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Na terça-feira, dia 07-06-2016, ocorreu a Oficina: Indicadores do Trabalho e dos Trabalhadores. Esta Oficina foi ministrada pelo professor Moisés Waismann e teve intuito de apresentar as principais bases de dados do Ministério do Trabalho e Previdência Social, que reúne dados do trabalho formal no Brasil desde o ano de 1965.

Moisés é coordenador do Observatório Trabalho, Gestão e Políticas Públicas, assim como professor da UnilaSalle, que observa a realidade do trabalho na Região Metropolitana e do município de Canoas. Ele também tem doutorado em Educação no Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade do Vale do Rio dos Sinos. Professor Moisés e o Observatório do Trabalho participam da Rede de Observatórios Sociais, juntamente com o ObservaSinos e outros Observatórios do estado do RS.

Foto: Jonathan Camargo

O Observatório da realidade e das políticas públicas do Vale do Rio dos Sinos, programa do Instituto Humanitas Unisinos – IHU, realizou a oficina com o propósito de subsidiar a formação dos acadêmicos, pesquisadores, trabalhadores e gestores sobre o acesso, sistematização e análise sobre a realidade do trabalho, com intuito de promover o debate da conjuntura do trabalho, emprego e desemprego no Vale do Sinos.

O professor iniciou a oficina caracterizando o mercado formal e o mercado informal. Segundo Moisés, “o mercado significa de transações, o contexto de trocas e intercâmbios entre aqueles que oferecem um serviço ou produto e aqueles que procuram um produto ou serviço”. Existem duas modalidades dentro dessa realidade. A primeira é do mercado formal marcado por relações reguladas com base nas leis. E a segunda, é do mercado informal caracterizado por empregadores sem vínculos estabelecidos pelas normas da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT e pelas políticas de trabalho e emprego.

CAGED e RAIS
Em seguida, Moisés apresentou o Programa de Disseminação das Estatísticas do Trabalho – PDET, que tem como objetivo divulgar os dados da RAIS e do CAGED. O CAGED – Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Ministério do Trabalho e Previdência é uma base de dados que acompanha e fiscaliza o processo de admissão e dispensa do empregado. Subsidia as medidas contra desemprego e assistência aos desempregados, a fiscalização do trabalho, viabiliza pagamento do seguro-desemprego, atende a reciclagem profissional e a recolocação no mercado de trabalho e também, compõe o Cadastro Nacional de Informações Sociais – CNIS. Além disso, tem um papel importante para subsidiar a definição de políticas públicas, gerar dados sobre a conjuntura do mercado formal e fornecer informações que ajudem no debate. As informações são disponibilizadas mensalmente.

Já a RAIS – Relação Anual de Informação Social, é uma base com dados anuais que visa subsidiar as políticas de formação de mão-de-obra e a política salarial, além de fornecer informação do mercado formal brasileiro. Ainda busca contribuir com o controle da nacionalização do trabalho conforme as leis, prestar serviço ao controle relativo ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e à Previdência Social e viabilizar o pagamento do Abono Salarial. Também compõe o CNIS.

As informações dessas bases de dados podem servir para o acompanhamento do nível, flutuação e caracterização do emprego, como também a política e evolução salarial, traçar o perfil de empregados e desempregados, a implantação de projetos e estudos e pesquisas no geral. Moisés, apontou a importância da disponibilidade dos dados para que todos tenham acesso. Destacou ainda a importância das Comissões Municipais e Estaduais de Emprego e Trabalho no acesso e análise a estes dados, em vista do seu compromisso com o planejamento, monitoramento e avaliação das políticas municipais e estaduais de emprego e desemprego.

A oficina oportunizou ainda o exercício de acesso e manuseio dos dados aos participantes. Disponibilizou informações a partir das Cartas Mensais do Trabalho elaboradas, assim como a Carta Anual sobre o trabalho das Mulheres elaboradas por Moisés.

Os slides apresentados pelo professor na Oficina estão disponíveis aqui. Esta oficina foi transmitida ao vivo pelo canal do IHU no Youtube e está disponível online.

Por Carolina Lima e Marilene Maia

Em 2015 o Observatório da realidade e das políticas públicas do Vale do Rio dos Sinos – ObservaSinos, programa do Instituto Humanitas Unisinos – IHU, abriu edital para publicação de trabalhos que aprofundassem as realidades da Região do Vale do Rio dos Sinos e da Região Metropolitana de Porto Alegre.


Neste semestre está aberta a II Apresentação de trabalhos para publicação pelo ObservaSinos/IHU. Esta é uma atividade que propõe a participação de interessados em contribuir com a sistematização de análises das realidades do Vale do Rio dos Sinos e da Região Metropolitana de Porto Alegre. Pretende-se disseminar a produção de pesquisas e de trabalhos realizados por acadêmicos, professores e profissionais comprometidos com os municípios e região nos quais a Unisinos está inserida. Os cursos de Ciências Econômicas, Comunicação Social, Serviço social, Pedagogia e Administração são copromotores desta atividade.

Em 2015, foram publicados trabalhos que exploraram a qualidade de vida das Vila Labirinto e São Jorge do município de São Leopoldo, como o artigo elaborado pelas acadêmicas Emanuelle Carraro e Isadora Bresciani, que demonstrou que são territórios desprovidos de instalações adequadas para o acesso a serviços básicos. Também houve trabalhos que problematizaram a expansão das cidades e os impactos nas drenagens, como o caso do artigo da Professora Izabele Colusso e da aluna de Especialização em Cidades, Regina Sebastião. Este e outros trabalhos estão disponíveis na página do ObservaSinos. Foram recebidos e publicados trabalhos de áreas como Arquitetura e Urbanismo, Economia, entre outros focados nos eixos temáticos do ObservaSinos/IHU: ambiente, educação, mobilidade, moradia, população, proteção social, saúde, segurança, renda e trabalho.

Para participar da II Apresentação de trabalhos para publicação pelo ObservaSinos/IHU acesse aqui.

As inscrições estão abertas até dia 4 de setembro de 2016 e os trabalhos podem ser apresentados em forma de texto, artigos, notas em conjunto de fotos, gráficos e infográficos. Para a leitura do edital de convocação de trabalhos acesse aqui. Os trabalhos aprovados serão publicados nas Notícias do Dia do Instituto Humanitas Unisinos – IHU.

Por Carolina Lima e Marilene Maia

Para saber mais:

A atividade ocorreu na quarta-feira, dia 08-06-2016, das 10h às 15h, e teve ampla participação da comunidade acadêmica.

As feiras agroecológicas têm sido uma iniciativa de incentivo para uma alimentação mais saudável. Segundo o Projeto Tenda Viva, na Região Metropolitana de Porto Alegre ocorrem cerca de 14 feiras orgânicas pelas cidades de Novo Hamburgo, Porto Alegre, Canoas e agora São Leopoldo.
A Ecofeira Unisinos teve seu lançamento no dia 08-06-2016 e contou com a participação de três grupos de agricultores que têm trajetórias diferentes. O sítio Camila Kauer, de São Leopoldo, que tem à frente a Camila, trabalhadora que decidiu abandonar o vínculo com a cidade e está investindo na agricultura e no alimento orgânico; o sítio Francisco Klein, de São Leopoldo, que segue dedicado à implementação da agricultura familiar; e o Sítio Eco Muller, de Novo Hamburgo, que já recebeu certificação pela produção orgânica e participa de outra associação com articulação em vista da cadeia da produção agroecológica.

A diversidade entre os feirantes demonstra as possibilidades dos cultivos de alimentos orgânicos. A agricultura familiar é a atividade do campo que consiste em envolver as famílias no cultivo de alimentos. Segundo o Ministério do Desenvolvimento Agrário, cerca de 70% dos alimentos consumidos por brasileiros provêm da agricultura familiar. Isso demonstra a importância em valorizar os espaços do campo. O último censo agropecuário também aponta que próximo de 85% das propriedades rurais no Brasil seguem os moldes de agricultura familiar. Porém, ao mesmo tempo, em territorialidade, as fazendas e sítios ocupam menos de 25% em área rural.

Durante a feira, alunos do Curso de Gastronomia e Nutrição realizaram a experimentação de alimentos. A degustação de alimentos regionais serviu aos participantes creme de aipim e moranga. Em seguida, a segunda atividade de degustação explorou as Plantas Alimentícias Não Convencionais – PANC’S, servindo creme de confeiteiro de extrato de amendoim com flores de capuchinha. Por fim, a turma coordenada pela profa. Signorá Konrad ofereceu a degustação de espécies nativas da Região Sul com receitas de Butiá.

Outra atividade do dia, que marcou o seu propósito de formação, foi a Oficina de Plantas Medicinais com a pesquisadora Denise Schnorr, do Instituto Anchietano. A oficina oportunizou a aproximação com algumas plantas do grupo da estação e da sua ação junto às doenças da época. Foram apresentadas, caracterizadas e indicadas formas de sua utilização. Foi feita a aproximação com a tanchagem/tansagem, hortelã, malva entre outras. Na próxima quarta, às 13h, na sala Ignacio Ellacuría – IHU haverá outra Oficina sobre plantas medicinais, em que se abordará um novo grupo de plantas.

Ainda como atividade simultânea, ocorreu o cine/vídeo com a obra “Alimentos Orgânicos”. A ação foi coordenada pela professora Raquel Chesini, do Curso de Gastronomia. O filme apresenta a produção orgânica e os conceitos, com depoimentos de produtores e consumidores do Brasil, com destaque para o Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

O esforço de fazer atividades simultâneas à feira apresenta-se com o sentido de incentivar a formação sobre a agricultura orgânica e suas implicações com o desenvolvimento. Afirmamos com isso o propósito da Feira, que é constituir-se num espaço semanal de mostra da produção agroecológica da região do Vale do Rio dos Sinos, de comercialização justa e de consumo consciente, articulando as experiências de informação e formação dos produtores, da comunidade acadêmica e comunidade local para uma alimentação saudável e desenvolvimento afirmador da sociedade sustentável.

Nesta primeira edição, a Ecofeira contou com ampla participação de professores, alunos e comunidade acadêmica em geral. Com a grande adesão, o término da feira ocorreu por volta das 15h. Os alimentos trazidos pelos produtores acabaram no início da tarde.

No dia 15-06-2016 ocorrerá nova versão da feira, das 10h às 17h, junto às “taquareiras”, ao lado do Bloco B17. Novamente ocorrerão oficinas e atividades simultâneas. O convite é que cada participante traga seu copo, sua sacola e sua colher para degustar os alimentos oferecidos pela feira.

No dia 15 de junho a programação de formação da Feira, que será realizada na Sala Ignacio Ellacuría e companheiros – IHU, será a seguinte:

11h30min – Oficina Plantas alimentícias não convencionais – coordenação Profa. Signorá Konrad.

12h30min – Cine/vídeo: “Repórter Justiça. A produção orgânica no Brasil” – coordenação Profa. Raquel Chesini

13h – Oficina Plantas Medicinais. Coordenação: Pesquisadora Denise Schnorr – Instituto Anchietano

Os organizadores convidam a todos e todas para a próxima quarta, pedindo que tragam também suas ideias e sugestões.

A feira está em construção e, como projeto coletivo, exige a participação de todos os envolvidos no seu monitoramento e avaliação. Para isso foi disponibilizada uma avaliação on-line para a contribuição de todos. Contribua no link: http://goo.gl/forms/todkXrWbWRqbPfr22.

Por Carolina Lima e Marilene Maia

Saiba mais:

Está confirmada a realização da Ecofeira Unisinos a partir desta quarta-feira, dia 8 de Junho, junto às “taquareiras” (ao lado do Bloco B17), com exposição e comercialização dos produtos orgânicos das 10h às 18h.

O projeto é construído coletivamente por instâncias da Universidade do Vale do Rio dos Sinos – Unisinos, produtores agroecológicos da região e entidades parceiras. O espaço semanal será uma mostra da produção agroecológica da região do Vale do Rio dos Sinos, de comercialização justa e de consumo consciente, articulando as experiências de informação e formação dos produtores, da comunidade acadêmica e comunidade local para uma alimentação saudável e desenvolvimento afirmador da sociedade sustentável.

Além da Feira, serão realizadas as seguintes atividades simultâneas:

  • Na Feira

10h às 12h – Degustação de Alimentos regionais: Cremes de Aipim e Moranga.
Coordenação: Profa. Signorá Konrad – Atividade Acadêmica Alimentos e Ambiente

12h às 13h30 – Degustação de Plantas Alimentícias Não convencionais: Creme de confeiteiro de Extrato de amendoim com Flores de Capuchinha.
Coordenação: Profa. Signorá Konrad – Atividade Acadêmica Alimentos e Ambiente

13h30 às 15h- Degustação de Espécies nativas da Região Sul – Receitas de Butiá da praia.
Coordenação: Profa. Signorá Konrad – Atividade Acadêmica Alimentos e Ambiente

  • Na Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros, no IHU

12h – Reunião da equipe articuladora da Feira na Unisinos

12h30min às 13h – Cine/vídeo: Alimentos orgânicos (28 min).
A obra apresenta a produção orgânica com depoimento de produtores e consumidores do Brasil, e conta com a fala dos produtores dos caminhos rurais de POA, sítio Capororoca, PANCs, e outros.
Coordenação: Profa. Raquel Chesini – Curso de Gastronomia e Nutrição.

13h às 13h30min – Oficina Plantas Medicinais
Coordenação: Pesquisadora Denise Schnorr – Instituto Anchietano

14h às 14h30min – Reunião com feirantes

Confira no link a cobertura do IHU Ideias do dia 2 de junho, onde foi debatido o tema Feiras Agroecológicas. Para quê?, com o Centro Urbano de Práticas Ambientais (NH).

*Créditos da imagem: www.alagoas24horas.com.br

Por Marilene Maia

Veja também: 

Agroecossistemas e a ecologia da vida do solo. Por uma outra forma de agricultura. Revista IHU On-line, Nº. 485

Para o Instituto Humanitas Unisinos – IHU, a crise epocal que vivemos se caracteriza principalmente pela crise da sociedade do trabalho. Desta forma, com o compromisso de promover e debater os elementos da realidade, o ObservaSinos – Observatório da realidade e das políticas públicas do Vale do Rio dos Sinos, programa do IHU, promove a Oficina – Indicadores do Trabalho e Trabalhadores do Vale do Rio dos Sinos, a ser realizada no dia 7 de junho.


O observatório semanalmente sistematiza dados sobre o mundo do trabalho. Recentemente, em análise apresentada na página do ObservaSinos, verificou-se que a taxa de desemprego passou de 10,7% em março para 10,5% em abril deste ano. Apesar do recuo, tal taxa era de apenas 7,3% em abril de 2015. Esse aumento do desemprego aponta a necessidade de espaços que debatam as implicações na realidade. Dessa forma a oficina se apresenta como um espaço de discussão para pensar esta e outras afetações do mundo do trabalho às políticas públicas.

O ObservaSinos convidou o economista Moisés Waismann para apresentar as principais bases de dados do Ministério do Trabalho e da Previdência Social – MTPS. Moisés também é coordenador do Observatório Unilasalle: Trabalho, Gestão e Políticas Públicas. Em 2015 ele apontou a preocupação com a conjuntura brasileira e os impactos possíveis no mundo do trabalho. Waismann destacou, durante entrevista concedida ao IHU, que o trabalhador não estava se vendo mais enquanto produtor, mas sim como consumidor, o que ajudava alterar a lógica do vínculo de trabalho.

A oficina ocorre das 19h30min às 22h e tem como objetivo dar vistas aos processos de planejamento, monitoramento e avaliação das políticas desta área. A oficina é gratuita e está com as inscrições abertas. Para mais informações acesse o site do IHU.

Por Carolina Lima e Marilene Maia

Para saber mais: