Desde que a internet foi inserida na sociedade e vista como o local onde melhor pode-se utilizar da liberdade de expressão e também encontrar auxílio para o trabalho, é muito difícil ficar sem ela. Apesar disso, os últimos fatos ocorridos tentam nos afastar de tantas coisas que eram práticas e que, agora, não são mais possíveis, como baixar músicas, procurar por filmes ou pesquisar sobre assuntos extremamente interessantes. O motivo disso tudo é que os Estados Unidos exige o direito autoral para qualquer armazenamento de conteúdo na internet. O projeto da SOPA – Stop Online Piracy Act (em tradução livre, Lei de Combate à Pirataria Online) – que já foi citado aqui no blog surgiu como um projeto de lei da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos com o intuito de ampliar os meios legais para que detentores de direitos do autor possam combater o tráfico online de propriedade protegida e de artigos falsificados.
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O projeto tem sido objeto de discussão entre seus defensores e opositores, principalmente após o encerramento do site Megaupload e a prisão decretada de seu dono pelo FBI. Seus proponentes afirmam que proteger o mercado de propriedade intelectual e sua indústria leva a geração de receita e empregos, além de ser um apoio necessário nos casos de sites estrangeiros, mas há uma grande polêmica quanto ao assunto no mundo inteiro. Aqui, no Brasil, a população não consegue acessar alguns sítios devido ao acontecimento, assim como outros países também foram atingidos, pois há muitas pessoas que necessitam dos serviços dos sítios. O tema é muito debatido, mas nenhum dos sítios voltou a funcionar normalmente. Enquanto aguardamos alguma resposta, podemos conferir a opinião de pessoas que melhor entendem dessa lei.
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É o caso do mestre em Administração, Vicente Aguiar, que mostra o quanto somos dependentes tecnologicamente das soluções que são oferecidas nos Estados Unidos. Para ele, hoje, tudo o que impacta nos Estados Unidos em termos de internet, acaba também impactando para o mundo de uma forma muito intensa. “Precisamos usar os princípios de liberdade de expressão e de colaboração que a internet permite, potencializar esse processo democrático, e não o contrário, proibindo e impedindo como, às vezes, está acontecendo em nome da preservação de um direito autoral, que muito mais castra o poder criativo da sociedade do que o potencializa”, defende.
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Confira a entrevista na íntegra.
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Por Luana Taís Nyland
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