Arquivos da categoria ‘Sem categoria’

O papa Francisco, entre os dias 12 e 16 de fevereiro, realizou sua primeira viagem de 2016. O destino escolhido foi o México, cuja identidade é marcada por uma diversidade étnica-cultural e por uma longa história de violência e tensões. O México de muitos Rostos, geralmente fraturados, encontra em Francisco um companheiro para caminhar no cotidiano, conciliando os “vales de lágrimas” e a esperança de um “regaço hospiraleiro e justo”.

“Entro cuidadosamente,
como se deve entrar na casa e na alma deste povo,
sentindo-me profundamente grato por me abrir a porta”

Francisco

Francisco se faz hóspede de uma Igreja-povo sofrida, pelas “ambições” de seus representantes, que não fazem do Evangelho o núcleo fundamental da fé e de uma vivência saudável na sociedade. Sem dúvidas, foi uma visita diferente, porque Francisco não escolheu os percursos confortáveis de uma Igreja amortecida no poder de seus “príncipes”, mas escolheu correr os riscos de um caminho pedregoso como missionário da misericórdia e da paz.

No itinerário, Francisco, perpassa as situações difíceis e desafiadoras, que acompanham o cotidiano do povo e da Igreja mexicana. Ele não teve medo de nomear os problemas e fazer as denúncias pertinentes. É a aventura de uma palavra-presença, digna que um profeta que a nutre numa espiritualidade radicalmente evangélica, mas sem descuidar da realidade concreta que a circunda.

Saiba mais acessando a nota:

Por Jéferson Ferreira Rodrigues

Hoje, 05-02-2016, quando se celebra o 25º ano da morte do Padre Pedro Arrupe, as Notícias do Dia, atualizadas e publicadas diariamente na página do IHU, publica uma série de artigos, sobre sua vida e seu testemunho.

Fonte: http://bit.ly/1VU9yHR

Padre Pedro Arrupe, Superior Geral da Companhia de Jesus, por muitos é considerado como aquele que, seguindo as pegadas de Inácio de Loyola e do Concílio Vaticano II, refundou a ordem dos jesuítas no contexto da contemporaneidade.

Fonte: http://bit.ly/1R9d4id

Confira os textos publicados nas Notícias do Dia com os respectivos “Para ler mais”:

 

O ano de 2015 apresentou diversos desafios. Foi um período em que presenciamos uma forte movimentação política, social, econômica. Realidades que foram postas e que nos atingiram de diversas formas. A pergunta que pode ser feita neste tempo de encerramento do ano é: o que fizemos para intervir nestas realidades? Esta foi a questão que inspirou a realização da memória do ObservaSinos sobre o ano em finalização.

Tornar pública esta memória foi um compromisso assumido pela equipe do ObservaSinos. Por isso, na última terça-feira, dia 15 de dezembro, o Observatório da realidade e das políticas públicas do Vale do Rio dos Sinos – ObservaSinos, programa do Instituto Humanitas Unisinos – IHU, mostrou um pouco das suas ações e resultados do ano aos colegas.

Colegas e familiares estiveram participando do evento, que iniciou com a apresentação das ações do Observatório, seguida de depoimentos sobre o vivido e uma confraternização.

A equipe, formada por Matheus Nienow, Taigor Kawar, João Conceição, Daiani Michaelsen, Carolina Lima, Marilene Lemes, Jonathan Camargo, Atila Alexius e Marilene Maia, sistematizou e apresentou em números e relatos o que foi realizado.

Em 2015, o Observatório utilizou 19 bases de dados públicas disponíveis online, que subsidiaram as notas realizadas sobre as 9 temáticas que têm sido analisadas: ambiente, educação, mobilidade, moradia, população, proteção social, segurança, trabalho e saúde.

Foto: Carolina Lima / IHU

Além das análises, foram realizadas 13 oficinas, sendo três sobre o acesso aos dados públicos, quatro tematizando as políticas públicas e seis que exploraram as estratégias, metodologias e instrumentos para subsidiarem a sistematização, análise e debate sobre a realidade. Outros eventos em parceria também foram implementados pelo ObservaSinos. Um deles foi o V Seminário de Observatórios, Metodologias e Impactos: dados e participação, em parceria com a Rede de Observatórios. O outro foi o Ciclo de Estudos: Saúde e Segurança no Trabalho na Região do Vale do Sinos, que contou com a participação de trabalhadores metalúrgicos e foi uma demanda do Sindicato da Região do Vale do Sinos. A parceria para esta realização se ampliou com outras duas organizações: o Centro de Referência da Saúde do Trabalhador do Vale – Cerest e o Observatório da Política Nacional de Saúde Integral das Populações do Campo, da Floresta e das Águas – Obteia.

O ObservaSinos também prestou assessorias, como a capacitação de trabalhadores do Sistema Único de Assistência Social – SUAS do município de Novo Hamburgo. Também participou através do diagnóstico Socioterritorial e do Mapa Falado do município de Canoas; além de prestar assessorias individuais para estudantes, pesquisadores e outros.

As análises, os eventos e as assessorias promovidos pelo ObservaSinos renderam 68 publicações de notas para as Notícias do Dia do Instituto Humanitas Unisinos – IHU, 29 notas no blog e 7 vídeos no Youtube.

Foi um ano de fortalecimento da presença do ObservaSinos nas redes sociais, indicando 4.188 acessos na página online do ObservaSinos e 24.815 acessos às notas da aba “De Olho no Vale”. A análise mais acessada do ano foi “4% dos trabalhadores admitidos no Vale do Sinos possuíam ensino superior”, com 815 acessos. Há uma expectativa de que estes acessos sejam ainda ampliados com a nova homepage do Observa em 2016, que ao longo do ano mereceu dedicada atenção pela equipe de trabalho.

Na exposição dos dados e relatos foi evidenciada a importância do programa como instância e experiência articuladora entre formação e trabalho profissional.

A acadêmica Daiani Michaelsen apresentou os resultados do seu Estágio Obrigatório e também falou das suas impressões sobre o período em que esteve presente na equipe do ObservaSinos. Daiani agradeceu aos colegas pelo tempo em que esteve na equipe, destacando a importância que o ObservaSinos e o IHU tiveram na sua vida profissional e pessoal. Fez uma homenagem à professora e coordenadora do ObservaSinos, Marilene Maia, falando do grande exemplo que ela é enquanto pessoa, professora, mulher e militante.

Depois foi o momento da equipe do ObservaSinos apresentar seus relatos. A equipe é composta por várias áreas: Jornalismo, Comunicação Digital, Ciências Econômicas, Administração, Ciências Sociais, Serviço Social e Educação. Os colegas que estavam presentes na confraternização pontuaram a importância de espaços como o ObservaSinos e o IHU por proporcionarem conhecimento e aprendizagem constantes; além disso, agradeceram a oportunidade de estarem no espaço, sempre construindo coletivamente.

Foto: Susana Rocca / IHU

Nas palavras da professora Marilene Maia: “Os depoimentos destacaram a experiência de trabalho coletivo, a articulação entre a formação acadêmica e cidadã, a investigação e a ação. O Instituto foi valorizado pela potência de informação e formação em diferentes áreas e temas.”

Por Marilene Maia e Carolina Lima

Na noite do dia 10 de dezembro ocorreu o encerramento do Ciclo de Estudos: Saúde e Segurança no Trabalho na região do Vale do Rio dos Sinos. Esta atividade foi pensada para ser um espaço de formação em saúde e segurança no trabalho, visando à melhoria na qualidade do ambiente de trabalho dos/as trabalhadores/as da região do Vale do Sinos.

Foto: Carolina Teixeira Lima

Foto: Carolina Lima

O Ciclo de Estudos aconteceu entre os dias 9 de novembro e 9 de dezembro e contou com a participação de trabalhadores/as metalúrgicos/as dos municípios de São Leopoldo, Sapucaia e Novo Hamburgo, que atuam na CIPA – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes. A CIPA é a representação interna dos/as trabalhadores/as nas empresas e tem o compromisso de pensar a prevenção de acidentes e doenças no ambiente de trabalho, buscando sempre a melhoria na qualidade de vida dos/as trabalhadores/as.

O Ciclo de Estudos foi uma atividade construída coletivamente entre Observatório da realidade e das políticas públicas do Vale do Rio dos Sinos – ObservaSinos, programa do Instituto Humanitas Unisinos – IHU, Confederação Nacional dos Metalúrgicos – CNM, Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de São Leopoldo e Centro de Referência da Saúde do Trabalhador da Região do Vale dos Sinos – CEREST. Contou ainda com as participações da Saúde do campo, florestas e águas – Obteia e do Ministério do Trabalho e Previdência Social.

Para este evento de encerramento, o ObservaSinos preparou a memória do Ciclo, que durou um mês, contando com dois encontros presenciais e duas semanas de atividades a distância. Entre os destaques da formação proposta pelo Ciclo está a experiência de realização dos Mapas de Saúde e Segurança dos Municípios, assim como os Mapas de Saúde, Segurança e Risco das empresas.

