O Brasil tem estado em uma saia justa quando se trata da questão ambiental. Isso, porque faltam menos de dois meses para a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, e a alteração do Código Florestal – cujo retalhamento foi aprovado pelos ruralistas – está nas mãos da presidente Dilma Rousseff.
Aumentam agora as expectativas de como se comportará o Brasil como anfitrião do evento. Se carregará o fardo de conivente com uma legislação que vai na contramão de tudo o que se defende internacionalmente ou se terá coragem de enfrentar os setores conservadores. As expectativas são a de que o país tenha um papel protagonista e impulsione acordos ousados e não meramente protocolares.
“A presidente Dilma terá que decidir qual modelo de desenvolvimento quer para o país. Não dá para ter na mesma base de apoio o sonido da motosserra e o canto do uirapuru. Agora, resta a ela usar seu poder de veto ou compactuar com o que está posto. Chegou a hora da verdade. Veta, Dilma. Veta tudo, não pela metade”, pede Marina Silva.
O relator do retalhamento do Código, Paulo Piau (PMDB-MG), disse por sua vez que espera “que a presidente não queira dar satisfação para o mundo e para a opinião pública nacional”.
No caso de um eventual veto parcial, o ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, que esteve reunido com a presidente pós-alteração no Código Florestal, não crê em derrubada de veto por parte do Congresso. Para derrubar um possível veto da presidente é preciso maioria absoluta tanto na Câmara dos Deputados quanto no Senado Federal, ou seja, o aval de 257 deputados e 41 senadores.
A conjuntura da semana apresenta uma análise aprofundada sobre o tema. Elaborada pelos colegas do Centro de Pesquisa e Apoio aos Trabalhadores – CEPAT em fina sintonia com o IHU, a conjuntura apresenta uma (re)leitura das Notícias do Dia publicadas diariamente em nosso site. Não deixe de conferir!