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Com o objetivo de promover um debate sobre possibilidades e impossibilidades do discurso sobre Deus numa sociedade pós-metafísica, ocorre na próxima quinta, 13, uma palestra com o Prof. Dr. Paul Valadier do Centre Sèvres de Paris. O evento acontece das 17h às 19h, na sala 1G119, junto ao Instituto Humanitas Unisinos.

Este encontro é uma prévia do X Simpósio Internacional IHU: Narrar Deus numa sociedade pós-metafísica. Possibilidades e Impossibilidades, que se realizará no período de 14 a 17 de setembro de 2009. Considerando as narrativas de Deus, no horizonte do niilismo, e abrangendo a perspectiva Filosófica, Sociológica e Teológica, abordará a temática do simpósio.

O palestrante, Prof. Dr. Paul Valadier, é um renomado filósofo e jesuíta francês. Doutor em Teologia, Valadier é especialista no pensador alemão Friedrich Nietzsche e já desenvolveu diversos trabalhos acerca da problemática da desconstrução moral e do niilismo. Atualmente ocupa os cargos de professor de Filosofia moral e política nas Faculdades Jesuítas de Paris (Centre Sévres) e de diretor da revista “Arquivos de Filosofia”.

O evento é gratuito e contará com a realização de tradução simultânea de francês para português.

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A Profa. Dra. Mary Hunt, co-fundadora e co-diretora da Women’s Alliance for Theology, Ethics and Ritual (WATER), em Silver Spring, Maryland, um centro de estudos teológicos, éticos e litúrgicos “de mulheres e para mulheres” fundado em 1983, estará participando do Simpósio Internacional Narrar Deus numa sociedade pós-metafisica.

Católica ativa no movimento feminino da Igreja, Mary Hunt irá proferir a conferência “Narrar Deus hoje: uma reflexão a partir da teologia feminista”, no dia 16 de setembro, às 20h.

Graduada em Filosofia pela Universidade de Marquette, Hunt é mestra em teologia pela Jesuit School of Theology, em Berkeley, e em estudos teológicos Teologia na Harvard Divinity School. Recebeu o título de doutora em teologia, pela União Teológica em Berkeley, Califórnia. Ela passou vários anos ensinando e trabalhando com questões de mulheres e direitos humanos na Argentina, como conselheira no Frontier Internship in Mission Program.

Mary Hunt é autora de diversos livros, como “A Guide for Women in Religion: Making Your Way from A to Z” (Palgrave, 2004), e co-editora, com Patricia Beattie Jung e Radhika Balakrishnan, de “Good Sex: Feminist Perspectives from the World’s Religions” (Rutgers University Press, 2001).

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Há exatos 200 anos nascia o naturalista britânico Charles Darwin. E é sem exagero que se pode falar em uma ciência antes e depois dele, tamanha a influência e importância de sua Teoria da Evolução contida na obra A origem das espécies através da seleção natural ou a preservação de raças favorecidas na luta pela vida. E é com essa perspectiva que pelo mundo todo se comemora uma espécie de Annus Mirabilis de Darwin, com vários congressos e simpósios a ele dedicados em função de seu bicentenário de nascimento. É o caso do IX Simpósio Internacional IHU Ecos de Darwin, promovido pelo Instituto Humanitas Unisinos – IHU de 9 a 12 de setembro de 2009. Pesquisadores de diversas partes do mundo acorrerão à Unisinos para analisar o legado darwinista.  Até hoje discute-se A origem das espécies, que fundamenta os pilares da nova ciência. Um dos pontos de maior polêmica que suscita é sua pretensa incompatibilidade com o criacionismo. O historiador da ciência Roberto de Andrade Martins (Unicamp), um dos componentes da mesa técnico-científica do IX Simpósio Internacional IHU Ecos de Darwin, explica que existem diversos tipos de criacionismo, e que “Darwin foi muito cuidadoso ao colocar como uma possibilidade que Deus tivesse criado a vida, os primeiros seres vivos, e depois eles foram evoluindo, se transformando. Então, Darwin não estava querendo introduzir uma teoria materialista, oposta à religião”. De acordo com Roberto, o impacto de A origem das espécies à época de seu lançamento “se deu principalmente pela seriedade e volume de informações coletadas por Darwin para defender suas idéias. Havia ali um conhecimento profundo dos prós e contras de todos os aspectos, bem como a proposta de um mecanismo plausível para a transformação das espécies”. 

É preciso destacar, contudo, que Darwin também chegou aonde chegou porque subiu nos ombros de gigantes. Devotado leitor das obras de Lamarck, ele não se furtou de criticá-lo fortemente, a princípio, para depois admitir o mérito daquele cientista como a primeira tentativa de explicar a evolução. Na opinião da pesquisadora Lilian Al-Chueyr Pereira Martins (Unicamp e PUC-SP), “Darwin seria impensável sem Lamarck”.

Postado por Márcia Junges