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Aconteceu nesta terça-feira, dia 25 de agosto, a Oficina “Realidades e Sistema de Informações Geográficas (Quantum GIS)”, ministrada por Roberto Pereira do Nascimento Junior, que atua na equipe de Vigilância Socioassistencial do município de Canoas.

A oficina foi uma atividade promovida pelo Observatório da Realidade e das Políticas Públicas do Vale do Rio dos Sinos – ObservaSinos, programa do Instituto Humanitas Unisinos – IHU, com o objetivo de apresentar a ferramenta Quantum GIS, que é um software livre de Sistema de Informações Geográficas utilizado para criar, visualizar, editar e compor mapas com dados georreferenciados. A ferramenta é de acesso gratuito e está disponível para download no sítio: http://qgisbrasil.org/.

Foto: Carolina Lima

Foram apresentados, inicialmente, os conceitos básicos, seguido das orientações sobre a sua aplicação no georreferenciamento e, finalmente, realizado o exercício da construção de mapas. Foi destacada a importância do programa, da mesma forma que incentivada sua utilização na construção de mapas a partir das demandas e interesses conforme as especificidades de cada participante.

Estiveram presentes acadêmicos da Unisinos, assim como professores da rede pública de ensino municipal do município de São Leopoldo. Na avaliação, se falou da importância do conhecimento da ferramenta para auxiliar as atividades de construção dos mapas falados. Este é mais um evento gratuito que se propõe a contribuir com os processos de informação, análise e intervenção nas realidades e políticas públicas.

A próxima Oficina promovida pelo ObservaSinos – IHU acontece no dia 9 de setembro e tem como tema “Indicadores da Realidade e Infográficos”. Essa atividade será ministrada pela Profa. Dra. Juliana Alles de Camargo de Souza. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas pelo sítio.

Para acompanhar estas e outras atividades, acesse o sítio do IHU.

Nota elaborada por:  Carolina Lima, Marilene Maia e Matheus Nienow

Para ler mais:

O Observatório da Realidade e das Políticas Públicas do Vale do Rio dos Sinos – ObservaSinos, programa do Instituto Humanitas Unisinos – IHU, tem como um dos seus propósitos o fortalecimento da cidadania pela população nos diferentes territórios, municípios e região. Para tanto, o ObservaSinos utiliza-se das estratégias de informação das realidades, a partir de dados e indicadores apresentados em bases públicas. Realiza também atividades de formação dirigidas à população, a pesquisadores, gestores, conselheiros, lideranças, em vista de contribuir com a análise crítica e propositiva das realidades e das políticas públicas, que se constituem em mediações para a cidadania.

Este campo de atuação exige competências teórico-metodológicas para que os processos participativos possam ser geradores da in-formação para a cidadania, e a partir disso, serem replicados.

Foto: Átila Alexius

Esta não é tarefa fácil e exige aprofundamentos. Uma das referências importantes para este trabalho está nas METODOLOGIAS PARTICIPATIVAS, que se transformou em objeto de estudos pela equipe do Observa, juntamente com a equipe da Vigilância socioassistencial de Canoas e um grupo de professores e alunos pesquisadores com atuação naquele município. Até o momento foram realizados dois Seminários de estudos, que ocorreram nos dias 16 e 30 de junho na Unisinos.

Inspiração que vem da prática

Uma das práticas que justificou ainda mais significativamente a viabilização destes seminários vem do trabalho de sistematização do Diagnóstico Socioterritorial e do Mapa Falado em implementação desde o ano de 2014 no município de Canoas, realizado em parceria pela Diretoria da Vigilância Socioassistencial da Secretaria do Desenvolvimento Social do município e pelo ObservaSinos, juntamente com outros apoiadores. A sistematização do diagnóstico dos territórios e quadrantes poderia se encerrar com a exposição dos dados e das respectivas inferências sobre as realidades. Contudo, vislumbrou-se como fundamental apresentar, debater e apontar perspectivas com a população que vive estas realidades. Para tanto, está em realização o Mapa Falado, que é um instrumento promotor desta participação. Analisar os processos e resultados deste trabalho se constituiu em objetivo do Seminário de Estudos.

