Arquivos da categoria ‘Meio ambiente’

O Brasil apresenta um vasto conjunto de diferentes de vegetação, que é formado por seis biomas. São eles, da maior para a menor extensão: Amazônia, Cerrado, Mata Atlântica, Caatinga, Pampa e Pantanal.

Recentemente, a NASA apresentou o estudo que mostra que uma área equivalente a mais de 800 mil quilômetros quadrados da floresta Amazônica, maior bioma brasileiro, continua sofrendo os efeitos da grande seca que iniciou no ano de 2005. A pesquisa sugere que a Amazônia pode estar mostrando os primeiros sinais de degradação em larga escala devido à mudança climática. As alterações e sinais das alterações da escassez de chuvas na região já visível em imagens de satélite, o que pode acarretar em uma transformação do ecossistema em longo prazo.

Durante o verão de 2005, mais de 70 milhões de hectares de floresta no sudoeste da Amazônia enfrentaram uma extensa e severa seca, provocando danos generalizados à cobertura florestal, com a morte de galhos e quedas de árvores, especialmente as maiores e mais antigas, que são mais vulneráveis do que às demais por oferecem abrigo ao restante da vegetação. Embora os níveis de precipitação tenham voltado ao normal nos anos seguintes à seca, os prejuízos continuaram durante a segunda grave seca que começou em 2010, acreditam os cientistas.

Os outros biomas brasileiros também merecem atenção. A Caatinga, por exemplo, é o único bioma exclusivamente brasileiro e, segundo especialistas, o mais frágil. “A Caatinga ocupa 11% do território nacional e merecia, sem dúvida, um enfoque apropriado para a área que engloba. Esta área corresponde às superfícies da Alemanha e França juntas”, afirma Haroldo Schistek, idealizador do Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada – IRPAA.

O Pantanal é considerado por diversos ambientalistas o ecossistema brasileiro mais preservado, porém já dá sinais de alerta. Entre 2002 e 2008, 2,82% da área pantaneira foi desmatada devido, principalmente, a expansão de áreas de pastagem, produção de carvão vegetal e proliferação de Pequenas Centrais Hidrelétricas – PCHs, de acordo com o Ministério do Meio Ambiente.

Você pode conhecer mais sobre a biodiversidade brasileira nas edições da IHU On-Line:

“O Ártico, que já derrete, está ameaçado pela exploração de petróleo, pesca predatória e pela guerra.”

O Greenpeace está promovendo a campanha “Salve o Ártico”, em que pede que assinem a petição para o decreto de um santuário mundial na área do polo Norte. Confira e participe!

Eu não fiquei surpresa quando descobri que a Shell está entre as finalistas do Public Eye Awards. Nada mais justo do que a empresa que mais intimidou meu lar – e também dos ursos polares, das focas e de outras espécies – ser reconhecida publicamente como uma ameaça por tentar explorar petróleo no Ártico.

O Public Eye Awards anuncia todos os anos a empresa que teve a pior atuação socioambiental escolhida por voto popular. E a Shell faz parte das sete empresas indicadas para concorrer ao prêmio por suas inúmeras tentativas – e fracassos – de explorar petróleo no Polo Norte.

Os riscos para a exploração de óleo no Ártico, um dos ecossistemas mais inóspitos, são tão elevados que seria quase impossível conter um vazamento na região. Você pode ajudar a defender meu lar, assinando e compartilhando a petição que pede a criação de um santuário global no Ártico, protegendo-o da exploração de petróleo e de outras atividades industriais.

Você também pode se juntar ao Greenpeace tornando-se um colaborador. Seu apoio é fundamental para que possamos continuar trabalhando de forma independente pelo meio ambiente.

.

.

.

.

Raposa-do-Ártico
Símbolo da campanha polar do Greenpeace

O perigo das lavouras

Em 1 outubro, 2012 Comentar

Quando vamos ao mercado buscar frutas ou legumes tentamos escolher sempre o que nos parece mais fresco e de tamanho maior e raras vezes nos preocupamos com a procedência do alimento ou qual foi a maneira do seu  cultivo e quanto de defensivo agrícola foi utilizado nesse processo.

Neste ano, o Brasil ultrapassou os Estados Unidos no uso de agrotóxicos, isso se deve ao crescimento no plantio da soja no país e o grão é o alimento que mais precisa de agroquimicos para sobreviver, pois a partir do momento que é exposto a temperaturas altas e umidade, o que facilita a proliferação de vírus, bactérias e ervas daninhas, é necessário o uso desse tipo de produto para a proteção das plantações.

Juntamente com a soja, o milho, a cana e o algodão são os cultivos que mais demandam defensivos agrícolas, resultando numa parcela de intoxicação desses alimentos. Nos cultivos e café, feijão e arroz eles também são usados, mas em menor escala. Das 2,5 milhões de toneladas usadas no mundo, no Brasil são consumidas em média, 130 mil toneladas de defensivos anualmente. De acordo com a Embrapa.

O integrante do grupo de trabalho Sáude e Ambiente da Associação Brasileira de Pós-Graduação em Saúde Coletiva – Abrasco, Fernando Ferreira Carneiro, em entrevista concedida à IHU On-line, comentou sobre o uso em larga escala dos agrotóxicos nas lavouras brasileiras. De acordo com ele, o país tem grandes incentivos de vários âmbitos sociais: “A nossa análise é de que o Estado brasileiro apoia o agronegócio, porque ele é forte no campo legislativo – basta ver a Bancada Ruralista –, é forte no campo econômico – veja os financiamentos que eles recebem –, é forte no campo jurídico – veja quem são os punidos pelos assassinatos e violência nos campos –, e é forte na mídia”

Os custos a saúde do brasileiro são grandes. Estima-se que cada um de nós consuma em média 4,5 litros de agrotóxicos contido em hortaliças por ano  e ainda não se sabe quanto tempo levará até que a Política Nacional da Agroecologia realmente surta efeito. Quanto a isso, Carneiro questiona:  “Em algum momento teremos de decidir qual será a nossa situação no mundo: uma grande lixeira tóxica, como está na reportagem de capa da revista Ciência da semana passada, onde quatorze agrotóxicos proibidos em outros países são usados livremente no Brasil, o maior consumidor de agrotóxicos do planeta; ou se o país quer se tornar o maior produtor de alimentos saudáveis do mundo. Qual o papel que o país quer ter? Produzir a qualquer custo?”

Por Wagner Altes      

Águas da sustentabilidade

Em 7 setembro, 2012 Comentar

Reservatório onde a água para a limpeza e manutenção de alguns pontos da universidade é armazenada. (Foto: Wagner Altes)

A utilização consciente de recursos naturais pode ser fator determinante para a preservação e manutenção dos espaços, seja em nossas casas, nas ruas ou nas universidades .

Considerando isso, o Sistema de Gestão Ambiental da Unisinos – SGA, em 2007, implementou o uso de água não-potável, proveniente de dois lagos na manutenção do campus de São Leopoldo.

A lavagem das escadarias do campus, das calçadas e dos vidros dos prédios é toda feita com a água dos lagos localizados nos centros 2 e 7. Susana Brand, secretária do SGA, ressaltou a importância da ação: “Com o uso da água dos lagos evita-se o uso de água potável  para a lavagem das escadarias e para os serviços de jardinagem, por exemplo”.

André Cavalheiro, gerente de infra-estrutura da universidade, falou de outras ações que visam a sustentabilidade que também são feitas e  influenciam sensivelmente o dia a dia do campus.

“Se faz isso para evitar desperdício de água. Nós trocamos as torneiras comuns por torneiras com acionamento hidromecânico, que são as que ao serem apertadas liberam água por um certo tempo. Elas não estragam tão rapidamente. Nós as substituímos por necessidade, quando as que já estão instaladas estragam”.

De acordo com ele, as torneiras dos sanitários, que funcionavam com acionamento por presença foram substituídas em função do gasto com as pilhas que eram necessárias para a operação dos equipamentos.

Jandir Duarte, funcionário da prestadora de serviço que faz a manutenção dos prédios e do pátio do campus, disse que em sua opinião a ideia é boa e deve ser mantida: “O limo que às vezes se acumula nas escadarias é perigoso. Sempre tem que lavar. Com essa água tem menos gasto”.

Por Wagner Altes

Está cada vez mais perceptível que a capacidade de regeneração dos recursos naturais do planeta é limitada. Desde a década de 1970, os seres humanos vivem muito acima dos seus meios e a Terra nem sempre consegue cumprir com as exigências que a Humanidade lhe impõe. Segundo pesquisas, de 149 países estudados, 60 são responsáveis pela dívida ecológica.

A ONG Global Footprint Network (GFN) mede todos os anos, desde 2003, a pegada ecológica do planeta, o acúmulo dos recursos e a forma como são consumidos. No dia 22-08-2012, alcançamos o chamado Global Overshoot Day, ou seja, “o dia do excesso”, pois foi esgotada a totalidade dos recursos que a Terra é capaz de produzir ao longo do ano. Isso em apenas oito meses. A data foi alcançada 36 dias antes que em 2011, mostrando o aceleramento constante do esgotamento dos recursos.

Os principais responsáveis pelo déficit são as emissões de dióxido de carbono e a exploração dos recursos naturais. A responsabilidade de cada país, porém, é desproporcional. Os Estado Unidos e o Brasil são os primeiros a atingirem o dia do excesso, 26 de março e 6 de julho, respectivamente. Se todos vivessem como o Quatar, a exigência aumentaria para mais de seis planetas. Por outro lado, se fosse como na Índia, bastaria 49% dos recursos naturais do planeta.

Os dados do relatório da GFN se baseiam em dados científicos em torno de uma medida, o hag, o hectare global mediante o qual se compara a biocapacidade do planeta com o consumo de cada país.

A matéria publicada no sítio do Instituto Humanitas Unisinos – IHU teve grande repercussão na última semana, inclusive nas nossas redes sociais.

Para ler mais: