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Sempre dando destaque para assuntos de suma importância para o país e para o mundo (situações variadas como nutrição, revoluções tecnocientíficas etc), o Simpósio Internacional, evento promovido pelo Instituto Humanitas UnisinosIHU desde 2001, chega, em 2015, em sua 17º edição.

O Simpósio deste ano terá como tema principal a Biopolítica, tema em debate no IHU através de artigos e entrevistas.  Michel Foucault tem sido amplamente discutido na revista IHU On-Line, em seminários, ciclos de estudo e simpósios promovidos pelo IHU.

O Simpósio Internacional deste ano é realizado em parceria com os Programas de Pós-Graduação de Educação, Filosofia e Saúde coletiva da Unisinos e o PPG em educação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul –UFRGS.

Colóquios

O Colóquio Latino-Americano de Biopolítica teve suas duas primeiras edições (2008 e 2009) realizadas na cidade de Santiago, no Chile.

Em 2011, a edição de número três e o primeiro Colóquio Internacional foram feitos em Buenos Aires, na Argentina. Dois anos depois, 2013, ocorreu o IV Colóquio Latino-Americano e o II Colóquio Internacional na cidade de Bogotá, na Bolívia. Nessa última edição já ficou estabelecido que o Brasil seria sede dos próximos colóquios.

XVII Simpósio Internacional

O Simpósio Internacional de 2015 irá ocorrer entre os dias 21 e 24 de setembro.

Às 8h30min de segunda-feira (21/09) inicia a abertura dos credenciamentos. Em seguida, às 9h, começa a primeira atividade do Simpósio: Atividades Culturais (exibição de quatro curtas-metragens e um longa-metragem no Anfiteatro Pe. Werner).

Durante a tarde ocorrerão as conferências simultâneas, e à noite, às 20h, haverá a abertura oficial, no Anfiteatro Pe. Werner, com a palestra Biopolítica, formas de vida e psicopatologia na atualidade, ministrada pelo Prof. Dr. Benilton Bezerra Junior, da Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ.

A programação completa do Simpósio pode ser acessada aqui.

As inscrições podem ser feitas aqui.

Matheus Freitas

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O Instituto Humanitas Unisinos – IHU promove entre os dias 21 e 23 de outubro o XIV Simpósio Internacional IHU: Revoluções tecnocientíficas, culturas, indivíduos e sociedades. A modelagem da vida, do conhecimento e dos processos produtivos na tecnociência contemporânea.

No dia 22 de outubro, serão apresentadas as conferências simultâneas que vão contar com a participação de pesquisadores da área da ciência e da tecnologia de diversos países.

Sobre os conferencistas

Entre as conferências está  “Democratizar a tecnociência: engajamento público em nanotecnologia”, ministrada pelo Prof. Dr. Paulo Roberto Martins (à direita), sociólogo e integrante da Rede de Pesquisa em Nanotecnologia, Sociedade e Meio Ambiente (RENANOSOMA) e pelo Dr. Franz Seifert, da Áustria, pesquisador independente em biotecnologia.

O pesquisador Paulo Roberto Martins já colaborou em outras atividades do IHU. Uma de suas entrevistas, “O debate da nanociência exige a definição de um projeto estratégico para o País”,  foi publicada nos Cadernos IHU em formação nº 26 sobre “Nanotecnologias. Possibilidades e limites” e para a  IHU On-line nº 120, que tinha como tema “O mundo desconhecido das nanotecnologias“. 

Além disso, falou sobre “A nanotecnologia e o impacto na sociedade para edição 205 da IHU On-Line. O mesmo tema foi abordado durante o II Ciclo de Estudos Desafios da Física para o Século XXI: um diálogo desde a Filosofia.

Já o Dr. Luis David Castiel,  pesquisador do Departamento de Epidemiologia e Métodos Quantitativos em Saúde, da Escola Nacional de Saúde Pública, Fundação Oswaldo Cruz, irá abordar o tema “Com a cabeça nas nuvens? Medicina, técnica, ética e os dilemas preemptivistas na saúde”.

