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Entre os dias 21 de março e 11 de junho ocorrerá o Ciclo de Palestras Rio + 20 com o objetivo de Debater e refletir sobre os desafios e as perspectivas que a Rio+20: Conferência Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável traz de avanços para o Planeta rumo a uma economia verde e de baixo carbono. O ciclo também visa historiar os acordos internacionais que têm marcado o debate rumo a uma economia verde, identificar as dificuldades encontradas para a transição para uma economia verde e compreender suas causas.

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O público-alvo prioritário do presente projeto constitui-se de sujeitos envolvidos diretamente no enfrentamento da pobreza e na emancipação das pessoas, tais como, líderes comunitários, conselheiros municipais, agentes públicos das diferentes secretarias e participantes de grupos de geração de trabalho e renda. Além disso, também tem como público-alvo e parceiro integrantes de movimentos sociais, pesquisadores e ativistas da academia e de diferentes movimentos ambientais e sociais, lideranças e gestores governamentais e da sociedade civil, estudantes e professores, e a comunidade em geral, uma vez que o tema influencia a realidade do Planeta como um todo.
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Assim, o Instituto Humanitas Unisinos – IHU propõe-se a debater a questão, através de um ciclo de palestras que possibilite compreender o que está envolvido na Conferência, desde sua formação histórica até os seus possíveis impactos no futuro do Planeta.
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A programação inicia no dia 21 de março com a palestra “Rio + 20 e a questão da matriz energética brasileira”. Encontre a programação completa no sítio do IHU.
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Evite as sacolas plásticas!

Em 11 fevereiro, 2012 Comentar

Em São Paulo foi criada uma lei que proíbe a utilização de sacolinhas plásticas nos supermercados e isso causou diferentes opiniões. Há quem fique indignado, há quem concorde e há também quem não entende nada sobre o assunto. As sacolas plásticas vinham sendo utilizadas em larguíssima escala e, na maioria das vezes sem a menor necessidade (para carregar um litro de leite apenas, por exemplo, muita gente chegava a usar até duas sacolas). Dessa maneira, criou-se a lei de proibição das sacolas plásticas nos supermercados, com intuito de fazer o bem ao meio ambiente. Cada um deve fazer a sua parte e colaborar com a natureza, mas algumas pessoas ainda têm dúvidas sobre a verdadeira importância dessa lei para a natureza.

Com isso, a coordenadora do programa Tecnosociais do Instituto Humanitas Unisinos, Célia Maria Teixeira Severo, explicou e opinou sobre o assunto.

“Infelizmente, a utilização de sacolas plásticas já está incorporada na nossa rotina como algo normal, corriqueiro. Produzidas a partir de plástico filme (PEBD), elas não são biodegradáveis e levam séculos para se decompor na natureza, tornando cada um de nós, consumidores(as), um(a) colaborador(a) passivo(a) de um dos vários processos de degradação ambiental. Grande parte do lixo descartado inadequadamente contribui para os alagamentos urbanos, entupindo bueiros e impedindo a passagem da água ou indo parar nos rios, que desaguam no mar, sendo que, muitas vezes, as sacolinhas são confundidas, por animais marinhos, com alimento, que as ingerem e morrem engasgados ou asfixiados. Outra perspectiva a ser considerada é a de que a produção de sacolas plásticas contribui para o aquecimento global, pois os processos de refino do petróleo e da sua fabricação consomem água, energia, liberam efluentes e emitem gases poluentes. Essas e outras tantas possibilidades poluentes desencadeadas ao despejarmos bilhões de sacolas plásticas no mundo todos os anos, transformam o plástico em um grande vilão a ser combatido. Neste contexto, como sujeitos sensibilizados para estas questões, não basta que nos preocupemos apenas com as sacolinhas de supermercado. É só observarmos nosso consumo diário para constatarmos quanto plástico é utilizado para embalar roupas, eletrodomésticos, alimentos e outros tantos produtos de uso cotidiano. Torna-se fundamental que possamos desenvolver ações de educação sobre consumo responsável, coleta seletiva, reciclagem, geração de energia e readequação da utilização dos plásticos, além de buscar alternativas que propiciem a troca por embalagens ecológicas e sustentáveis. Certamente não será uma tarefa fácil, mas é urgente e extremamente necessária. Nosso planeta agradece.”
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É importante citar que foi realizada uma entrevista especial com Luiz Jacques Saldanha, ambientalista, para a IHU On-line e será publicada no sítio do IHU dentro dos próximos dias. Confira um trecho da entrevista sobre o novo paradigma ecológico do Brasil.
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“São aqueles que vivem da compra e venda e da oferta e procura que se mobilizaram para cumprir uma decisão local. Onde está o governo federal que deveria ser o primeiro, juntamente com os governos estaduais, principalmente os que se apresentam como vanguardas políticas e sociais, buscando um novo patamar para se apresentar na tal Rio+20? Parece que o “papel” de ecologistas e progressistas ficou mesmo para o setor que simplesmente não teria este compromisso de agente de transformação social. Enfim, este é o novo paradigma ecológico que vivemos no Brasil: são as raposas que estão cuidando do galinheiro.”
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Por Luana Taís Nyland
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Para ler mais:

