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Vem chegando o Natal

Em 2 dezembro, 2012 Comentar

“O Advento significa a presença começada do próprio Deus. Por isso, recorda-nos duas coisas: primeiro, que a presença de Deus no mundo já começou e que ele já está presente de uma maneira oculta; em segundo lugar, que essa presença de Deus acaba de começar, ainda que não seja total, mas está em processo de crescimento e amadurecimento”, define-se no Comentário do Evangelho proposto para o dia de hoje. É tempo de contagem regressiva para o Natal, de acender as velas e, principalmente, de refletir.

André Langer, pesquisador do Cepat e parceiro estratégico do Instituto Humanitas Unisinos – IHU, reflete em artigo publicado que “o tempo do Advento é tempo de preparação: preparar o coração para acolher a novidade radical que é o próprio Deus irrompendo no mundo. O que requer de nós uma espera vigilante, uma esperança operosa e uma expectativa ativa. Uma espera que é preparação”.

Muito além do espírito natalino em si, a época virou um evento de consumo intenso. As lojas já estão em “advento” há mais de meses. Nesse caso, a presença não é de esperança e de reflexão, mas sim de propagandas “irresistíveis” ao consumidor.

O desafio, então, é abrir os olhos para enxergar que é possível nadar contra a correnteza. Vem chegando o Natal. É tempo de refletir.

Por Natália Scholz

Para ler mais:

 

“Existe um racismo sutil vindo de boa parte da sociedade em relação aos batuqueiros, fruto de uma mistura entre medo, preconceito e desconhecimento, pois somente os negros são identificados como feiticeiros.”, afirmou o Professor Norton Figueiredo Corrêa, do PPG em Cultura e Sociedade da Universidade do Maranhão – (UFMA), falando sobre o tema “Corpo e concepção da pessoa comparados no batuque do Rio Grande do Sul e no catolicismo” na edição especial do IHU Ideias que aconteceu no final de tarde da última terça-feira .

Fazendo um comparativo entre as características principais do culto originário de escravos africanos que se fixaram no território do Rio Grande do Sul e o catolicismo,  Norton chamou-nos a atenção para o fato da importância e da finalidade do corpo na visão das duas religiões, “A visão cristã sobre o corpo está sendo substituída pela visão africana de corpo. Tudo é mais dançante. É possível citar como exemplo disso, os estilos musicais que fazem sucesso atualmente. Pouco se dá importância para a letra e sim para a melodia e ritmo, que fazem dançar. Isso é totalmente africano”.

Um ponto em comum entre o batuque e o catolicismo é a crença na alma imortal.  O destino da alma após a morte é divergente entre as duas religiões. Não há noção de dualidade bem e mal e céu e inferno nas religiões afro.

O pesquisador exibiu muitas fotos em sua apresentação. Imagens que mostravam as peculiaridades das práticas rituais do terreiro onde foi feita a pesquisa. Segundo ele, não é fácil  conseguir acesso ao dia-a-dia de uma casa de batuque quando não se é iniciado no culto, ““Fui ganhando confiança das pessoas da casa. “Fiquei vinte anos em contato com a religião afro para fazer minha pesquisa”.

Os cânticos rituais ao som dos tambores, chamados popularmente de rezas, são parte integrante do culto. Muitas vezes, para se ter um entendimento pleno do que ocorre dentro do contexto da religião é necessário ter um conhecimento, mesmo que básico, das lendas das divindades africanas.

Norton também expôs que a comida é parte importante do culto, sendo toda ela ofertada as pessoas que participam das festas e homenagens públicas aos orixás. Sobre o sacrifício de animais, o professor afirmou que nenhum tipo de animal é torturado ou maltratado nas práticas feitas nos terreiros, “Por que somente os batuqueiros são atingidos pelo preconceito gerado na prática do sacrifício de animais? Os judeus também praticam imolações de animais da mesma maneira que eles. Em ambas essas práticas, os animais são consumidos em festas litúrgicas e não há nenhum tipo de sofrimento”.

Falou ainda que alguns alimentos que hoje são identificados e utilizados no culto do batuque não eram conhecidos pelos adeptos no início da prática. Esses elementos foram adotados, como é o caso da batata, comida ritual oferecida ao orixá Bará, senhor do movimento e mensageiro entre homens e orixás.

Por Wagner Altes

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O programa Gestando o Diálogo Inter-Religioso e o Ecumenismo – GDIREC é formado por líderes religiosos que buscam dialogar e estudar sobre suas experiências, assumindo uma postura ética e de respeito entre todas as religiões. O grupo realiza encontros regulares entre seus componentes para desenvolver coletivamente o conhecimento e o reconhecimento das identidades religiosas, práticas, tradições históricas e teológicas. Em 2012, o GDIREC está completando 10 anos e, também, foi anunciada a nova parceria com o Instituto Humanitas Unisinos – IHU.