Castiel também colaborou anteriormente com o Instituto Humanitas Unisinos – IHU. Concedeu uma entrevista sobre “A dominância das dimensões médicas na sociedade”, publicada na revista IHU On-Line nº 420, “A medicalização da vida. A autonomia em risco, e para os Cadernos IHU em formação nº 44, Tecnociência e saúde, além de conceder uma entrevista ao sítio do IHU com o tema “Saúde e tecnologia. A busca da imortalidade”. O médico esteve presente também no I Seminário, ministrando a palestra “Como restringir seu apetite naturalmente – Os riscos e a promoção do autocontrole na saúde alimentar”, que antecede o XIV Simpósio Internacional IHU.

As conferências terão ainda a presença do Prof. Dr. Hans-Georg Flickinger, da Universidade de Kassel (Alemanha) e da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul – PUCRS, que  ministrará a conferência intitulada “A arte da ciência na ciência da arte“, e do Prof. Dr. Alberto Cupani, da Universidade Federal de Santa Catarina, que vai tratar do tema “A realidade complexa da tecnologia“. Flickinger já concedeu uma entrevista ao Instituto Humanitas Unisinos – IHU, publicada na revista IHU On-Line nº 426, O Estado Secular e sua base autolegitimadora.

Sobre o XIV Simpósio

O XIV Simpósio Internacional IHU. Revoluções Tecnocientíficas, Culturas, Indivíduos e Sociedades busca analisar o sentido, as implicações e os desafios teóricos e práticos da contemporaneidade tecnocientífica para a vida, como os impactos da tecnociência no conceito de natureza humana e os novos modos de produção sobre a vida humana e o planeta.

Além das conferências, minicursos e exibições de filmes, o XIV Simpósio proporcionará a apresentação de trabalhos, prestigiando todos(as) aqueles(as) que quiserem contribuir com a discussão. As inscrições podem ser feitas na página do evento até o dia 15 de setembro.

Mais informações e a programação completa do evento podem ser encontradas neste link.

Interessados em participar escrevam seus trabalhos aqui.

“Qual tipo de seres você pensa que nós somos? Isto pode parecer um questionamento filosófico. Em parte é, mas ele está longe de ser abstrato. Ele está no núcleo das filosofias que nós vivemos. Ele vai ao coração de como nós educamos nossas crianças, gerenciamos as nossas escolas, organizamos nossas políticas sociais, lidamos com assuntos econômicos, ameaçamos aqueles que cometem crime ou quem julgamos doentes mentais, e talvez até como nós avaliamos a beleza na arte e na vida. Somos criaturas espirituais, habitadas por uma alma imaterial? Estamos sendo guiados pelos nossos instintos e paixões que devem ser treinados e civilizados por disciplinas e inúmeros hábitos? Nós somos únicos entre os animais, abençoados pelas nossas mentes, modo de falar e consciência? Esta é a nossa própria natureza como seres humanos moldados pela estrutura e pelas funções do nosso cérebro?”

Estes são alguns dos questionamentos feitos por Nikolas Rose e Joelle Abi-Rached no livro Neuro: The New Brain Sciences and the Management of Life (em tradução livre: Neuro: Novas Neurociências e Gestão da Vida), (Editora Princeton University, 2013, 352 páginas)

Para eles, a ciência do cérebro está influenciando como nunca antes o nosso entendimento em relação ao comportamento humano através de áreas como neuropsiquiatria, neuroteologia e neuroestética, o que faz com que muitos acreditem que é o cérebro que nos torna humanos:  “A neurociência parece ser um aliado improvável no pensamento progressista, mas seus efeitos podem nos surpreender.”

O livro será debatido pelos professores Eduardo Zanella (CAPES/PPGAS/UFRGS) e Miguel Herrera (CNPq/PPGAS/UFRGS) no dia 9  de outubro (quinta-feira) na Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros, no IHU, a partir das 17h30.

