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Hoje em dia é comum vivermos cercados por uma redoma de razão e racionalidades. Cada vez há menos espaço para pensamentos místicos ou religiosos no que concerne a explicações de fenômenos climáticos ou sobre perigos reais de qualquer natureza. O discurso amplamente aceito é o da falta de prevenção ou ainda de proteção.

A edição nº 188 dos Cadernos IHU ideias traz o artigo Os riscos e as loucuras dos discursos da razão no campo da prevenção, do Prof. Dr. Luis  David Castiel.

Castiel é graduado em Medicina pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS, mestre em Medicina Comunitária pela University of London, doutor em Saúde Pública pela Fundação Oswaldo Cruz, e pós-doutor pelo Departamento de Enfermaria Comunitária, Saúde Pública y Historia de la Ciencia da Universidade de Alicante, da Espanha. É pesquisador titular do Departamento de Epidemiologia e Métodos Quantitativos em Saúde, da Escola Nacional de Saúde Pública, Fundação Oswaldo Cruz. É professor permanente do Programa de Pós-graduação em Saúde Pública e do Programa de Pós-graduação de Epidemiologia em Saúde Pública.

O professor afirma que “Em suma, afastando-se de Deus, o homem obrigou-se a produzir explicações não religiosas para calamidades, desastres, catástrofes, assim como se forçou a criar meios de intervir para não ser pego desprevenido por elas”. Portanto, que todo risco pode ser transformado em cálculo e supostamente evitado e que vivemos numa espécie de “Estado de segurança”.

Esta “loucura pela razão” estaria em tudo e acabaria sendo inter-relacionada pela tecnologia, pela cultura e difundida de maneira quase apocalíptica pela mídia.

Os Cadernos IHU ideias podem ser adquiridos diretamente no Instituto Humanitas Unisinos – IHU ou solicitados pelo endereço humanitas@unisinos.br.

Informações pelo telefone 55 (51) 3590 8247.

A partir de 27 de junho de 2013 esta edição estará disponível na íntegra, no sítio, em PDF.

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“A tarefa prioritária não é mais somente ler os documentos do Vaticano II, obviamente tributários do contexto dos anos 1960[…] o principal desafio consiste hoje em aprofundar-se nas maneiras de proceder que o Concílio soube inventar”, afirma Christoph Theobald, teólogo jesuíta na edição nº dos Cadernos Teologia Pública intitulado As grandes intuições de futuro do Concílio Vaticano II: a favor de uma “gramática gerativa” das relações entre Evangelho, sociedade e igreja.

De acordo com Theobald, “Para seguir o trabalho eclesiogenético que acaba de ser traçado, é preciso, pois, inspirar-se numa maneira de proceder que se enraíze firmemente no modus agendi do próprio Cristo e de seus apóstolos, tal como foi retraçado na segunda parte de Dignitatis humanae”.

Christoph Theobald é Professor de Teologia Fundamental e Dogmática nas faculdades jesuítas do Centre Sèvres (Paris), também é diretor da revista Recherches de Science Religieuse e colaborador em diversas redes de reflexão teológica. Dentre seus escritos, destacam-se as seguintes obras: A revelação (2002), Transmitir um Evangelho de Liberdade (2007), ambas publicadas no Brasil pelas Edições Loyola, e O cristianismo como estilo: uma maneira de fazer teologia na pós-modernidade (2007).

Os Cadernos Teologia Pública podem ser adquiridos diretamente no Instituto Humanitas Unisinos – IHU ou solicitados pelo endereço humanitas@unisinos.br

Informações pelo telefone (51) 3590 8247.

A partir de 21 de junho de 2013 esta edição estará disponível na íntegra, no sítio do IHU, em PDF.

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O filósofo e teólogo Søren Aabye Kierkegaard , nasceu em 5 de maio de 1813 na cidade de Copenhague, na Dinamarca. Seus trabalhos falam sobre o existencialismo, a maneira que cada indivíduo deve viver, a questão do comprometimento pessoal, a ética cristã e as instituições da Igreja.

A Revista IHU On-Line nº 418 celebra o bicentenário de Kierkegaard e seu pensamento. O teólogo Márcio Gimenes de Paula aborda o tema das críticas de Kierkegaard ao cristianismo, dizendo que a experiência do cristianismo era algo “humanamente impossível”. Jonas Roos, por sua vez, afirma que “O tornar-se cristão não é um tema entre outros na obra de Kierkegaard, mas o núcleo de seu pensamento, o fio vermelho, por assim dizer, que atravessa toda a sua obra”.

A IHU On-Line também entrevistou Álvaro Valls, professor titular do PPG de Filosofia da Unisinos, Jacob Howland, do departamento de Filosofia da Universidade de Tulsa, nos Estados Unidos,  Poul Lübcke, que leciona na Universidade de Copenhague, entre outros.

Tenha acesso a Revista IHU On-Line, de forma impressa no campus da Unisinos São Leopoldo ou de maneira virtual clicando no link.

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“A hospitalidade não deve ser vista somente como a aceitação da diferença, mas também como um aprendizado que esse contato proporciona para ambos”.

O Rio Grande do Sul é o estado com o maior número de reassentados do país. São 250 pessoas vindas do Afeganistão, Colômbia e Paquistão que residem atualmente em 13 municípios gaúchos.

