Arquivos da categoria ‘Publicações’

Curar um mundo ferido

Em 15 dezembro, 2011 Comentar
Os Cadernos IHU estão com publicação nova. Com o título de “Curar um mundo ferido”, o caderno apresenta um relatório especial sobre ecologia produzido pelo Secretariado de Justiça Social e Ecologia da Companhia de Jesus.
.
Sabendo que vivemos “num momento de ampla destruição do meio ambiente, que ameaça o futuro do nosso planeta” e que “não podemos permanecer indiferentes”, esse relatório propõe meios para que examinemos “nossa vida pessoal, nossos estilos comunitários e nossas práticas institucionais”.
.
Patxi Álvarez, diretor do Secretariado, afirma que a principal mudança que deve acontecer para preservar o planeta é no coração das pessoas. Ele diz que devemos “confrontar nossas resistências interiores, lançar um olhar agradecido para a criação, deixar-nos tocar o coração pela realidade ferida, adquirir um compromisso pessoal e comunitário, introduzir mudanças em nosso estilo de vida e trabalho com decisão no âmbito cultural, institucional e político”.
.
“Está em tempo de proteger esta criação ferida. Cabe-nos contribuir com o nosso grãozinho de areia”, complementa.
.
Os Cadernos IHU podem ser adquiridos na Livraria Cultural e/ou humanitas@unisinos.br e estará disponível em formato PDF a partir de 09-01-2012 no sítio do Instituto Humanitas Unisinos – IHU.

.

Para ler mais:

Stefano Zamagni escreve mais uma vez para o Cadernos IHU Ideias. A mais recente publicação do economista italiano tem como título “A ética católica e o espírito do capitalismo”.
.
“Nesse ensaio fixarei a atenção sobre a ética católica em sua relação com o assim chamado espírito do capitalismo, com o intento de dar resposta a um tríplice questionamento. Primeiro, em que sentido preciso se pode sustentar que a ética católica é válida para nutrir e informar por si o espírito do capitalismo? Segundo, que significado (e que valor) atribuir ao amplo e vivaz debate a propósito da tese de Max Weber sobre o nexo entre ética protestante e espírito do capitalismo? Enfim, por que, em tempos recentes, readquiriu atualidade a pesquisa, tanto histórica quanto econômica, que se ocupa em mensurar a relevância da cultura na obtenção dos resultados econômicos e, mais especificamente, em estudar o impacto das crenças religiosas sobre o progresso civil e econômico de um país ou de uma comunidade?”, questiona o autor.
.
Ficou curioso? A publicação já pode ser adquirida na Livraria Cultural, no Campus da Unisinos, ou pelo endereço livrariaculturalsle@terra.com.br. Dentro de um mês, também ficará disponível para download em PDF no sítio do Instituto Humanitas Unisinos – IHU.
.
Stefano Zamagni é professor da Universidade de Bolonha, na Itália e vice-diretor da sede italiana da Johns Hopkins University. Desde 2007, é presidente da Agência para as Organizações Não Lucrativas de Utilidade Social- Onlus, entidade do governo italiano responsável pelas associações sem fins lucrativos.

Foi publicada nessa semana a 158º edição do “Cadernos IHU Ideias”. O texto é de Omar Lucas Perrout Fortes de Sales, sob o título de “Passemos para a outra margem”: da homofobia ao respeito à diversidade.
.
Omar é bacharel em Filosofia e Teologia, mestre em Teologia Moral e, atualmente, é doutorando em Teologia Sistemática pela Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia (FAJE).
.

Como ponto de partida para essa reflexão, Omar cita Narciso, figura da mitologia grega, que tinha aversão ao que não refletia seus traços. Transferindo esse conceito de “eu narcísico” para a filosofia contemporânea, percebe-se o ponto de partida para o preconceito, a incapacidade de aceitar pessoas diferentes de si.
.
“O presente texto visa estabelecer uma aproximação inicial ao complexo universo da intolerância velada e exposta, cultivada e direcionada àqueles e àquelas que protagonizam a existência da diversidade sexual e constituem alvo de homofobia”, diz o autor.
.
A publicação pode ser adquirida na Livraria Cultural, no Campus da Unisinos, ou pelo endereço livrariaculturalsle@terra.com.br. Dentro de um mês, também ficará disponível para download em PDF no sítio do Instituto Humanitas Unisinos – IHU.

