Arquivos da categoria ‘Opinião’

Em 1996, em um mosteiro situado nas montanhas da Argélia, oito frades católicos franceses vivem em harmonia com a comunidade muçulmana local, até esta relação ser interferida por ameaças de um grupo fundamentalista. A situação faz com que o exército ofereça proteção aos monges que, ao escolherem continuar sua missão, assumem os riscos e recusam serem protegidos.

O desenrolar dessa história acontece em “Homens e Deuses”, filme dirigido pelo francês Xavier Beauvois, que tem gerado reações e opiniões diversas pelo mundo todo.

O sítio do Instituto Humanitas UnisinosIHU tem destacado o filme com a publicação de um amplo material.

Hoje publicamos um breve comentário do psicólogo e doutor em Educação, Alfredo Jerusalinsky:

“Sobre o campo de miséria, medo e humilhação, semeado pelo colonialismo e a brutalidade perversa da OAS (organização paralela e ilegal do exército francês que desdobrara em Argélia uma cruel repressão terrorista) grupos humanos extremadamente divergentes tentam não somente sua sobrevivência, mas também manter sua dignidade mediante uma aderência absoluta a seus respectivos princípios. Os deuses se multiplicam e as crenças se tornam atos. Um clima social em que todos são inimigos de todos até que alguém demonstre o contrário. É precisamente isso o que se propõem a demonstrar um pequeno grupo de padres missionários franceses de admirável inspiração ecumênica. Embora atravessados pelo pavor demonstram, na decisão de não abandonar o povo que confia neles, como os mais valiosos laços humanos podem conquistar sua consistência nas formas mais diversas do discurso. E, sobre tudo, sua decisão sacrificial, coloca em evidência até que ponto a fé não precisa ser cega.”

Para ler mais:

[kml_flashembed movie="http://www.youtube.com/v/OK8OjsHstx0" width="425" height="350" wmode="transparent" /]

Impressões de Cuba

Em 27 abril, 2011 Comentar

Vanderlei Backes, irmão jesuíta, viveu vários meses em Cuba, desde o final do ano passado. Ele acaba de voltar e, ao ler a nota “Reformas aprovadas em Cuba levarão tempo para vigorar“, comunica as suas impressões da estadia naquele país.

Eis a nota.

Efetivamente, Cuba vive um momento político e social muito grave. Um dos problemas mais graves, socialmente, é falta de alimentos disponíveis para a compra. Há uma excassez de oferta. De forma generalizada e progressiva está sendo diminuída a distribuição de alimentos(ração) pela “caderneta” . O salário mínimo está em torno de U$12,00 (doze dólares) mensais. Como política econômica, o estado está permitindo a “iniciativa privada” ( cuenta propistas) que é autorização e incentivo para que os cubanos iniciem por sunta própia algum negócio. Esta iniciativa em muito casos está fadada ao fracasso por que, por exemplo, quem quer iniciar um Paladar (vender comida) irá encontrar muita dificuldade pelo fato de não encontrar oferta de alimentos no mercado oficial. Tudo é extremamente controlado.

Tendo vivido seis meses em Cuba, recentemente, posso dizer que vejo as iniciativas sem muita esperança e consequentemente o povo cubano continuará sofrendo ( sem poder se manifestar) enquanto este regime comunista, e estes ditadores estiverem no governo da linda e encantadora ilha caribenha.

Página de origem

Entre o dia 14 a 18 de outubro, mais de 165 leitores do Instituto Humanitas Unisinos – IHU assinaram o “Manifesto de Cristãos e cristãs evangélicos/as e católicos/as em favor da vida e da vida em Abundância”, divulgado no sítio e no blog do IHU.

O Manifesto, com mais 674 assinaturas, foi entregue, na noite de ontem, no Teatro Casa Grande, no Rio de Janeiro, a Dilma Rousseff.

Dom Tomás Balduíno, bispo emérito de Goiás e presidente honihário da CPT nacional assinou o manifesto. Em entrevista para a IHU On-Line, Balduíno afirmou que  “a questão não é o amor à Dilma, mas o ódio ao projeto de Serra. A opção por Dilma é simbólica, o significado da opção por Dilma é o mesmo de Lula, é a possibilidade da caminhada dos Sem Terra, dos negros, dos índios sem repressão”.

A postagem publicada no dia 14 em nosso Blog surtiu diversos comentários dos leitores. O leitor Izair de Souza concorda e apoia este manifesto. ” Como diz um velho ditado: A união faz a força”, afirma.

“Concordo com o manifesto. Não estamos elegendo o Papa e nenhum bispo. O Estado é laico e precisa garantir a liberdade religiosa, as expressões religiosas de qualquer cultura, inclusive a afro. Respeito à pessoa como pessoa e não como objeto de manipulação”, afirma Maria.

O Padre Joselio de Azevedo afirma: “Voto em Dilma. Vamos em frente para um Brasil de vida e dignidade humana”. Para a leitora Cleusa Canuto o manifesto deveria ser lido no Horário Político, “com a citação de muitos nomes quem presa pelo dialogo ecumênico e inter-religioso” e critica: “A imprensa diz que o PT está aniquilando o direito a liberdade de imprensa. E eles o que fazem? Usam a imprensa de uma maneira sórdida e mesquinha para atingir pessoas que não conseguem obter informações por outros meios.Que não buscam descobrir a verdade e repete tudo que é dito como papagaios sem nenhuma fundamentação. É por isso que no dia 31 eu votarei 13, pois quero contribuir para a história do crescimento do Brasil”.

Assinam o manifesto, entre ouros, D. Tomás Balduíno, Pedro Casaldáliga, Jether Ramalho, Marcelo Barros, Luiz Alberto Gómez de Souza, Cândido Mendes, Chico César, Nancy Cardoso, Roberto Zwetsch, Luiz Carlos Susin, Inácio Neutzling, Frei Betto, Ivone Gebara, Ildo Perondi, Oscar Beozzo, Benedito Ferraro. Além disto, estima-se que mais de 5000 pessoas assinaram o manifesto por todo o Brasil, incluindo intelectuais e artistas, como Marilena Chauí, Emir Sader, Antonio Grassi, Chico Buarque e Barretão.

Para ler mais:

Face às transformações vivenciadas pelas sociedades quanto à troca de informações e conhecimento impulsionada pelos avanços das tecnologias ligadas à comunicação, resta uma pergunta: Como garantir que estes conteúdos não sejam apenas mera distração, mas, ao contrário, carreguem um potencial reflexivo? A resposta para tal questionamento é a que se dedica a mestranda em Ciências da Comunicação da Unisinos Ana Maria Oliveira Rosa, nos Cadernos IHU ideias nº 135, cujo título da publicação As redes e a construção de espaços sociais na digitalização já nos chama a atenção ao potencial articulador e questionador das redes organizadas ao redor dos novos espaços de interação, proporcionados pelas tecnologias da comunicação.

Os Cadernos IHU ideias podem ser adquiridos na Livraria Cultural, no Campus da Unisinos, ou pelo endereço livrariaculturalsle@terra.com.br. Informações pelo fone 55 (51) 3590 4888
A versão em PDF estará disponível no dia 02 de julho.

Para conhecer esta e outras publicações do Insituto Humanitas Unisinos -IHU clique aqui.

Clovis Lugon é um velho conhecido para quem, nos anos 1970, leu com entusiasmo o livro “A República Comunista e Cristã dos Guarani”.

Agora a Editora Expressão Popular publica um livro, posterior, de Clovis Lugon. Trata-se do livro “La République des Guaranis – les Jésuites au pouvoir”. O título em portugues é: A República Guarani.

A tradução é de Alcy Cheuyche, escritor gaúcho e grande entusiasta da experiência missioneira.

O prefácio da edição francesa é de Henri-Charles Desroches. Ele inicia o prefácio com uma pergunta:

“Este livro de Clovis Lugon defende uma tese que alguns julgarão um paradoxo.A República Guarani poderia ter sido simultaneamente comunista e cristã?”. Para Desroches, “a experiência da República Guarani é uma dessas experiências que a história necessita entender”.

A apresentação da edição brasileira é de Antonio Cechin, irmão marista, e assíduo colaborador do Instituto Humanitas Unisinos – IHU. Antonio Cechin recorda que neste ano, 2010, comemoramos os 10 anos do Fórum Social Mundial e o quarto centenário das Missões Jesuíticas do Paraguai.

A revista IHU On-Line desta semana publicará uma resenha do livro feita por Antonio Cechin.

O livro recém publicado é um bom subsídio para o XII Simpósio Internacional IHU Experiência Missioneira: Território, Cultura e Identidade, a ser realizado de 25 a 28 de outubro, na Unisinos.