Os deslocamentos forçados de seres humanos se devem a uma série de fatores: Discordâncias ideológicas, guerras, fome, perseguições religiosas ou racismo. Seja como for, cada vez mais pessoas expostas a essas situações se vêem levadas a deixar seus países e a procurar proteção em outro lugar.

Nesse sentido, a edição nº 186 dos Cadernos IHU ideias, intitulada A hospitalidade frente ao processo de reassentamento solidário aos refugiados, de autoria de Joseane M. Schuck Pinto, aluna da especialização em Direito da Unisinos.

Sobre a hospitalidade, fator segundo a pesquisadora, fundamental para esse processo, ela afirma que, “De acordo com Derrida, a lei da hospitalidade aparece como uma lei paradoxal, uma vez que a regra que determina a submissão do estrangeiro às leis do país anfitrião deveria também resguardar o respeito por e a aceitação de sua diferença por meio de uma ‘ética da hospitalidade’”.

Em sua pesquisa Joseane analisa a importância do papel da Associação Antônio Vieira – ASAV e de seu vínculo com o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados – Acnur e com o Comitê Nacional para os Refugiados – Conare. Sobre isso, se diz:

“Dessa forma, ao vislumbrar o papel desempenhado pela ASAV, no que tange ao reassentamento solidário dos refugiados, resta configurada que sua atuação está galgada na ética da hospitalidade, da tolerância, do respeito ao outro, proporcionando-lhes novamente à cidadania que lhes foi retirada”.

Mesmo o Brasil sendo um país que abre fronteiras, ele “urge a necessidade de estabelecer políticas públicas que garantam questões tais como moradia, educação básica, serviço de saúde pública e emprego, pois o Estado pela sua própria natureza tem a função de fomentar políticas públicas que visem à inclusão social”.

Os Cadernos IHU ideias podem ser adquiridos diretamente no Instituto Humanitas Unisinos – IHU ou solicitados pelo endereço humanitas@unisinos.br.

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A partir de 18 de maio de 2013 esta edição estará disponível na íntegra, no sítio do IHU, em formato PDF.

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Encontrar outros caminhos e maneiras de ensinar, não validar apenas pensamentos prontos e voltados para grupos e com isso formar muito mais do que somente profissionais para um mercado de trabalho que visa cada vez mais a eficiência de seus empregados. Segundo o economista italiano Stefano Zamagni na edição nº 185 dos Cadernos IHU ideias, é esta a missão das universidades católicas na atualidade.

Uma renovação de sua própria identidade e dos três princípios fundamentais que sempre estiveram presentes nas instituições católicas: O dom como gratuidade, a geratividade e a reciprocidade. Portanto, os saberes deveriam ser muito mais e melhor compartilhados do que são hoje. Será que estamos muito longe dessa realidade na academia?

Quanto desse compartilhar recíproco, de uma busca realmente verdadeira pelo saber ainda os que existe nos campi universitários? Ou tudo tomou um caminho tão fortemente enviesado na visão economia que não seria mais possível retroceder? Sobre isso, Zamagni propõe, “Se queremos que a universidade seja uma comunidade tanto de estudantes quanto de docentes, precisamos encontrar formas práticas de implementar o princípio da reciprocidade.”

Impedir que questões de caráter puramente mercantil tomem o lugar do ensino que enriquece intelectualmente os alunos. O economista também comenta que hoje em dia quase não existem mais professores no sentido clássico do termo, pois este ser professor acaba implicando em deixar nos alunos um tom questionador e, no ponto de vista das instituições já altamente inseridas nesse tipo de pensamento globalizado, pouco útil. Já o instrutor seria algo bem mais próximo do racionalismo instituído nas universidades.

Surgida na Renascença, a universidade (studium) era instrumento de busca da verdade em contraponto ao poder do império. No século XVI, tornou-se fonte de ensino de estratégias militares. Séculos depois, nos Estados Unidos, se rende a ótica da economia e do lucro e desde então perdeu muito de sua real identidade servindo à sociedade e às empresas como fonte de mão de obra especializada.

Zamagni frisa que vivemos um jogo dentro dos centros de ensino. Jogo este que é baseado na competição e nunca na cooperação, “Por que os pesquisadores estão jogando um jogo competitivo ao invés de um jogo cooperativo? Por causa da eficiência que hoje em dia se tornou o novo Deus. Olhemos para o que está acontecendo na atual crise financeira. Para estimular a eficiência, criou-se um jogo altamente competitivo. Em termos técnicos, falamos sobre competição posicional, e não sobre competição cooperativa.”

Usando o mito de Ulisses, que se amarrou ao mastro do navio para não ser afetado pelo canto das sereias, ilustra a racionalidade que está instaurada na universidade moderna e a participação de Orfeu com sua lira na jornada de Jasão em busca do velocínio de ouro, pois com sua música pôde neutralizar o efeito do canto das sereias, Stefano mostra que o pensamento que temos a respeito de como as universidades deveriam ser é totalmente diferente do que ela realmente é, por essa razão é necessário que haja uma reformulação desse modelo.

Os Cadernos IHU ideias podem ser adquiridos diretamente no Instituto Humanitas Unisinos – IHU ou solicitados pelo endereço humanitas@unisinos.br.

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A partir de 5 de maio de 2013 esta edição estará disponível na íntegra, no sítio do IHU, em formato PDF.