Presença no XIV Simpósio

Nikolas Rose, um dos autores do livro, estará presente no XIV Simpósio Internacional IHU: Revoluções tecnocientíficas, culturas, indivíduos e sociedades. A modelagem da vida, do conhecimento e dos processos produtivos na tecnociência contemporânea.

O biólogo, psicólogo e sociólogo, apresentará no dia 22 de outubro (quarta-feira) a conferência “A biopolítica no século XXI: cidadania biológica e ética somática”.

Para mais informações acesse:

“O único princípio que não inibe o progresso é: vale-tudo”

Essa citação do livro Contra o Método (1975) mostra a concepção do filósofo austríaco Paul Karl Feyerabend (1924-1994) em relação à ciência. Famoso pela sua visão anarquista da ciência e por rejeitar certas regras metodológicas universais, Feyerabend acabou virando uma figura influente na filosofia da ciência e também na sociologia do conhecimento científico, além de ser considerado um inimigo da ciência.

“A ciência é um empreendimento essencialmente anárquico; o anarquismo teorético é mais humanitário e mais suscetível de estimular o progresso do que suas alternativas representadas por ordem e lei”, afirma o filósofo.

As críticas e pensamentos sobre a razão e a ética vão ser o tema de uma das mesas-simultâneas do “XIV Simpósio Internacional IHU: Revoluções tecnocientíficas, culturas, indivíduos e sociedades. A modelagem da vida, do conhecimento e dos processos produtivos na tecnociência contemporânea”.

“Feyerabend, razão e ciência” é o tema a ser debatido pelos professores Luiz Davi Mazzei – Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS e Virgínia Chaitin – Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ, no dia 21 de outubro (terça-feira) das 14h30 às 16h30.

Para o filósofo, a a noção de razão assume um importante papel na sociedade ocidental com padrões que não “passam de uma crença”, feita para que o mundo se encaixe dentro dela e possuem “a mesma aura que os deuses, os reis e as suas leis implacáveis”. Segundo Feyerabend, o racionalismo eterniza a monotonia na ciência e na sociedade que está na hora de ser abandonado.

Em Adeus à razão (1987) ele afirma:

“Os empíricos ferrenhos consideram irracional a retenção de opiniões que colidem manifestamente com a experiência, ao passo que os teóricos ferrenhos desprezam a irracionalidade daqueles que reveem os princípios básicos a cada oscilação das provas. Estes exemplos mostram-nos desde já a inutilidade de deixar que estas afirmações como ‘isto é racional’ ou ‘isto é irracional’ influenciem a investigação. As noções são ambíguas e nunca explicadas com clareza, e tentar aplicá-las coercivamente seria contraproducente: os procedimentos ‘irracionais’ muitas vezes levam ao sucesso (na perspectiva daqueles que lhes chamam ‘irracionais’), enquanto os procedimentos ‘racionais’ trazem com frequência enormes problemas.”

As origens históricas do racionalismo, segundo Feyerabend

204capaNa 204ª edição dos Cadernos IHU ideias foi publicado o artigo “As origens históricas do racionalismo segundo Feyerabend”, escrito por Miguel Ângelo Flach, professor no Instituto Federal Farroupilha (IFF-CA).

De acordo com Feyerabend, uma ampla abordagem do “racionalismo” faz-se necessária porque este antecedeu historicamente a ciência tal como a conhecemos hoje e, principalmente, porque tal racionalismo se estabeleceu desde a cultura Antiga, tendo, posteriormente, encontrado na ciência Moderna e Contemporânea o seu motor de desenvolvimento. O artigo examina as origens históricas do “racionalismo” rastreando-a desde a Antiguidade no contexto da cultura grega arcaica. Para Feyerabend, um nascente pensamento racional abstrato perpassa o surgimento da filosofia, coincidindo com a ascensão de um racionalismo por erigir a “Razão” (o “R” maiúsculo ilustra criticamente o poder a ela atribuído) como fonte de tradição que, ao relegar a abundância da história, simplificou a última pretensiosamente se afirmando como história única acima de todas as formas de vida.

Para mais informações sobre o XIV Simpósio acesse:

Cartazes Redes“XIV Simpósio Internacional IHU: Revoluções tecnocientíficas, culturas, indivíduos e sociedades. A modelagem da vida, do conhecimento e dos processos produtivos na tecnociência contemporânea” convida a comunidade científica e os pesquisadores das áreas de Ciências Humanas, da Saúde, Tecnológicas, Exatas, da Comunicação, Jurídicas, Econômicas e Administrativas para participarem do evento através da apresentação de trabalhos científicos.

Além das conferências, mesas-redondas, conferências simultâneas, minicursos simultâneos e exibição de filmes, será oportunizada a apresentação de trabalhos científicos, com o objetivo de desenvolver uma reflexão crítica e transdisciplinar que auxilie a pensar o sentido, as implicações e os desafios teóricos e práticos da contemporaneidade tecnocientífica para a vida.

No site do evento é possível encontrar a convocatória com as normas para envio de trabalhos, que devem ser inscritos de acordo com os Eixos Temáticos do Simpósio:

1. Tecnociência, governo da vida e biopolítica

As implicações entre biopoder, biopolítica, sociedade tecnológica, domínio da técnica, tensão entre controle total e democracia virtual, impactos da tecnociência no conceito de natureza humana e dos novos modos de produção na vida humana e no Planeta.

2. Saúde coletiva e avanços tecnocientíficos

Os impactos da medicalização da vida, das produções tecnológicas e biomédicas, das questões de gênero e dos processos de subjetivação, a incidência das tecnologias relacionadas à saúde nos processos de subjetivação e nos modos de vida, as tecnologias e o imperativo de ser saudável, conexões da medicina com outras áreas, tecnificação versus humanização do parto, soluções sintéticas, biologia sintética, farmacologização da saúde e da psiquiatria.

3. Desafios jurídicos na tecnociência contemporânea

O encontro da autonomia, do corpo, da subjetividade e das coletividades com direitos, distinções e impactos das novas tendências tecnocientíficas da sociedade. Especialmente no que se refere aos debates sobre propriedade intelectual e common rights, copyleft, produção de conhecimento, direitos tradicionais, defesa do sujeito na sociedade tecnológica.

4. Processos produtivos e revoluções tecnocientíficas

As aplicações de processos produtivos contemporâneos como nanotecnologia, biotecnologia, automação, robótica, neuroinformática e Tecnologias de Informação e Comunicação – TICs em novas modelagens do conhecimento em rede, dos impactos da internet e dos modelos e técnicas de gestão. Assim como as implicações econômicas, as possibilidades da mobilidade urbana, os impactos ambientais e o conceito de cidades sustentáveis na atualidade.

5. Educação no contexto das novas tecnologias

As novas formas dos indivíduos de perceber a si mesmos no contexto de uma sociedade midiatizada, outros modelos de ontologias tecnológicas e de processos de subjetivação, modelos de ensino, aprendizagem cinestésica, impacto das Tecnologias de Informação e Comunicação – TICs na aprendizagem, nas relações e nas técnicas pedagógicas, educação conectiva, desafios da educação frente a novas modelagens da vida e do conhecimento, reprodutibilidade livre de conhecimento, conhecimento compartilhado.

6. Processos midiáticos e conectividade

Os impactos das tecnologias telemáticas na sociedade, crescente midiatização das relações virtuais, midiatização como processo social, midiatização como novo ambiente existencial e cultural, lógica conectiva, iniciativas colaborativas via internet, estudos de redes, cybercomunicação, web e modos de ser, redes sociais, revolução digital.

7. Ética e sociedade tecnocientífica

Os desafios, os problemas e os dilemas éticos de viver num mundo em que as tecnologias não são apenas instrumentos a usar, mas nosso próprio viver em comum, implicações éticas dos processos socioculturais de subjetivação sobre a identidade das pessoas, sobre o modo como elas se autocompreendem e sobre o modo de viver em sociedade, o humano na idade da técnica, niilismo e esperança.

O envio de trabalhos pode ser feito até o dia 15 de setembro para o e-mail simposioihu@unisinos.br. Para mais informações acesse:

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