Referências e autores

As metodologias participativas têm sido tema de estudos e pesquisas de diferentes áreas de conhecimento. Importante destacar que na Unisinos o Grupo de pesquisa “Mediações Pedagógicas e Cidadania”, liderado pelo Prof. Danilo Streck, tem referenciado e apoiado o trabalho do ObservaSinos. A partir dele o Diagnóstico e o Mapa Falado se constituíram em comunicação no III Seminário Internacional de Investigação-ação participativa, que aconteceu em junho de 2015 em Bogotá, na Colômbia. Sua contribuição também se deu na indicação de um dos textos de estudo dos seminários: “Reconstruindo um processo participativo na produção do conhecimento: Uma concepção e uma prática”, da pesquisadora e assistente social Maria Ozanira da Silva e Silva. O outro texto tem como referência os estudos realizados pelos Observatórios sobre participação, que é tema do V Seminário, a ser realizado em setembro próximo: “Renovar a Teoria Crítica e Reinventar a Emancipação Social”, do sociólogo Boaventura de Sousa Santos.

Os seminários de estudos

Os Seminários tiveram a participação de 15 pessoas, sendo acadêmicos do curso de Serviço Social da Unisinos, membros da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social de Canoas e da equipe do ObservaSinos/IHU. Os debates foram realizados a partir dos dois textos de referências, cujos destaques foram:
No texto de Maria Ozanira da Silva e Silva, foram abordadas a efetividade das políticas públicas e a comprovação dos benefícios que estas políticas geram com recursos públicos. A partir disso, questionou-se a diminuição do escopo estatal e como a diminuição de recursos públicos afeta essas políticas. Outro ponto questionado foi a estrutura burocrática imposta aos gestores públicos e os impactos causados pelas políticas não só à população-foco, mas também aos próprios gestores.

Maria Ozanira também aborda o conceito do ‘saber é poder’ para afirmar que a informação é um instrumento de poder político à população. Além disso, ela pontua que a pesquisa é um processo contínuo, constituído por etapas e que nestas há uma construção coletiva do saber. Destaca-se também a necessidade da inserção e o comprometimento ético do pesquisador com os problemas sociais e a articulação e superação da dicotomia sujeito-objeto e teoria-prática.

Por fim, os últimos apontamentos neste texto se dão quanto ao critério do mérito, que é visto, em muitos casos, como aspecto exclusivo da participação popular. É destacada também a relação dos profissionais da academia com o ambiente em que atuam.

O texto de Boaventura de Sousa Santos contribuiu com um olhar sociológico para o debate das metodologias participativas. No início, discutem-se as diferenças entre monoculturas e ecologias e entre fronteiras e limites. Questiona-se o enfrentamento entre movimentos sociais e partidos políticos, que costumam não dialogar.

A sociologia da emergência também é discutida, visando o que emerge dos processos sociológicos. O texto afirma que é importante reconhecer a visão da comunidade e dialogar com esta a fim de promover um melhor ambiente de estudo. Outro aspecto estudado é a sociologia das ausências, em que se destaca o que está presente no ambiente, mas que não é reconhecido pela população.

A diferença entre a análise micro e a macro também foi tema do texto, que abordou a análise de um mesmo objeto em dois momentos. Discutiram-se os saberes do local, que foram relacionados ao Mapa falado, e a importância do reconhecimento da cultura de cada localidade.

O III Seminário de Estudos está previsto para ocorrer no dia 14 de agosto, onde serão aprofundadas as metodologias sobre PESQUISA-AÇÃO, levando-se em conta as referências debatidas no III Seminário do IAP.

Neste dia, estará presente o Prof. Danilo para que indique referências para este estudo, assim como para participar do seminário para contribuir na exposição destas referencialidades. Além disso, será feita uma síntese dos conteúdos vistos e debatidos nos dois textos estudados para que sirva de referência aos próximos encaminhamentos dos Seminários.

Relato sistematizado por: Átila Alexius, Marilene Maia e Matheus Nienow

Para ler mais:

Com o tema plataformas digitais, informação e produção colaborativa foi promovido o II Seminário da Rede para a Rede. O evento, promovido pela Rede de Observatórios Sociais, que conta com a presença do Observatório da Realidade e das Políticas Públicas do Vale do Rio dos Sinos – ObservaSinos, programa do Instituto Humanitas Unisinos – IHU, ocorreu na sede do Observatório da Cidade de Porto Alegre – ObservaPoa no dia 18 de maio de 2015.

Além das presenças das equipes dos Observatórios que compõem a rede, o seminário contou com a presença do professor do curso de Comunicação Digital da Unisinos, Daniel Bittencourt.Primeiramente houve a apresentação dos Observatórios, seus objetivos e organização, com o foco na utilização das ferramentas de tecnologia da informação e comunicação em suas metodologias.

A segunda parte do seminário ocorreu no Centro Administrativo Municipal de Porto Alegre. Nessa etapa foi realizada uma roda de conversas entre os Observatórios para a reflexão de alguns temas envolvendo a temática de plataformas digitais, comunicação e produção colaborativa, assessorados pelo Professor Daniel Bittencourt.

Na ocasião foi proposto um mapeamento do perfil dos Observatórios para delimitar o trabalho dentro da rede. A partir de uma reflexão sobre alguns pontos pertinentes, como a identidade, temas e público-alvo de cada Observatório e suas diferenças, pudemos apontar caminhos de enfrentamento aos desafios postos no cotidiano do trabalho dos Observatórios. Para tanto, foram indicados os seguintes compromissos conjuntos pelos Observatórios: potencializar a publicização da informação, o aproveitamento e qualificação de plataformas públicas, o acesso e sistematização de dados públicos.

 O professor Daniel Bittencourt contribuiu para o debate pontualizando alguns elementos e condições para a inserção efetiva da Rede de Observatórios nos canais de comunicação como via de democratizar a informação. Destacou aspectos que envolvem a produção, a história, a ontologia e a construção de contextos dos indicadores e como esses estão sendo utilizados a favor da sociedade e da mudança das realidades.

Finalizando o encontro, foi realizado um exercício de utilização da plataforma colaborativa Corais, que será testada em um primeiro momento pela Rede para a viabilização das ações assumidas conjuntamente: História e identidade dos Observatórios, disponibilização de bases de dados utilizadas, assim como para a organização do V Seminário Observatórios, Metodologias e Impactos: Dados e Participação, que ocorrerá nos dias 28 e 29 de setembro de 2015 na Unisinos.

Por Daiani Michaelsen, Liz Carniel da Silva,
Marilene Maia, Thaís da Rosa Alves e Vanessa Jackisch

O Instituto Humanitas Unisinos – IHU promove entre os dias 21 e 23 de outubro o XIV Simpósio Internacional IHU: Revoluções tecnocientíficas, culturas, indivíduos e sociedades. A modelagem da vida, do conhecimento e dos processos produtivos na tecnociência contemporânea.

No dia 22 de outubro, serão apresentadas as conferências simultâneas que vão contar com a participação de pesquisadores da área da ciência e da tecnologia de diversos países.

Sobre os conferencistas

Entre as conferências está  “Democratizar a tecnociência: engajamento público em nanotecnologia”, ministrada pelo Prof. Dr. Paulo Roberto Martins (à direita), sociólogo e integrante da Rede de Pesquisa em Nanotecnologia, Sociedade e Meio Ambiente (RENANOSOMA) e pelo Dr. Franz Seifert, da Áustria, pesquisador independente em biotecnologia.

O pesquisador Paulo Roberto Martins já colaborou em outras atividades do IHU. Uma de suas entrevistas, “O debate da nanociência exige a definição de um projeto estratégico para o País”,  foi publicada nos Cadernos IHU em formação nº 26 sobre “Nanotecnologias. Possibilidades e limites” e para a  IHU On-line nº 120, que tinha como tema “O mundo desconhecido das nanotecnologias“. 

