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Tramita no Congresso o projeto de Lei 4.330 que pretende regularizar o mecanismo da terceirização. Na opinião dos sindicatos, a terceirização precariza as condições de trabalho, aumenta número de acidentes e adoecimentos, reduz salários, amplia a jornada de trabalho, aumenta a rotatividade e desrespeita direitos trabalhistas. Os trabalhadores terceirizados sofrem ainda com os empecilhos à criação de identidades coletivas nos locais de trabalho. Segundo os sindicatos, a regulamentação das relações de trabalho enfraquece a capacidade de organização coletiva dos trabalhadores e de seus sindicatos.

Movimento contra a regulamentação da terceirização lançou um “Manifesto em defesa dos direitos dos trabalhadores ameaçados pela Terceirização” e um abaixo-assinado.

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Manifeste-se, assine aqui:

Desde que a internet foi inserida na sociedade e vista como o local onde melhor pode-se utilizar da liberdade de expressão e também encontrar auxílio para o trabalho, é muito difícil ficar sem ela. Apesar disso, os últimos fatos ocorridos tentam nos afastar de tantas coisas que eram práticas e que, agora, não são mais possíveis, como baixar músicas, procurar por filmes ou pesquisar sobre assuntos extremamente interessantes. O motivo disso tudo é que os Estados Unidos exige o direito autoral para qualquer armazenamento de conteúdo na internet. O projeto da SOPA Stop Online Piracy Act (em tradução livre, Lei de Combate à Pirataria Online) – que já foi citado aqui no blog surgiu como um projeto de lei da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos com o intuito de ampliar os meios legais para que detentores de direitos do autor possam combater o tráfico online de propriedade protegida e de artigos falsificados.

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O projeto tem sido objeto de discussão entre seus defensores e opositores, principalmente após o encerramento do site Megaupload e a prisão decretada de seu dono pelo FBI. Seus proponentes afirmam que proteger o mercado de propriedade intelectual e sua indústria leva a geração de receita e empregos, além de ser um apoio necessário nos casos de sites estrangeiros, mas há uma grande polêmica quanto ao assunto no mundo inteiro. Aqui, no Brasil, a população não consegue acessar alguns sítios devido ao acontecimento, assim como outros países também foram atingidos, pois há muitas pessoas que necessitam dos serviços dos sítios. O tema é muito debatido, mas nenhum dos sítios voltou a funcionar normalmente. Enquanto aguardamos alguma resposta, podemos conferir a opinião de pessoas que melhor entendem dessa lei.

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É o caso do mestre em Administração, Vicente Aguiar, que mostra o quanto somos dependentes tecnologicamente das soluções que são oferecidas nos Estados Unidos. Para ele, hoje, tudo o que impacta nos Estados Unidos em termos de internet, acaba também impactando para o mundo de uma forma muito intensa. “Precisamos usar os princípios de liberdade de expressão e de colaboração que a internet permite, potencializar esse processo democrático, e não o contrário, proibindo e impedindo como, às vezes, está acontecendo em nome da preservação de um direito autoral, que muito mais castra o poder criativo da sociedade do que o potencializa”, defende.

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Confira a entrevista na íntegra.

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Por Luana Taís Nyland

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Para ler mais:

Evite as sacolas plásticas!

Em 11 fevereiro, 2012 Comentar

Em São Paulo foi criada uma lei que proíbe a utilização de sacolinhas plásticas nos supermercados e isso causou diferentes opiniões. Há quem fique indignado, há quem concorde e há também quem não entende nada sobre o assunto. As sacolas plásticas vinham sendo utilizadas em larguíssima escala e, na maioria das vezes sem a menor necessidade (para carregar um litro de leite apenas, por exemplo, muita gente chegava a usar até duas sacolas). Dessa maneira, criou-se a lei de proibição das sacolas plásticas nos supermercados, com intuito de fazer o bem ao meio ambiente. Cada um deve fazer a sua parte e colaborar com a natureza, mas algumas pessoas ainda têm dúvidas sobre a verdadeira importância dessa lei para a natureza.

Com isso, a coordenadora do programa Tecnosociais do Instituto Humanitas Unisinos, Célia Maria Teixeira Severo, explicou e opinou sobre o assunto.

“Infelizmente, a utilização de sacolas plásticas já está incorporada na nossa rotina como algo normal, corriqueiro. Produzidas a partir de plástico filme (PEBD), elas não são biodegradáveis e levam séculos para se decompor na natureza, tornando cada um de nós, consumidores(as), um(a) colaborador(a) passivo(a) de um dos vários processos de degradação ambiental. Grande parte do lixo descartado inadequadamente contribui para os alagamentos urbanos, entupindo bueiros e impedindo a passagem da água ou indo parar nos rios, que desaguam no mar, sendo que, muitas vezes, as sacolinhas são confundidas, por animais marinhos, com alimento, que as ingerem e morrem engasgados ou asfixiados. Outra perspectiva a ser considerada é a de que a produção de sacolas plásticas contribui para o aquecimento global, pois os processos de refino do petróleo e da sua fabricação consomem água, energia, liberam efluentes e emitem gases poluentes. Essas e outras tantas possibilidades poluentes desencadeadas ao despejarmos bilhões de sacolas plásticas no mundo todos os anos, transformam o plástico em um grande vilão a ser combatido. Neste contexto, como sujeitos sensibilizados para estas questões, não basta que nos preocupemos apenas com as sacolinhas de supermercado. É só observarmos nosso consumo diário para constatarmos quanto plástico é utilizado para embalar roupas, eletrodomésticos, alimentos e outros tantos produtos de uso cotidiano. Torna-se fundamental que possamos desenvolver ações de educação sobre consumo responsável, coleta seletiva, reciclagem, geração de energia e readequação da utilização dos plásticos, além de buscar alternativas que propiciem a troca por embalagens ecológicas e sustentáveis. Certamente não será uma tarefa fácil, mas é urgente e extremamente necessária. Nosso planeta agradece.”
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É importante citar que foi realizada uma entrevista especial com Luiz Jacques Saldanha, ambientalista, para a IHU On-line e será publicada no sítio do IHU dentro dos próximos dias. Confira um trecho da entrevista sobre o novo paradigma ecológico do Brasil.
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“São aqueles que vivem da compra e venda e da oferta e procura que se mobilizaram para cumprir uma decisão local. Onde está o governo federal que deveria ser o primeiro, juntamente com os governos estaduais, principalmente os que se apresentam como vanguardas políticas e sociais, buscando um novo patamar para se apresentar na tal Rio+20? Parece que o “papel” de ecologistas e progressistas ficou mesmo para o setor que simplesmente não teria este compromisso de agente de transformação social. Enfim, este é o novo paradigma ecológico que vivemos no Brasil: são as raposas que estão cuidando do galinheiro.”
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Por Luana Taís Nyland
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Para ler mais:

O mais incômodo dos hóspedes não cessa de mover nosso chão e certezas. Quais são os valores e uma ética comum a todos os seres humanos? Que espaço sobra para a solidariedade numa sociedade marcada pelo relativismo? Enfim, trata-se de mercadejo ético ou da emancipação e da salvação?

A temática do niilismo é recorrente nas edições da Revista IHU On-Line. O assunto foi abordado pela primeira vez em 2006, na edição 197, sob o título A política em tempos de niilismo ético. Que tipo de política pode surgir quando são aceitos como “menores” crimes do colarinho branco ou mesmo fraudes eleitorais?

Em 2010, diversos pesquisadores analisaram o niilismo e o relativismo de valores que vem em seu corolário.

Assim, na edição 354, a IHU On-Line intitulou-se Niilismo e relativismo de valores. Mercadejo etico ou via da emancipacao e da salvacao?. Bolhas de sabão ilustravam a capa, metaforizando a fragilidade não apenas dos valores e de nossa sociedade como um todo nas suas mais variadas instituições, mas das próprias certezas e respostas que nos norteiam. Afinal, o que há de fundamento por trás de um todo movente, no qual o horizonte foi apagado, como Nietzsche vaticinou há dois séculos?

Vinte edições mais tarde, em setembro de 2011, trouxemos à discussão o legado do filósofo jesuíta Henrique Cláudio de Lima Vaz, analisando seu sistema como uma resposta ao niilismo ético. Para o filósofo Rubens Godoy Sampaio, em toda sua obra de estrutura triádica, Lima Vaz promove uma invectiva contra o niilismo, procurando superá-lo.

Mais do que respostas prontas e acabadas, é preciso aceitar a provocação nietzschiana contida na epígrafe do quinto livro da Gaia Ciência, de autoria do General Turénne: “Tremes, carcaça? Tremerias ainda mais se soubesses onde vou te levar”. Não ficarmos paralisados frente ao incerto, ao desconhecido, ao erro e ao comodismo. Ao invés do pessimismo schopenhaueriano, a afirmação incondicional da vida e de suas facetas luminosas e sombrias. Numa época de contornos borrados, cabe a cada sujeito ajuda a redesenhar o horizonte.

Por Márcia Junges

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O primeiro jogo de futebol no Brasil foi realizado em 15 de abril de 1895 entre funcionários de empresas inglesas que atuavam em São Paulo. Os funcionários também eram de origem inglesa. Este jogo foi entre Funcionários da Companhia de gás X CIA. Ferroviária São Paulo RAILWAY. O primeiro time a se formar no Brasil foi o SÃO PAULO ATHLETIC, fundado em 13 de maio de 1888. No início, o futebol era praticado apenas por pessoas da elite, sendo vedada a participação de negros em times de futebol. Em 1950, a Copa do Mundo foi realizada no Brasil, sendo que a seleção brasileira perdeu o título, em pleno Maracanã, para a seleção Uruguaia (Uruguai 2 x 1 Brasil). Em 2014, a Copa do Mundo de Futebol será realizada novamente no Brasil, mas será que futebol tem sido motivo de prestígio ou de rancor para a população brasileira?

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É verídico que muitos torcedores idolatram os times brasileiros e desocupam-se de seus afazeres para assistir aos jogos de futebol, seja no estádio ou em casa. Os clubes brasileiros têm atraído torcedores de todos os estados e mobilizado sócios a cada notícia que aparece na mídia. Ocorre que, enquanto torcem pelos seus times e vibram pela escolha dos estádios que irão sediar a COPA de 2014, muitos não têm informações sobre as implicações sociais.
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Para o jornalista e escritor Ruy Castro, jornalista, tradutor e escritor brasileiro, todo mundo ama mil vezes mais o seu clube do que a seleção brasileira. No entanto, quando ouviu-se falar que a COPA seria no Brasil, ficou claro que a população brasileira se “vestirá” de verde e amarelo em 2014. O problema ocorre com o fato de que todo o lucro desse grande evento proposto para o nosso país será destinado somente a FIFA. Os vendedores ambulantes estarão proibidos de trabalharem a menos de dois quilômetros dos estádios de futebol e as vantagens que parte da população adquiriu para compras de “meio ingressos” serão “ignoradas” segundo Roberto Morales. Lembrando, ainda, que haverá remoção de famílias para a construção de estradas. Mais de 3.000 somente no Rio de Janeiro perderão os seus lares na esperança de receberem um novo lar do governo.
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É possível, com essas e tantas outras informações lançadas na mídia, nos últimos meses e anos, continuarmos considerando o Brasil como “o país do futebol”? Embora muitos gostem de futebol e torçam muito pelos seus times e pela seleção verde e amarela, é possível anular tantos fatos tristes que estão ocorrendo ou deveríamos concordar com Marcos Alvito, historiador e antropólogo, ao dizer que o Brasil é o país do futebol somente para os ricos, visto que “A Copa do Mundo no Brasil vai custar 17 bilhões de reais. Para se ter uma ideia, o Bolsa Família gasta 13 bilhões e meio de reais por ano. Se o Bolsa Família permite que você alimente 30 milhões de pessoas, com o dinheiro da Copa do Mundo daria para alimentar 50 milhões de pessoas durante o ano. Será que vale a pena, quando sabemos que 65% desse dinheiro irá para a construção de estádios, que vão aprofundar o processo de elitização do futebol, além de dar dinheiro para empreiteiras, políticos e dirigentes corruptos?”.
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A questão fica aberta para quem quiser responder.
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