“O GDIREC passar a fazer parte do IHU a partir do próximo ano oferece a possibilidade de redesenhar a atuação do Programa assim como a do Grupo. Oferece-lhe, sobretudo, uma equipe mais ampla com a qual possa dialogar e melhorar a execução dos objetivos propostos, tanto pelo Humanitas como pelo GDIREC”, salienta Inácio Spohr, irmão jesuíta e coordenador do grupo.

O programa é constituído por diversas atividades, como banco de dado dos locais de culto e templos da região, publicações, promoção de eventos, serviços de assessoria a professores de ensino religioso e desenvolvimento de práticas coletivas de inclusão étnico-racial.

Atualmente, os integrantes do GDIREC são:

  • Alancardino Vallejo (Padrinho), Igreja Eclética da Fluente Luz Universal (Santo Daime), Sapiranga
  • Anselmo Bandeira Severo, Espírita, São Leopoldo
  • Maria Helena e Carlos Moeller, Brahma Kumaris, São Leopoldo
  • Cleide Olsson Schneider (Pastora), Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil, São Leopoldo
  • Daniel (Babalorixá), Casa Africanista Ilê Axé Gegê Nagô Boboquexã Ogum Onirê, São Leopoldo
  • Dejair Haubert (Babalorixá), Ilê dos Orixás, São Leopoldo
  • Dolores Senhorinha Dorneles (Ialorixá), Centro Africano de Bará Lodê, São Leopoldo
  • Flávio Corrêa de Lima (Sacerdote), Igreja Católica Apostólica Romana, Paróquia Nossa Senhora da Conceição, São Leopoldo
  • Jerry Andrei (Presbítero), Igreja Episcopal Anglicana do Brasil, Paróquia da Trindade, São Leopoldo
  • José Carlos Bandeira (Médium), Espírita, São Leopoldo
  • Kokai (Monja, Vânia Eckert), Zen Budismo, Zen Vale dos Sinos, São Leopoldo
  • Nilton Luís Rodrigues (Babalorixá), Umbandista e Africanista, São Leopoldo

Você pode encontrar mais informações sobre o grupo no site e no blog ou, ainda, pelos contatos gdirec@unisinos.br e (51) 3591 1100, Ramal 4125.

Por Mariana Staudt

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Em 2009, o professor francês Daniel Dayan já expressava que a midiatização interfere de forma positiva na cultura democrática ao criar uma opinião pública informada, e de forma negativa ao criar uma opinião pública fabricada. Assim, a midiatização da sociedade torna-se um fenômeno cada vez mais instigante para a pesquisa.
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Dentro desse contexto, a religião em suas diversas denominações é foco especial para estudos de comunicação da sociedade contemporânea. Com o intuito de promover debates, mediante o viés específico da Comunicação, sobre os desafios e possibilidades da interface mídias e religiões em diálogo com as sociedades contemporâneas, o Instituto Humanitas Unisinos – IHU, em parceria com o Programa de Pós-Graduação em Ciências da Comunicação promove a 1ª Jornada de Mídias e Religiões que ocorrerá nos dias 03 e 04 de outubro.
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A jornada deseja também ser a ocasião para o encontro de pesquisadoras/es e estudantes interessados pela temática, para troca de conhecimentos e experiências, formalizando o ponto de início para uma possível interlocução futura em nível de rede.
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Nesta semana saiu a lista de trabalhos científicos que foram aprovados para serem apresentados no evento.
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Para conferir mais informações, acesse o sítio do IHU.

Um espaço feito para encontrarmos pessoas que entregaram sua vida na luta pelos povos latino-americanos e celebrarmos diariamente a memória sempre viva daqueles/as que nos precederam na entrega generosa de sua vida na construção do Reino pode ser encontrado no sítio do IHU.
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A sessão Mártires da Humanidade é dividida em três partes: Mártires Latino-americanos, Vítimas de Genocídios e Massacres e Outros Testemunhos. Estão presentes aqueles e aquelas que são Ícones na Humanidade pelas suas vidas em favor da luta de defesa da dignidade humana. É lembrada a morte de todas aquelas pessoas que morreram nos grandes massacres da história dos últimos séculos.
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Ana Casarotti contou como ela faz a seleção dos nomes para colocar nos Mártires da Humanidade. Assista ao vídeo.
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Por Luana Taís Nyland