Além disso, falou sobre “A nanotecnologia e o impacto na sociedade para edição 205 da IHU On-Line. O mesmo tema foi abordado durante o II Ciclo de Estudos Desafios da Física para o Século XXI: um diálogo desde a Filosofia.

Já o Dr. Luis David Castiel,  pesquisador do Departamento de Epidemiologia e Métodos Quantitativos em Saúde, da Escola Nacional de Saúde Pública, Fundação Oswaldo Cruz, irá abordar o tema “Com a cabeça nas nuvens? Medicina, técnica, ética e os dilemas preemptivistas na saúde”.

Castiel também colaborou anteriormente com o Instituto Humanitas Unisinos – IHU. Concedeu uma entrevista sobre “A dominância das dimensões médicas na sociedade”, publicada na revista IHU On-Line nº 420, “A medicalização da vida. A autonomia em risco, e para os Cadernos IHU em formação nº 44, Tecnociência e saúde, além de conceder uma entrevista ao sítio do IHU com o tema “Saúde e tecnologia. A busca da imortalidade”. O médico esteve presente também no I Seminário, ministrando a palestra “Como restringir seu apetite naturalmente – Os riscos e a promoção do autocontrole na saúde alimentar”, que antecede o XIV Simpósio Internacional IHU.

As conferências terão ainda a presença do Prof. Dr. Hans-Georg Flickinger, da Universidade de Kassel (Alemanha) e da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul – PUCRS, que  ministrará a conferência intitulada “A arte da ciência na ciência da arte“, e do Prof. Dr. Alberto Cupani, da Universidade Federal de Santa Catarina, que vai tratar do tema “A realidade complexa da tecnologia“. Flickinger já concedeu uma entrevista ao Instituto Humanitas Unisinos – IHU, publicada na revista IHU On-Line nº 426, O Estado Secular e sua base autolegitimadora.

Sobre o XIV Simpósio

O XIV Simpósio Internacional IHU. Revoluções Tecnocientíficas, Culturas, Indivíduos e Sociedades busca analisar o sentido, as implicações e os desafios teóricos e práticos da contemporaneidade tecnocientífica para a vida, como os impactos da tecnociência no conceito de natureza humana e os novos modos de produção sobre a vida humana e o planeta.

Além das conferências, minicursos e exibições de filmes, o XIV Simpósio proporcionará a apresentação de trabalhos, prestigiando todos(as) aqueles(as) que quiserem contribuir com a discussão. As inscrições podem ser feitas na página do evento até o dia 15 de setembro.

Mais informações e a programação completa do evento podem ser encontradas neste link.

Interessados em participar escrevam seus trabalhos aqui.

“Os semicondutores provocaram a grande revolução das últimas décadas. São os responsáveis diretos por estarmos na era da informação. Sem os semicondutores não haveria satélites, computadores e internet. Eles estão em toda a parte. Nem percebemos, mas utilizamos, em média, 50 microprocessadores diferentes por dia” diz o Prof. MS Celso Peter, engenheiro elétrico graduado pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul – PUCRS e uma das poucas pessoas que fabricaram chips no Brasil vendidos em volume para o mercado. Na Unisinos, é o responsável pela construção do ITT CHIP – Instituto Tecnológico de Semicondutores Unisinos.

Celso Peter integra a programação do “XIV Simpósio Internacional IHU: Revoluções tecnocientíficas, culturas, indivíduos e sociedades. A modelagem da vida, do conhecimento e dos processos produtivos na tecnociência contemporânea”, que acontece entre os dias 21 e 23 de outubro.

Prof. Dr. Ernesto Lavina e Prof. Dr. Gustavo Borges são outros dois professores da Universidade do Vale do Rio dos Sinos – UNISINOS que participam do evento.

Eles abordarão, respectivamente, os temas “Aquecimento global e o futuro da humanidade” e “Nanotecnologia, saúde e segurança do trabalho”.

A programação completa do “XIV Simpósio Internacional IHU: Revoluções tecnocientíficas, culturas, indivíduos e sociedades. A modelagem da vida, do conhecimento e dos processos produtivos na tecnociência contemporânea” pode ser conferida aqui.

Para mais informações acesse: