrativa.

Marçal Gonçalves continua: “Na opinião do diretor, ‘o filme é uma parábola’, passível a muitas interpretações, e que se propõe a discutir a humanidade e a cultura moderna em meio à década de 1980. Especulando sobre o tema da catástrofe nuclear, reúne suas críticas à civilização tecnológica, ao estilo de vida de sua cultura sob o real potencial de autodestruição do planeta pelo ser humano. O filme lança seu olhar, contudo, na direção não exatamente de uma resposta moral ou de uma ética geral; ao contrário, encarna-se no dilema pessoal do protagonista e sua atitude de auto-sacrifício cuja motivação essencial é o amor e mesmo a sua carência.”

O longa será exibido no primeiro dia (02-10-2012) do XIII Simpósio Internacional IHU, juntamente com o filme “Árvore da Vida”, de Terrence Mallick. As inscrições para o Simpósio estão disponíveis aqui.

Confira, também, a programação completa do evento.

A árvore da vida” aproxima o foco na relação entre pai e filho de uma família comum, e expande a ótica desta rica relação, ao longo dos séculos, desde o Big Bang até o fim dos tempos. A obra conta uma fabulosa viagem pela história da vida e seus mistérios, que culmina na busca pelo amor altruísta e o perdão. “Há quem diga que Malick é superestimado, quem considere A Árvore da Vida uma obra-prima e quem pensa que o diretor transcende o cinema, tornando-se um filósofo“, escreve Flavia Guerra.
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Para Carlos Helí de Almeida, Malick parece não ter feito grandes alterações no seu sistema de trabalho. Houve muita improvisação no set de “A Árvore da Vida”, espécie de ensaio poético e filosófico sobre as forças que regem a vida a partir do impacto da morte de um dos três filhos de um casal, nos anos 50.
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Considerado um dos melhores filmes de 2011, A árvore da vida causa impactos e opiniões divergentes nos espectadores mais críticos. James Martin, editor de cultura da revista dos jesuítas dos EUA, afirma que, essencialmente, o filme trabalha em (pelo menos) dois níveis: como uma história e como uma meditação. A história, contada elipticamente, é bastante simples. Como meditação, Malick se atreve a fazer grandes perguntas e a perguntá-las diretamente, sem rodeios, em narrações que tomam a forma de monólogos interiores. Ou, mais precisamente, tomam a forma de uma oração: muitas vezes vemos pessoas ajoelhadas.
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O filme será exibido durante o XIII Simpósio Internacional IHUIgreja, Cultura e Sociedade, no primeiro dia (02/10), às 09h30min, no Auditório Central da Unisinos, juntamente com o filme “O Sacrifício“, de Andrei Tarkovski. Confira a programação completa e mais informações sobre o evento no sítio.
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Confira o trailer do filme.
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Por Luana Taís Nyland
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Para ler mais:

“Pronuncio perante vós, por certo tremendo um pouco de emoção, mas ao mesmo tempo com humilde resolução de propósito, o nome e a proposta de duas celebrações: um Sínodo diocesano para a Urbe e um Concílio geral para a Igreja universal”. Com estas palavras, João XXIII faz o anúncio do Concílio Ecumênico Vaticano II.

A reação dos poucos cardeais presentes ao ato? Um “sonoro” silêncio de estupefação. Ninguém podia crer que o Papa Roncalli, eleito já em idade avançada, fosse capaz de um gesto desta magnitude. Mas foi. E o resultado é o que estamos vendo.

Aos poucos, a cúria foi se mexendo e tratando de organizar comissões e consultas, “acreditando até o início ter em mãos o Concílio e que por isso mesmo seria breve e nada de extraordinário”, segundo a análise do Pe. Antonio José de Almeida, feita no escopo do ciclo de debates Concílio Vaticano II: Intenção, espírito e atualidade, realizado pelo Cepat/CJ-Cias.

A iniciativa é uma parceria com o Instituto Humanitas Unisinos – IHU, as CEBs e as Pastorais Sociais da Arquidiocese de Curitiba e conta com o apoio do Colégio SESC-São José.

O Pe. Antonio José de Almeida mora em Marialva – PR, leciona na Pontifícia Universidade Católica do Paraná – Pucpr e é grande incentivador dos ministérios não-ordenados na Igreja, além de autor de vários livros.

Entretanto, os acontecimentos da primeira sessão plenária dão um rumo inesperado ao Concílio, quando “efetivamente os bispos se apropriam do Concílio”, disse Almeida.

A seguir, Antonio de Almeida se deteve a analisar o discurso inaugural do Concílio (Gaudet Mater Ecclesia), escrito pessoalmente por João XXIII e por ele longamente meditado. Para o Papa, o Concílio deveria ter/ser:

  • Uma atitude confiante e positiva;
  • Nada de anátemas e condenações;
  • Busca ecumênica pela unidade dos católicos, dos cristãos, dos fiéis de religiões não cristãs e de todos os gêneros humanos;
  • Remédio da misericórdia (mostrar a solidez da doutrina);
  • Magistério de caráter eminentemente pastoral. A suprema lei da Igreja é a salvação das almas.

No coração de João XXIII estava a convicção de que o Concílio deveria corresponder às necessidades e esperanças dos diversos povos; a Igreja teria que estar atenta aos sinais dos tempos.

Por André Langer

Foto: Luana Taís Nyland

O XIII Simpósio Internacional IHU “Igreja, Cultura e Sociedade” propiciará o diálogo com a modernidade e o desafio de analisar criticamente a semântica que ajudaria hoje a instituição eclesial a dialogar com as mulheres e os homens da sociedade contemporânea, no ambiente cultural por ela formado, de forma a possibilitar que a fé cristã possa tornar–se experiência viva em meio às condições e possibilidades do existir humano hodierno e, assim, se constituir como referência de sentido para a vida em sociedade.
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Esse foi o tema principal abordado na tarde de quinta-feira (31/05) num Café Teológico realizado pelo Instituto Humanitas Unisinos – IHU para apresentar as propostas do evento que ocorrerá entre os dias 02 a 05 de outubro para debater a Semântica do Mistério da Igreja no contexto das novas gramáticas da civilização tecnocientífica. Uma das questões fundamentais será: Como propor uma nova visão com a tecnologia, unindo Igreja, cristianismo e midiatização, assim colocando a teologia pública em debate?
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Foto: Luana Taís Nyland

Também foi abordado, nessa tarde, alguns temas do Congresso Continental de Teologia que ocorrerá nos dias 07, 08, 09, 10 e 11 de outubro. Esse evento propõe dialogar sobre os 50 anos da inauguração do Concílio Vaticano II e os 40 anos da publicação do livro Teologia da Libertação. Perspectivas, de Gustavo Gutiérrez, que inaugura a rica trajetória da teologia em nosso continente.
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Para fazer a inscrição para o XIII Simpósio Internacional IHU, clique aqui.
Para fazer a inscrição para o Congresso Continental de Teologia, clique aqui.
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Confira mais fotos do Café Teológico.