O aquecimento global está deslocando a preocupação com o futuro da vida na Terra para o centro das atenções, a ponto de se tornar um novo eixo axial. E com ele, nos descobrimos umbilicalmente ligados ao Planeta Terra a tal ponto que é a nossa casa. O Planeta não é um barco que podemos abandonar quando começar a afundar. Mais do que nunca, torna-se válida a divisa de que somos terráqueos e, portanto, cidadãos do mundo.
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A crise ecológica significa o fracasso da nossa civilização assentada sobre a ideia do progresso infinito e linear, na concepção dominadora de poder e sobre a crença do não esgotamento dos recursos naturais limitados e não renováveis. Uma sociedade sustentável exige mudanças drásticas e urgentes no nosso modo de produzir e consumir que questionem a lógica imposta pela sociedade industrial e que nasçam de uma visão holística da vida e do nosso lugar no Planeta. Assim, espera-se que, no mínimo, possa-se alertar para as evidências de que algo não está de acordo na Terra e que as atividades precisam ser pensadas sob uma ótica de sustentabilidade.
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Por isso, o Instituto Humanitas Unisinos – IHU apresentará o Ciclo de Filmes e Debates: Sociedade Sustentável no Cinema com o objetivo de compreender o caráter e o significado da crise ecológica a partir de obras cinematográficas, filmes e documentários, que abordam o tema na perspectiva de contribuir com a adoção do princípio da “ecologia da ação”. O público-alvo prioritário do presente projeto constitui-se de sujeitos envolvidos diretamente no enfrentamento da pobreza e na emancipação das pessoas, tais como, líderes comunitários, conselheiros municipais, agentes públicos das diferentes secretarias e participantes de grupos de geração de trabalho e renda. O ciclo iniciará em 13 de março de 2012, às 19h 30min com o filme A era da estupidez (The age of stupid) na direção de Franny Armstrong.
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Confira toda a programação do evento no sítio do IHU.
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A expectativa para a Rio+20 é de que não seja vista só como uma conferência, mas com um significado maior. “Temos que fazer da Rio+20 um momento para demonstrar a insatisfação da sociedade civil e dizer que temos de ir além.”, diz Rubens Born.

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A cidade do Rio de Janeiro será a sede da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a qual ocorrerá de 20 a 22 de junho de 2012. O encontro recebeu o nome de Rio+20 e visa renovar o engajamento dos líderes mundiais com o desenvolvimento sustentável do planeta, vinte anos após a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (Rio-92). Na Eco 92 vieram ao Rio 109 líderes e mais de 30 mil pessoas circularam no evento oficial, que também foi no Riocentro. O conteúdo da Rio+20, bem mais modesto, começa a ser discutido este mês, em Nova York. O nível de ambição do que será obtido em junho, no Rio, depende das negociações até lá, dos rumos da campanha eleitoral nos EUA e da crise econômica global.

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Uma das grandes diferenças da Rio+20 com a Eco 92 é a prioridade que os chamados “major groups” têm hoje em relação há 20 anos. O conceito, em voga nas Nações Unidas, reúne nove segmentos da sociedade civil – empresas, crianças e jovens, produtores agrícolas, comunidades indígenas, governos locais, ONGs, cientistas, mulheres, trabalhadores e sindicatos – e é intenção do governo aproximá-los o máximo das decisões da conferência. Na edição de 1992, os governos reunidos no Rio Centro, e a sociedade civil, no Aterro. Eram dois mundos separados. A arquitetura proposta agora é diferente.


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Rio+ONU20

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“É preciso que se entenda que durante dez dias o Rio de Janeiro será a ONU”, diz o diplomata Laudemar Aguiar, 50 anos, fluminense de Niterói e responsável por toda a logística do que o governo brasileiro quer que seja “a maior conferência da história das Nações Unidas”.

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Rio+20 faz parte de uma família de conferências da ONU que discute como o planeta quer se desenvolver. Será um debate importante sobre desenvolvimento sustentável com sua vertente econômica, ambiental e social, tendo como pano de fundo a redução da pobreza e a “economia verde“, conceito que pressupõe o uso de tecnologias limpas.

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Rascunho zero: ”documento tem mais chance de frustrar do que de atender as expectativas”.

Confira o trecho da entrevista realizada com o coordenador executivo do Vitae Civilis Instituto para o Desenvolvimento, Meio Ambiente e Paz, Rubens Born para a IHU On-Line.

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“O Brasil está acreditando que o pré-sal será a redenção do país para a superação da pobreza. Só que investir em pré-sal significa consumir mais e mais combustíveis fósseis e comprometer as emissões brasileiras para além do ano 2020. O Brasil tinha que se engajar para uma transição radical dos seus planos energéticos, sobretudo, fomentar a energia eólica, solar etc. Hoje, no Brasil, se desperdiça 18% de energia para aquecer água dos chuveiros elétricos. Se reduzíssemos esse consumo, teríamos evitado a construção das usinas de Santo Antônio e Jirau na Amazônia e poderíamos evitar a construção de outras termoelétricas. A posição brasileira é equivocada, põe o Brasil na contramão da história e mantém a alocação de recursos públicos e privados em investimentos que são insustentáveis.”

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