Arquivos da categoria ‘Revista IHU On-Line’

Depois de três meses é possível descrever as linhas fundamentais da política econômica do governo da presidenta Dilma Rousseff?

A revista IHU On-Line assumiu o desafio de buscar fazer este exercício e para isto convidou economistas e analistas sociais, de diferentes vertentes teóricas, para descreverem e analisarem as possibilidades e os desafios da economia brasileira no momento atual.

Para o economista José Luís Oreiro, a presidenta Dilma está promovendo uma “reforma silenciosa”, que pode ser percebida através da aproximação entre a política econômica do Banco Central e a da equipe econômica do governo.

David Kupfer, professor de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ, salienta que o discurso presidencial indica uma mudança estrutural. Entretanto, na avaliação dele, a prioridade do governo continua sendo o crescimento econômico, como ocorria na gestão anterior.

Na percepção do economista Luiz Gonzaga Belluzzo, Dilma está identificando corretamente os problemas econômicos, mas terá o desafio de fazer escolhas para tentar conter a inflação e garantir o crescimento.

Surpreso com a administração Rousseff, o economista Fernando Cardim de Carvalho percebe mudanças na condução da política econômica, mas, segundo ele, ainda é cedo para saber as consequências das medidas anunciadas.

Por outro lado, o sociólogo Francisco de Oliveira não vê novidades na política econômica da presidente e enfatiza que a presidenta Dilma dará continuidade ao projeto iniciado em 2003 pelo seu antecessor. Para ele, o Bolsa Família “continua sendo o principal trunfo político do governo”.

Para o economista Reinaldo Gonçalves, professor na Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ, não há mudanças estruturais na política econômica do atual governo. Para ele, os próximos quatro anos serão mera continuidade da gestão Lula. “Pobre Brasil – lastima. Durante muito tempo ficaremos sem transformações estruturais”.

Como anunciamos na semana passada, publicamos nesta edição duas entrevistas e um depoimento que lembram a vida e a obra de José Comblin, teólogo, recentemente falecido. João Batista Libanio, professor da Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia – FAJE, Belo Horizonte, Erico Hammes e Luiz Carlos Susin, professores da PUC-RS, recordam a trajetória deste grande intelectual da cena cultural brasileira.

Daniel Marguerat, professor de Novo Testamento da Universidade de Lausanne, na Suíça, dá uma instigante entrevista sobre Paulo de Tarso. Autor de vários livros, alguns traduzidos para o português, o pastor da Igreja Reformada da Suíça, estará na Unisinos, nos dias 11 a 13 de abril, ministrando o curso Ler Paulo hoje. Um estudo em diálogo com filósofos contemporâneos. O curso é promovido pelo Instituto Humanitas Unisinos – IHU, em parceria com a Universidade Católica de Pernambuco – Unicap.

Por sua vez, o sociólogo Luís de Gusmão, professor da Universidade de Brasília – UnB, analisa o fetichismo do conceito nas ciências sociais e na filosofia.

O artigo A dependência da juventude das tecnologias digitais é de Sérgio Mattos, jornalista, e o depoimento de Omar Reis, motorista da Unisinos, narrando a sua trajetória de vida, completam esta edição.

A versão eletrônica da revista IHU On-Line, em html, pdf e ‘versão para folhear’, estará disponível nesta página, hoje, a partir das 17h.

A versão impressa circulará amanhã, terça-feira, a partir das 8h. no câmpus da Unisinos.

A todas e todos uma boa leitura e uma ótima semana!

O mais incômodo dos hóspedes não cessa de mover nosso chão e certezas. Quais são os valores e uma ética comum a todos os seres humanos? Que espaço sobra para a solidariedade numa sociedade marcada pelo relativismo? Enfim, mercadejo ético ou da emancipação e da salvação?

Essas são algumas das indagações que norteiam a revista a última edição de 2010 da revistaIHU On-Line. Para debater o tema, convidamos diversos pesquisadores que examinam o fenômeno do niilismo e o relativismo de valores.

Para o filósofo Clademir Araldi, da Universidade Federal de Pelotas – UFPEL, o diagnóstico de Nietzsche sobre o fenômeno do niilismo continua atual e aponta a moral cristã como uma de suas origens. Radicalizar o niilismo é a única forma de superá-lo. Seus sintomas atingem inclusive a política, cujo projeto atual está esgotado.

O filósofo francês Paul Valadier, do Centre Sèvres, de Paris, analisa a intransigência e os limites do compromisso. Segundo ele, a fragilidade e a incapacidade de abertura ao Outro são sintomas da intransigência moral que grassa em nossos dias. O compromisso pode ser a sua contrapartida, mas sem compactuar com a injustiça ou a imoralidade, define.

O também filósofo Roberto Romano, da Universidade Estadual de Campinas – Unicamp, observa uma corrosão “de alto a baixo” no caráter de indivíduos e grupos e supervalorização do mercado como traços peculiares do niilismo em terras brasileiras. Um verdadeiro “mercadejo ético”.

Gianni Vattimo, filósofo italiano, afirma que a pretensão metafísica de absolutos como verdade e razão deve ser deixada de lado, tendo o exercício da caridade como solo comum. Se Deus está morto e a metafísica perdeu sua efetividade, somos livres para praticarmos a caridade, frisa.

O professor da Universidade de Roma, Paolo Flores D’Arcais, também diretor da revista Micromega, vale-se da Navalha de Ockham para acentuar que Deus é uma hipótese desnecessária.

O filósofo Luiz Filipe Pondé (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo) fala sobre o “relativismo infiel” dos brasileiros, e que a estrutura social oligárquica fomenta a relativização das normas e, consequentemente, o clientelismo.

Um dossiê analisa os últimos 30 anos da economia gaúcha. Assim, entrevistamos os economistas da Fundação de Economia e Estatística (FEE), Octavio Conceição e Raul Bastos, a socióloga e consultora da Fundação Gaia, Naia Oliveira, e o economista e professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Pedro Bandeira.

Esta edição também debate a Exortação Apostólica Pós-Sinodal Verbum Domini sobre a Palavra de Deus na Vida e na Missão da Igreja, recentemente publicada por Bento XVI. Johan Konings, teólogo jesuíta e o teólogo uruguaio Daniel Kerber, que participaram como assessores do evento, comentam a publicação.

Uma entrevista com a filósofa Ana Luísa Janeira, da Universidade de Lisboa, analisando o binômio Utopia e heterotopia: o projeto jesuítico nas missões, e o artigo do jornalista Augusto de Sá Oliveira sobre o “redescobrimento” do Brasil pela França, completam esta edição.

A versão eletrônica da revista IHU On-Line estará disponível, em Pdf, Html e ‘versão para folhear’, nesta página, a partir das 17h desta segunda-feira.

A versão impressa circulará no câmpus da Unisinos, nesta terça-feira, a partir das 8h.

A todas e a todos uma ótima leitura com os melhores votos de Boas Festas de Fim de Ano!

O mais incômodo dos hóspedes não cessa de mover nosso chão e certezas. Quais são os valores e uma ética comum a todos os seres humanos? Que espaço sobra para a solidariedade numa sociedade marcada pelo relativismo? Enfim, mercadejo ético ou da emancipação e da salvação?

Essas são algumas das indagações que norteiam a revista a última edição de 2010 da revistaIHU On-Line. Para debater o tema, convidamos diversos pesquisadores que examinam o fenômeno do niilismo e o relativismo de valores.

Para o filósofo Clademir Araldi, da Universidade Federal de Pelotas – UFPEL, o diagnóstico de Nietzsche sobre o fenômeno do niilismo continua atual e aponta a moral cristã como uma de suas origens. Radicalizar o niilismo é a única forma de superá-lo. Seus sintomas atingem inclusive a política, cujo projeto atual está esgotado.

O filósofo francês Paul Valadier, do Centre Sèvres, de Paris, analisa a intransigência e os limites do compromisso. Segundo ele, a fragilidade e a incapacidade de abertura ao Outro são sintomas da intransigência moral que grassa em nossos dias. O compromisso pode ser a sua contrapartida, mas sem compactuar com a injustiça ou a imoralidade, define.

O também filósofo Roberto Romano, da Universidade Estadual de Campinas – Unicamp, observa uma corrosão “de alto a baixo” no caráter de indivíduos e grupos e supervalorização do mercado como traços peculiares do niilismo em terras brasileiras. Um verdadeiro “mercadejo ético”.

Gianni Vattimo, filósofo italiano, afirma que a pretensão metafísica de absolutos como verdade e razão deve ser deixada de lado, tendo o exercício da caridade como solo comum. Se Deus está morto e a metafísica perdeu sua efetividade, somos livres para praticarmos a caridade, frisa.

O professor da Universidade de Roma, Paolo Flores D’Arcais, também diretor da revista Micromega, vale-se da Navalha de Ockham para acentuar que Deus é uma hipótese desnecessária.

O filósofo Luiz Filipe Pondé (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo) fala sobre o “relativismo infiel” dos brasileiros, e que a estrutura social oligárquica fomenta a relativização das normas e, consequentemente, o clientelismo.