.

Para ler mais:

Em seu artigo Perdendo e encontrando a criação na tradição cristã, publicado na edição 57 dos Cadernos Teologia Pública, publicação do Instituto Humanitas Unisinos – IHU, a teóloga norte-americana Elizabeth A. Johnson, CSJ parte da ideia de que, “durante os últimos 500 anos, o valor religioso da Terra não foi um assunto de teologia, pregação ou educação religiosa”.

Professora da Fordham University, de Nova York, Johnson afirma que “o mundo natural foi amplamente ignorado como um assunto de formação e educação religiosa, seja catequética ou escolar”. Mas nos outros três quartos da história cristã, “a criação esteve ativamente presente como uma parte intrínseca da reflexão teológica”.

Porém, apesar de toda essa herança, depois da Reforma, “nem os católicos nem a teologia protestante continuaram a incluir a Terra como assunto de interesse”, diz a teóloga, doutora em teologia pela Catholic University of America. “Em vez disso, eles focaram em Deus e no ser humano, deixando o mundo natural de lado”, explica. Assim, “o avanço da modernidade viu a criação escapar do ponto de vista de um assunto de reflexão vigorosa e criativa”, afirma.

Hoje, portanto, a teologia se sente novamente desafiada a se aproximar da ciência contemporânea, que “está descobrindo um mundo natural que é surpreendentemente dinâmico, orgânico, auto-organizado, indeterminado, arriscado, sem limites e aberto para o desconhecido”.

Mas, segundo a teóloga é preciso perceber que “a injustiça social tem uma face ecológica”, que também coincide com a subordinação das mulheres. Por isso, “o sexismo também tem uma face ecológica, e as consequências devastadoras da destruição da Terra não podem ser completamente tratadas até que o sistema patriarcal seja encarado como um todo”.

Segundo Johnson, “precisamos entender que a destruição desse vibrante e complexo mundo natural é equivalente a um sacrilégio”. E convoca: “Vamos soar os tambores e buscar encontrar a Criação, essa grande aventura religiosa intelectual desta geração, porque é absolutamente uma questão de vida ou morte”.

Johnson também é autora da edição nº 51 dos Cadernos Teologia Pública, intitulado O Deus vivo em perspectiva cósmica.

Para ler mais:

Civilizar a economia

Em 3 outubro, 2011 Comentar

Acaba de sair a nova edição do “Cadernos IHU ideias”, com um artigo do economista italiano Stefano Zamagni.

Sob o título de Civilizar a economia: o amor e o lucro após a crise econômica”, o autor logo de início indaga: “há lugar para a categoria do dom como gratuidade no âmbito do discurso e da prática da economia? Ou esta última está ‘condenada’ a falar a linguagem e, por isso, a ocupar-se somente de eficiência, lucro, competitividade, desenvolvimento e, no máximo, de justiça distributiva?”

.A grande questão que Zamagni levanta é o sentimento de humanidade que muitas vezes é esquecido no campo da economia. Instituições filantrópicas são consideradas suficientes para a “assistência social aos segmentos mais fracos e marginalizados da população”, tratando essas pessoas como meros objetos, dando-lhes o mínimo para sobreviver.
.
“A mensagem central é, portanto, a de pensar a caridade e, por conseguinte, a fraternidade como marca da condição humana, vendo no exercício do dom gratuito o pressuposto indispensável a fim de que o Estado e o mercado possam funcionar tendo em vista o bem comum”, diz Zamagni.
.
Stefano Zamagni é professor da Universidade de Bolonha, na Itália e vice-diretor da sede italiana da Johns Hopkins University. Desde 2007, é presidente da Agência para as Organizações Não Lucrativas de Utilidade Social- Onlus, entidade do governo italiano responsável pelas associações sem fins lucrativos.
.
Ficou com vontade de ler mais? O artigo estará disponível no sítio do Instituto Humanitas Unisinos- IHU a partir do dia 14/10/2011 em formato PDF. A versão impressa já está disponível na Livraria Cultural da Unisinos ou pelo e-mail humanitas@unisinos.br.

.

Para ler mais: