Temporalidade capitalista, exploração da vida humana e tempo messiânico. Esse será o tema abordado por José Antonio Zamora durante o “Simpósio Internacional IHU: O (des)governo biopolítico da vida humana”. O professor espanhol falará durante a manhã do dia 14 de setembro.

Docente no Instituto de Filosofia do Conselho Superior de Investigações Científicas (CSIC) de Madrid, Zamora estudou Filosofia, Psicologia e Teologia na Pontifícia Universidade de Comillas, em Madri. Doutorou-se na Universidade de Münster, na Alemanha, com uma tese sobre Theodor Adorno, orientada por Johann Baptitst Metz. Ele é autor de, entre outros, Th. W. Adorno: pensar contra la barbarie (Madrid: Trotta, 2004) e Ciudadania, multiculturalidad e inmigración (Navarra: Verbo Divino, 2003).

Em entrevista concedida à IHU On-Line sobre “o império do instante e a memória”, Zamora explicou que as estruturas temporais da modernidade capitalista estão marcadas pela velocidade, por uma aceleração permanente. Ao mesmo tempo, parece que nada de novo, em seu sentido radical e autêntico, é produzido. “Novidades” proliferam em ritmo frenético, e essa avalanche de bens de consumo nos conduz ao império do instante, do fugaz, do descartável. Ao nos inscrevermos nessa lógica, acontece “uma anulação e uma destruição da experiência, porque a relação que o sujeito estabelece com a realidade por meio do consumo está marcada por essa fugacidade, por essa transitoriedade”.
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Entre os convidados para o “XI Simpósio Internacional IHU: O (des)governo biopolítico da vida humana”, está o francês Frédéric Gros. O tema abordado pelo professor será “O direito dos governados”.

Gros leciona Filosofia da Universidad Paris VII e no Instituto de Estudos Políticos de Paris e é um reconhecido especialista do pensamento de Michael Foucault e da história da psiquiatria. É autor de obras de referência como: “Foucault et la Folie”, “Foucault, Le courage de la vérité” e “Etats de violence”.
Em 2008, Gros concedeu entrevista a uma revista brasileira sobre “novas noções de guerra”, quando salientou que “Os conflitos pós-modernos vão pressupor atores novos: mercenários, organizações não-governamentais, exércitos internacionais, máfias”, declarou. “É uma nova lógica que se forma. Enfim, falo de um princípio de midiatização para referir a importância da imagem nos conflitos contemporâneos: é por ela que se decide o sentido das novas violências. O que chamo de “estados de violência” é, portanto, o que é preciso descrever na atualidade contemporânea”, completa.

A constituição da subjetividade na contemporaneidade. Este será o tema abordado por Peter Pàl Pelbart durante o XI Simpósio Internacional IHU: O (des)governo biopolítico da vida humana, que ocorrerá no mês de setembro. Nascido na Hungria, Pàl Pelbart vive em São Paulo, onde atua como filósofo e ensaísta. Graduado em Filosofia pela Université Paris IV (Sorbonne), é mestre em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e doutor em Filosofia pela Universidade de São Paulo.
Pàl Pelbart é tradutor e estudioso da obra de Gilles Deleuze (traduziu para o português “Conversações”, “Crítica e Clínica” e parte de “Mil Platôs”) e é professor-titular da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. O filósofo coordena ainda a Companhia Teatral Ueinzz e atua como bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq. Publicou, entre outros, O Tempo Não-Reconciliado (Perspectiva); A Vertigem Por um Fio (Iluminuras), Da Clausura do Fora ao Fora da Clausura: Loucura e Desrazão (Brasiliense), A Nau do Tempo-Rei (Imago).
No artigo de Pàl Pelbart intitulado “Sob o fio da ameaça, a captura de sentido”, publicado no sítio de IHU On-Line em 2006, o filósofo tratou sobre dois sequestros da época: a captura de soldados israelenses pelo Hezbollah, na fronteira com o Líbano, e o dos funcionários da TV Globo pelo PCC, em São Paulo. “No contexto biopolítico a guerra deixou de ser apenas uma invocação retórica ou metafórica para tornar-se a matriz geral de todas as relações de poder e das técnicas de dominação”, opinou.

A data convocatória para inscrição de trabalhos no XII Simpósio Internacional IHU – A experiência missioneira: território, cultura e identidade foi prorrogada para o dia 16 de agosto.
Com a proposta de aprofundar as reflexões sobre o tema e oportunizar a apresentação de comunicações científicas e pôsteres, o Instituto Humanitas Unisinos – IHU convida a comunidade científica, em especial os pesquisadores ligados às Áreas de Conhecimento da História, Arquitetura, Arqueologia, Antropologia, Filosofia, Direito, Teologia, e outras áreas afins, a participarem do Simpósio, mediante inscrição de seus trabalhos. Para mais informações e inscrição de trabalhos acesse o sítio do evento.
O prazo para envio de trabalhos (comunicações e pôsteres) para o XI Simpósio Internacional IHU: O (des)governo biopolítico da vida humana, foi prorrogado para a data de 30 de julho. Os interessados em enviar seus trabalhos podem anexar o arquivo no sítio especial do evento.
O simpósio, que ocorre de 13 a 16 de setembro na Unisinos, reunirá profissionais de diversas áreas, nacionais e internacionais, promovendo um debate transdisciplinar sobre a vida humana como objeto do poder e recurso útil das estratégias biopolíticas das sociedades contemporâneas. Inscrições e informações no sítio do IHU ou na Central de Relacionamento Unisinos, através do telefone (051) 3591 1122 begin_of_the_skype_highlighting (051) 3591 1122 end_of_the_skype_highlighting.