Um dossiê analisa os últimos 30 anos da economia gaúcha. Assim, entrevistamos os economistas da Fundação de Economia e Estatística (FEE), Octavio Conceição e Raul Bastos, a socióloga e consultora da Fundação Gaia, Naia Oliveira, e o economista e professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Pedro Bandeira.

Esta edição também debate a Exortação Apostólica Pós-Sinodal Verbum Domini sobre a Palavra de Deus na Vida e na Missão da Igreja, recentemente publicada por Bento XVI. Johan Konings, teólogo jesuíta e o teólogo uruguaio Daniel Kerber, que participaram como assessores do evento, comentam a publicação.

Uma entrevista com a filósofa Ana Luísa Janeira, da Universidade de Lisboa, analisando o binômio Utopia e heterotopia: o projeto jesuítico nas missões, e o artigo do jornalista Augusto de Sá Oliveira sobre o “redescobrimento” do Brasil pela França, completam esta edição.

A versão eletrônica da revista IHU On-Line estará disponível, em Pdf, Html e ‘versão para folhear’, nesta página, a partir das 17h desta segunda-feira.

A versão impressa circulará no câmpus da Unisinos, nesta terça-feira, a partir das 8h.

A todas e a todos uma ótima leitura com os melhores votos de Boas Festas de Fim de Ano!

Excepcionalmente, nesta semana, a revista IHU On-Line não circulará.

Na próxima segunda-feira, dia 20 de dezembro, circulará a última edição deste ano.

A todas e todas uma ótima semana!

Dos povos originários da África, surge uma concepção ética que desafia o estilo de vida da sociedade contemporânea: o ubuntu. Para os povos de língua bantu, esse termo significa “eu sou porque nós somos”. Essa “filosofia do Nós” pensa a comunidade, em seu sentido mais pleno, como todos os seres do universo. Todos nós somos família.

Grande parte da luta contra a colonização na África e contra o apartheid, especialmente a partir das contribuições dadas pelo prêmio Nobel Desmond Tutu, arcebispo anglicano emérito da Cidade do Cabo, na África do Sul, encontrou sua força nessa filosofia.

A edição desta semana da IHU On-Line, junto com a edição 340, intitulada Sumak Kawsay, Suma Qamaña, Teko Porã. O Bem-Viver, busca contribuir, em parceria com escritório brasileiro da Fundação Ética Mundial no Brasil, com a reflexão sobre uma Ética Mundial a partir dos povos originários do nosso continente e dos demais povos que aqui chegaram.

Na discussão sobre o tema contribuem o filósofo e psicólogo sul-africano Dirk Louw, que afirma que nós somos por meio de outras pessoas, mas também por meio de todos os seres do universo; o filósofo sul-africano Mogobe Ramose, para quem a comunidade que nasce do ubuntu é uma “entidade dinâmica” entre os vivos, os mortos-vivos e os ainda não nascidos; a educadora sul-africana Dalene Swanson, que vê o ubuntu como uma “alternativa ecopolítica” à globalização econômica neoliberal; o teólogo norte-americano Charles Haws, que analisa o ubuntu como “liberdade indivisível” a partir das contribuições do arcebispo Tutu; o teólogo congolês e doutor em sociologia Bas’Ilele Malomalo, que situa o ubuntu dentro do contexto social brasileiro; e a filósofa e advogada norte-americana Drucilla Cornell, que reflete sobre as contribuições do ubuntu para as lutas feministas e dos grupos de direitos humanos em geral.

Publicamos ainda uma entrevista com Eduardo Tomazine Teixeira, mestrando em Ciência Política na Universidade de Paris VIII, sobre as Unidades de Polícia Pacificadora – UPPs e com Horácio Costa que é organizador, juntamente, com Berenice Bento, Wilton Garcia, Emerson Inácio e Wiliam Siqueira, do livro Retratos do Brasil Homossexual. – Fronteiras, Subjetividades e Desejos, recentemente lançado pela Edusp.

O artigo “Televisão e interesse público”, de Carine Prevedello, doutoranda e pesquisadora do Grupo CEPOS, e uma entrevista com Ricardo Bins di Napoli, professor na Universidade Federal de Santa Maria – UFSM, sob o título ‘Evolução e transumanismo’, completam a edição.

A versão eletrônica da revista IHU On-Line estará disponível, nesta segunda-feira, a partir das 17h, nesta página, em Html, Pdf e ‘versão para folhear‘.

A edição impressa circulará no câmpus da Unisinos, a partir das 8h, desta terça-feira.

A todas e todos, uma ótima leitura e uma excelente semana!