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Faz parte da natureza da doença mental a perda dos laços sociais. Muitas vezes, o doente é excluído da sociedade pela própria família em hospícios ou até mesmo em casa, tornando como maior desafio a (re)construção das redes de sociabilidade do paciente. O que muitos se esquecem de considerar é que, em diversos casos, o ambiente e as redes sociais em que o doente se encontra podem ser as melhores maneiras de recuperação.

É disso que fala o texto “Redes sociais e enfrentamento do sofrimento psíquico: sobre como as pessoas reconstroem suas vidas” do professor e doutor Breno Augusto Souto Maior Fontes no “Cadernos IHU Ideias”, publicação do Instituto Humanitas Unisinos- IHU.

O professor Breno explica a importância das redes sociais em entrevista à IHU On-Line: “pessoas com transtorno mental podem acionar apoio (de diversos tipos) a partir de suas redes. O que significa que há uma chance de pessoas com redes mais densas terem mais capacidade de enfrentamento de seus problemas decorrentes do adoecimento”.

Não deixe de conferir esta edição!

Uma Igreja e dois ritos

Em 28 julho, 2011 Comentar

O teólogo italiano Andrea Grillo, na edição mais recente dos Cadernos Teologia Pública, nº 56, publicados pelo Instituto Humanitas Unisinos – IHU, analisa detidamente a recente Instrução Universae Ecclesiae da Comissão Ecclesia Dei, destinada a dar uma “correta interpretação e a reta aplicação” do motu proprio, que autorizava o “uso da Liturgia Romana em vigor no ano de 1962”, ou seja, a missa pré-conciliar.

Em seu texto intitulado Igreja Introvertida: Dossiê sobre o Motu Proprio “Summorum Pontificum”, Grillo, que também é doutor em teologia pelo Instituto de Liturgia Pastoral de Pádua, afirma que compete ao teólogo “examinar criticamente cada expressão da fé eclesial: respeito crítico e crítica respeitosa fazem parte de seu instrumentário obrigatório”. Por isso, a coletânea de artigos “quer contribuir para este fim, para que amadureça a consciência eclesial em torno ao delicado problema da ‘unidade do rito romano’ que o Motu Proprio e a recente Instrução submetem a um estresse muito grave e muito perigoso”.

A partir da afirmação da Universae Ecclesia de que existem “duas formas da Liturgia Romana, definidas respectivamente ordinária e extraordinária”, ou “dois usos do único Rito Romano, que se põem um ao lado do outro”, o professor do Pontifício Ateneu S. Anselmo afirma que se confeccionou, assim, “uma teoria da relação entre rito romano e diversos usos, a qual parece ser, ao mesmo tempo, teoricamente bastante arriscada e praticamente muito perigosa”.

Por outro lado, segundo Grillo, os oficiais da Cúria Romana que propuseram as modificações são constrangidos muitas vezes a uma “vida de escritório”, que os impede de ter relação com comunidades eclesiais “reais”. Assim, explica, “para exercer uma prestigiosa função de poder e de serviço, acabam por celebrar quase sempre a eucaristia ‘sem povo'”.

Nesse sentido, adverte, “somente homens com tal formação (deformada) podem conceber, atender e firmar documentos que começam a fala da eucaristia a partir da ‘missa sem povo'”. Embora essa categoria possa servir para padres e bispos “antropologicamente marcados pela vida curial”, para todo o resto da Igreja, os 99,90%, é uma categorização “irrelevante ou preocupante, ou mesmo perturbadora”, resume.

A edição impressa do Cadernos Teologia Pública nº 56 já está disponível no IHU e na Livraria Cultural. Sua versão online estará disponível no sítio do IHU, a partir do dia 11 de agosto, no formato PDF.  Mais informações, escreva para humanitas@unisinos.br.

Para ler mais:

Uma Igreja e dois ritos

Em 28 julho, 2011 Comentar

O teólogo italiano Andrea Grillo, na edição mais recente dos Cadernos Teologia Pública, nº 56, publicados pelo Instituto Humanitas Unisinos – IHU, analisa detidamente a recente Instrução Universae Ecclesiae da Comissão Ecclesia Dei, destinada a dar uma “correta interpretação e a reta aplicação” do motu proprio, que autorizava o “uso da Liturgia Romana em vigor no ano de 1962”, ou seja, a missa pré-conciliar.

Em seu texto intitulado Igreja Introvertida: Dossiê sobre o Motu Proprio “Summorum Pontificum”, Grillo, que também é doutor em teologia pelo Instituto de Liturgia Pastoral de Pádua, afirma que compete ao teólogo “examinar criticamente cada expressão da fé eclesial: respeito crítico e crítica respeitosa fazem parte de seu instrumentário obrigatório”. Por isso, a coletânea de artigos “quer contribuir para este fim, para que amadureça a consciência eclesial em torno ao delicado problema da ‘unidade do rito romano’ que o Motu Proprio e a recente Instrução submetem a um estresse muito grave e muito perigoso”.

A partir da afirmação da Universae Ecclesia de que existem “duas formas da Liturgia Romana, definidas respectivamente ordinária e extraordinária”, ou “dois usos do único Rito Romano, que se põem um ao lado do outro”, o professor do Pontifício Ateneu S. Anselmo afirma que se confeccionou, assim, “uma teoria da relação entre rito romano e diversos usos, a qual parece ser, ao mesmo tempo, teoricamente bastante arriscada e praticamente muito perigosa”.

Por outro lado, segundo Grillo, os oficiais da Cúria Romana que propuseram as modificações são constrangidos muitas vezes a uma “vida de escritório”, que os impede de ter relação com comunidades eclesiais “reais”. Assim, explica, “para exercer uma prestigiosa função de poder e de serviço, acabam por celebrar quase sempre a eucaristia ‘sem povo'”.

Nesse sentido, adverte, “somente homens com tal formação (deformada) podem conceber, atender e firmar documentos que começam a fala da eucaristia a partir da ‘missa sem povo'”. Embora essa categoria possa servir para padres e bispos “antropologicamente marcados pela vida curial”, para todo o resto da Igreja, os 99,90%, é uma categorização “irrelevante ou preocupante, ou mesmo perturbadora”, resume.

A edição impressa do Cadernos Teologia Pública nº 56 já está disponível no IHU e na Livraria Cultural. Sua versão online estará disponível no sítio do IHU, a partir do dia 11 de agosto, no formato PDF.  Mais informações, escreva para humanitas@unisinos.br.

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Afinal, Paulo era contra a mulheres? É a essa questão que o teólogo suíço Daniel Marguerat, professor emérito de Novo Testamento da Universidade de Lausanne, na Suíça, se dirige na edição 55 dos Cadernos Teologia Pública, publicados pelo Instituto Humanitas Unisinos – IHU.

No início deste ano, Marguerat esteve presente na Unisinos para a programação da Páscoa IHU 2011,

Seu texto, intitulado São Paulo contra as mulheres? Afirmação e declínio da mulher cristã no século I, busca analisar a “reputação antifeminista de Paulo”, que hoje já é “praticamente definitiva: com o tempo ela adquiriu, por assim dizer, o estatuto de um artigo de fé”.

Portanto, sob o viés de uma leitura feminina de suas cartas, quem é São Paulo: “o líder de uma utopia libertária ou o utensílio de um conservadorismo rasteiro?”. Para Marguerat, presidente da Studiorum Novi Testamenti Societas e da Federação das Faculdades de Teologia de Genebra-Lausanne-Neuchâtel, não se pode aceitar os dois, ou diferenciá-los cronologicamente, pois isso seria atribuir-lhe uma dupla moral. Já “remeter o apóstolo a suas duas culturas, a judaica e a grega, dilacera a pessoa”.

“Meu ponto de vista é que não se pode retirar de Paulo a paternidade consciente de nenhum dos dois polos; seu pensamento está, pois, em forte tensão. O homem é dividido. Creio que Paulo, porém, com esta dupla posição vale mais do que sua reputação”, afirma o teólogo.

A edição impressa do Cadernos Teologia Pública nº 55 está disponível no IHU e na Livraria Cultural. Sua versão online estará disponível no sítio do IHU, a partir do dia 5 de agosto, no formato PDF. Mais informações, escreva para humanitas@unisinos.br.

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Inclusão e Biopolítica

Em 23 novembro, 2010 Comentar

As palavras somente ganham significado dentro de uma estrutura relacional que as confere sentido, possibilitando desta forma tornarem-se conceitos, explicativos da realidade. Assim, não é diferente com os conceitos de inclusão, exclusão e biopolítica problematizados no Cadernos IHU Ideias,  nº 144, intitulado Inclusão e Biopolítica, produto dos debates do Grupo de Estudo e Pesquisa em Inclusão (GEPI) da Unisinos coordenado pela professora Dra. Maura Corcini. Na abordagem aqui apresentada, esta temática materializa-se nos estudos em relação ao cotidiano escolar, procurando apontar quais são os limites e as possibilidades da inclusão de pessoas portadoras de necessidades especiais.

Os Cadernos IHU ideias podem ser adquiridos na Livraria Cultural, no Campus da Unisinos, ou pelo endereço livrariaculturalsle@terra.com.br. Informações pelo fone 55 (51) 3590 4888.

A partir do dia 06/12/2010 a edição estará disponível  em PDF, no sítio do IHU.