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De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a pobreza é a maior causadora de morte no mundo, pois é ela que dissemina sua influência destrutiva desde o início até o fim da vida.

É por isso que, desde a Convenção de Genebra de 1864, as necessidades relacionadas à alimentação e à nutrição passaram a ser definidas como um direito humanitário. Isto se deve ao fato do poder sobre o alimento ser identificado como uma forma de dominação de um ser humano sobre o outro, e pode vir a ser utilizado como uma arma de guerra.

Como a fome, e consequentemente a desnutrição, estão ligadas à miséria, é preciso identificar quais origens e determinar a quantidade de pessoas que estão em situação de fragilidade para lidar com esta situação. E este foi o objetivo das palestras que ocorreram na terça-feira, 06, das Mesas Simultâneas que tinham como tema “Cenários da alimentação e nutrição nas macrorregiões brasileiras com seus biomas – Realidade, desafios e perspectivas” e o painel “Direito Humano ao alimento e à nutrição: fundamento da democracia brasileira”, que fazem parte do XV Simpósio Internacional IHU “Alimento e Nutrição no contexto dos Objetivos do Desenvolvimento do Milênio”.

DSC_0665Inicialmente os professores Hélios Puig Gonzalez e Salvatore Santagada, da Fundação de Economia e Estatística Siegfried Emanuel Heuser, que abordaram não só a situação da Região Sul como também falaram sobre os planos e as definições sobre a pobreza no Brasil.

Enquanto a meta de outros países é diminuir pela metade o número de pessoas que vivem em situação de extrema pobreza, a proposta brasileira, chamada de 1A, deseja reduzir, o número a um quarto. Eles falaram também da meta 1C, que planeja erradicar completamente a fome até 2015.

Vale destacar a definição que o Brasil dá a pobreza em relação ao salário mínimo: as famílias com renda de até 1/4 do salário mínimo per capita são consideradas extremamente pobres ou na linha de indigência e as famílias com renda de até 1/2 salário mínimo per capita são consideradas pobres ou na linha de pobreza. Por isso utiliza-se a faixa de até 1 salário mínimo per capita como referência para definição da proporção de famílias pobres com a presença de crianças de 0 a 14 anos de idade.

Em relação a apuração feita pela Fundação de Economia e Estatística Siegfried Emanuel Heuser, a conclusão a que os professores chegaram é de que tanto a taxa de pobres, extremamente pobres e de pessoas vulneráveis à pobreza diminuiu consideravelmente no Rio Grande do Sul, em relação aos outros estados brasileiros, durante o período de 1991 até 2010.

Terminado esta parte do debate, Ivar Pavan, Secretário de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo, falou um pouco sobre os programas da secretaria e contextualizou a situação da Agricultura Familiar no Rio Grande do Sul. De acordo com Pavan, as cadeias produtivas vinculadas ao campo representam metade do PIB do Estado e as cadeias produtivas vinculadas à Agricultura Familiar representam 27% do PIB gaúcho (MDA, 2005). Ele destacou também que na maioria dos municípios gaúchos, a economia de base familiar é determinante para o desenvolvimento, onde os empreendimentos urbanos encontram-se profundamente vinculados às atividades rurais.

DSC_0678Por fim foi a vez do painel “Direito Humano ao alimento e à nutrição: fundamento da democracia brasileira”, que contou com a participação do Dr. Paulo Leivas, representante do Ministério Público/RS e do Dr. Marcelo de Oliveira Milagres, representante do Ministério Público /MG (MPMG).

Na visão dos palestrantes, a fome é a manifestação mais extrema da pobreza e da privação humana, que viola um direito humano fundamental: o direito a uma alimentação adequada. A desigualdade e demais violações do direito humano à alimentação adequada não existem por falta de leis, já que são garantidos constitucionalmente em dispositivos internacionais.

De acordo com Leivas, no Brasil o Direito Humano à Alimentação Adequada está prevista em diversos instrumentos legais no Estado, tendo sido incorporada em vários dispositivos e princípios presentes na Constituição de 1988. Esta estabelece a realização deste direito como uma obrigação do Estado brasileiro e responsabilidade de todos nós.

Além disso, foi discutido o conceito de segurança alimentar. Relacionado à garantia de acesso físico de todos a quantidades suficientes de alimento, foi incorporado também o fato de que os alimentos devem ser seguros, ou seja, não devem ser contaminados quimicamente ou biologicamente, de qualidade, nutricional e sanitária e produzidas de forma sustentável.

O XV Simpósio Internacional IHU “Alimento e Nutrição no contexto dos Objetivos do Desenvolvimento do Milênio” encerra na manhã desta quinta-feira (8). Mais informações sobre as atividades do evento podem ser encontradas neste link.

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Ontem, 19 de março, no Instituto Humanitas Unisinos – IHU realizou-se uma reunião que prepara a Celebração Inter-religiosa do XV Simpósio Internacional IHU “Alimento e Nutrição no contexto dos Objetivos do Desenvolvimento do Milênio” que ocorrerá no dia 05 de maio às 17h.

Na reunião estavam presentes D. Mauro Morelli, Bispo Emérito da Diocese de Duque de Caxias e São João de Meriti, no Rio de Janeiro, fundador do Instituto Harpia Harpyia e presidente do Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável de Minas Gerais – CONSEA/MG, a Profª. Drª. Marilene Maia, a MSBrizabel Rocha, a Profª. Drª Cleusa Andreatta e o Prof. Dr. Inácio Neutzling, Diretor do Instituto Humanitas Unisinos – IHU.

“Alimento e Nutrição no contexto dos Objetivos do Desenvolvimento do Milênio”

O Instituto Humanitas Unisinos – IHU, juntamente com o Instituto Harpia Harpyia, promove o XV Simpósio, que terá início no dia 05 de maio e se estenderá até o dia 08 do mesmo mês

O evento tem o objetivo de debater e indicar perspectivas para o direito ao alimento e à nutrição nas dimensões sociais, econômicas, ambientais, culturais e políticas no contexto brasileiro.

Conheça a programação completa!

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Tecnologias Sociais na Contemporaneidade é o tema do Seminário que ocorre no dia 30 de outubro.

O seminário se insere na programação do II Seminário que prepara o XIV Simpósio Internacional IHU – revoluções tecnocientíficas, culturas, indivíduos e sociedades, que ocorrerá de 21 a 24 de outubro de 2014.

A partir das 14h às 15h30 será apresentada e debatida a pesquisa “Tecnologia Social na Região Metropolitana de Porto Alegre: as narrativas dos atores sociais”, pela Profa. Dra. Rosa Maria Castilhos Fernandes que é graduada em Serviço Social pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (1987), mestre e doutora em Serviço Social pela mesma.

Das 16h45 às 18h15 haverá uma exposição dialogada sobre “Concepções e práticas de tecnologias sociais – análise e perspectivas”, com o Prof. Dr. Renato Peixoto Dagnino que exerce a profissão de educador nas áreas de Estudos Sociais da Ciência e Tecnologia e de Política Científica e Tecnológica na Universidade Estadual de Campinas. Ele estudou Ciências Humanas e Economia no Chile e no Brasil, onde se doutorou. Também já realizou seu pós-doutorado na Universidade de Sussex, na Inglaterra.

A conferência “Tecnologias Sociais na Contemporaneidade: desafios e possibilidades” a ser proferida pelo Prof. Dr. Renato Peixoto Dagnino e tendo como debatedores Prof. Dr. Telmo Adams (Unisinos) e a Profa. Dra. Ana Lúcia Maciel (PUCRS), às 19h30min, conclui o evento.

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Tecnologias, informação, educação, direitos, saúde e outras temáticas serão discutidas durante 2013. Dentro da Programação de Páscoa para o próximo ano, já estão definidos o IHU Cinema, o curso de Gênesis 1–4 e as audições comentadas de música, que ocorrem desde 2004 com uma diversidade de estudos e debates sobre temas relevantes da atualidade. A Profa. Dra. Yara Caznok – UNESP/SP palestrará novamente sobre “Experiência estética e espiritualidade na música brasileira” no dia 21-03.
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Além disso, também serão abertos três seminários que contemplam o próximo Simpósio Internacional IHU, que ocorrerá em 2014 para debater questões sobre novas tecnologias. No primeiro seminário, estão confirmadas as presenças de dois palestrantes, Prof. Dr. José Palazzo Moreira de Oliveira (UFRGS) que tratará sobre o tema “Tecnologia, Computação e Educação”, no dia 13-03 e Prof. Dr. Gilson Schwartz (USP)  que abordará questões sobre “Cidade do Conhecimento e Games for Change na América Latina”, no dia 03-04.
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A programação do Instituto Humanitas Unisinos – IHU, que iniciará em março, já está parcialmente aberta no sítio. É possível conferir no menu de Eventos.

O XIII Simpósio Internacional IHU já passou, mas seus frutos ainda estão sendo colhidos. Um deles é o livro com os artigos apresentados no evento, que acaba de sair.

O debate fomentado pela publicação acontece em um contexto em que “a sociedade atual, entendida por alguns pensadores como sociedade pós-metafísica, vem transformando profunda e radicalmente não só a ideia de Deus na cultura contemporânea, mas também as condições e possibilidades do discurso e narrativa teológica no contexto hodierno. Essa realidade coloca em questão as possibilidades e também o significado e a relevância do discurso teológico na sociedade em que vivemos na forma como tem se desenvolvido até o presente momento”.

Assim, o objetivo geral é refletir “em perspectiva transdisciplinar a semântica do Mistério na Igreja no contexto das novas gramáticas da tecnociência, desenhando possibilidades e perspectivas de interlocução com a nova cultura”.

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Por Natália Scholz

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