Clique para acessar a apresentação

Clique para acessar a apresentação

Seguiram-se, ao momento de memória, os debates sobre os resultados, avaliações e projeções de continuidade do Ciclo, assim um importante momento de confraternização e celebração, que contou com a participação de muitos familiares.

Antes da entrega dos certificados aos participantes, também houve um momento cultural, onde os poemas “Perguntas de um Trabalhador que Lê” e “Intertexto”, ambos de Bertolt Brecht, foram declamados pelos participantes do Ciclo.

Na avaliação foi apresentada a importância de os/as trabalhadores/as participarem da oportunidade de formação na universidade, que é um espaço para ajudar a pensar e transformar as realidades. Também foi destacada a importância da contribuição do Ciclo para a mudança no pensamento dos cipeiros e da gestão do trabalho da CIPA “temos que pensar em outra gestão da CIPA a partir do melhor entendimento do que é saúde e segurança”.

O Ciclo oportunizou a sistematização de algumas publicações pelo IHU, que seguem como subsídios para a formação. Destacam-se: Cadernos IHU Ideias – 233ª edição – Capitalismo biocognitivo e trabalho: desafios à saúde e segurança, com o texto de Elsa Cristine Bevian. Elsa também esteve presente no dia 26 de novembro, no IHU, onde ocorreu um debate sobre o assunto com os/as trabalhadores/as que estavam participando do Ciclo.

Foto: Carolina Lima

Outra publicação sistematizada pelo ObservaSinos intitulada “Realidades do trabalho e perfil do/a trabalhador/a no Vale do Sinos: desafios para a garantia de Saúde e Segurança”, onde está apresentada a reunião de dados sobre o mercado formal de trabalho na região do Vale do Sinos. Foram coletados dados da Relação Anual de Informações Sociais – RAIS indicando o perfil dos trabalhadores e do trabalho na região do Vale do Sinos.

Dar seguimento a processos de formação foi a manifestação de todos os participantes do Curso e dos representantes das organizações copromotoras deste espaço de formação. Marta Boeck, coordenadora do CEREST Vale do Sinos, valorizou a articulação e aprendizagem das entidades pela realização deste projeto coletivo.

Como disse Loricardo Oliveira, representante da CNM, foram informações e formações, baseadas em conhecimento acadêmico e na praticidade do chão da fábrica, que mostram que “se tivermos a capacidade de ousar, faremos um mundo melhor e com mais participação”.

Por Marilene Maia e Carolina Lima

“O que podemos avaliar neste momento é que o Brasil vive em uma situação de chantagem política. (…) O pedido de impeachment, em minha opinião tem uma base frágil, porque implica uma ampliação de gastos fiscais, que no meu entendimento não se justifica”, com essas palavras Bruno Lima Rocha abriu o último IHU Ideias do ano.

Foto: Nahiene Alves

No dia 03 de dezembro, o tema do IHU Ideias foi Brasil 2015: um ano de crise política contínua e paralisia decisória. Durante a palestra o foco foi o recente pedido de impeachment, que ocorreu no dia anterior.

Confira abaixo alguns comentários do público sobre a palestra:

 

Política abrange outras coisas também. Falamos de política, mas tudo interfere na vida social das pessoas.A política define o que vai acontecer, é o poder. E o ano que vem como o palestrante disse é adeus 2016, feliz 2017”. Fábio Dily, 43 anos, estudante de filosofia na Unisinos.

 

 

A palestra confirmou o que eu penso. Nós não temos uma estrutura cultural acomodada no Brasil, temos um fluxo de várias linhas, etnias, formações culturais que estão interagindo e isso é expresso na politica atual de acomodação. Está havendo um pragmatismo”. Erno Wallauer, 69 anos, professor de Antropologia Filosófica na Unisinos.

 

 

O tom do evento não foi otimista, foi bastante analítico e bom. Estamos em um momento de tensão, mas que está se tentando entender o que está acontecendo”. Vitor Hugo Santana, 64 anos, professor no curso de ciências econômicas.

 

 

Como o Bruno, falou há muita coisa que está por baixo dos panos e nós não sabemos. Muitas vezes a própria mídia esconde, e isso é um grande problema. Acho que nenhum brasileiro está tão otimista em 2015.” Rafael Bassani, 21 anos, estudante de Publicidade e propaganda e integrante do Projeto Comunicando Amor.

 

 

Por Nahiene Alves

Para ler mais: