Arquivos da categoria ‘Meio ambiente’

“O que será amanhã? A Amazônia e sua gente pobre serão amanhã muito diferentes e mais felizes se faltarem vozes corajosas hoje. Se calarmos hoje, como tanto se calou no passado, o futuro será como este presente, triste e sem outras perspectivas que as da desilusão”.

Assim se inicia o prefácio do livro “Amazônia, o que será amanhã? Uma análise crítica sob a ótica dos editoriais na Rádio Rural de Santarém, 2001-2009”, lançado no último dia 23. A Obra do Pe. Edilberto Francisco Moura Sena, que é coordenador e produtor de programas radiofônicos, é o primeiro livro fruto dos editoriais diários produzidos e apresentados na Rádio Rural de Santarém, no Pará.

edilberto livro

Sendo útil, tanto para pesquisas escolares quanto para estudiosos da região, a obra aborda a situação da floresta Amazônica, os movimentos sociais e as políticas partidárias da região e a trajetória do governo Lula. O livro surgiu através de crônicas produzidas a partir do noticiário “Jornal da Manhã”, analisado pelo autor. Na organização dos auxiliares da rádio foram classificados quinze capítulos de crônicas, entre os quais, quatro estão presentes no livro. Os demais serão lançados posteriormente, tratando de assuntos como meio ambiente e hidrelétricas na Amazônia.

Leia mais:

O dia 21 de outubro foi instituído um dia nacional de luta contra os transgênicos. Ocorrerá uma manifestação contra os transgênicos (OGMs) na esquina democrática, em Porto Alegre.

A data corresponde ao dia, do ano de 2007, que ocorreu a morte do agricultor Valmir Mota, conhecido como Keno, militante do MST, assassinado por seguranças da Syngenta Seeds em 2007, em Santa Tereza do Oeste (PR). A empresa plantava transgênicos (OGMs) de forma ilegal, tendo sido multada pelo IBAMA, e por isso teve área ocupada pelo movimento dos agricultores sem terra naquele estado.

O momento será propício para se fazer um balanço da situação do crescimento acelerado das liberações de OGMs no Brasil, sua contaminação nas culturas não GMs, e os riscos associados à saúde e ao meio ambiente. A situação é alarmante. O ano de 2009 teve pelo menos triplicado o número de transgênicos liberados no Brasil, principalmente com milho e algodão. No caso do milho, cultura tradicional da pequena propriedade, os casos de contaminação são elevados em várias partes do mundo, atingindo mais de 50 países segundo o Greenpeace. No Uruguai, recentemente constatou-se que de 5 áreas de milho não GM, 3 estavam contaminadas com milho GMs. O que estes transgênicos representam riscos para nossos alimentos? No Brasil o governo não promove os estudos que deveriam ser feitos nem mesmo cobra a rotulação destes alimentos, obrigatória por lei.

Os OGMs nos alimentos – como soja, milho, batata – já apresentam dados relacionados a potenciais riscos à saúde humana. Pesquisas com ratos alimentados com OGMs demonstraram crescimento excessivo de células na parede do estômago e crescimento anormal do fígado. O alerta foi dado por Arpad Pusztai, pesquisador demitido do Instituto Rowett, da Grã Betanha,  por denunciar os riscos de alimentos transgênicos. Segundo o professor Dr. Rubens Nodari, da UFSC, já existem dados comprovados quanto a muitos prejuízos decorrentes dos OGMs quanto à “contaminação de variedades crioulas e tipos silvestres, acompanhado de erosão genética; danos a componentes da biodiversidade, como insetos e outros organismos benéficos à agricultura e ao meio ambiente; aumento do uso de agrotóxicos”.  O aumento destes últimos produtos no Brasil, associado ao uso de OGMs, fez com que em 2008 o País ganhasse a posição de Campeão Mundial de Consumo de Agrotóxicos, os quais contaminam o agricultor, o ambiente e nossos alimentos.

No livro Roleta Genética, Jeffrey M. Smith denuncia a proximidade que existe entre as agências reguladoras de OGMs dos EUA e a indústria, mostrando o trânsito comum entre profissionais dessas instituições e a liberação facilitada desses produtos. No Brasil, grande parte da pesquisa com OGMs é financiada por empresas de biotecnologia. Muitas dessas pesquisas são realizadas em universidades, inclusive públicas, e em convênios de empresas que produzem OGMs e órgãos de pesquisa como a Embrapa.

Em relação à contaminação derivada de agrotóxicos, cabe destacar que a Europa proibiu o uso, por exemplo, de herbicidas associados a OGMs que utilizam glifosinato de amônio, considerado altamente tóxico para a saúde humana. Por outro lado, a CTNBio (Comissão Técnica Nacional de Biossegurança) pretende liberar comercialmente, no mês de novembro, o arroz transgênico da Bayer, que se utiliza deste herbicida.

Considerando-se todos estes problemas, Representantes de movimentos sociais e ambientalistas irão se encontrar na esquina democrática de Porto Alegre, neste dia 21, as 11 h da manhã, para manifestar sua posição à população, disponibilizando um abaixo-assinado contra a liberação do arroz transgênico da Bayer e por uma moratória aos transgênicos no Brasil.

Promovem: Garra, INGÁ, Comunidade Autonoma Utopia e Luta, MOGDEMA e outros representantes de movimentos sociais e ambientais. Contato: soberaniaalimentar@gmail.com (postado por Lucas Luz com base em texto recebido do professor Paulo Brack).

Um mundo dividido entre a fome e o desperdício de alimentos. Infelizmente, esta é nossa realidade. Mas, pensando em mudanças culturais de hábitos alimentares, o projeto “Comendo de um… tudo” se propôs a conscientizar a população para um futuro sem fome.

Um vídeo feito pelo diretor Fábio de Seixas Guimarães, apresenta de forma descontraída como perdemos saúde toda vez que jogamos as cascas e os talos de frutas e legumes fora. No curta, de 15 minutos, pai e filha descobrem na cozinha de sua casa refeições mais baratas e nutritivas a partir do uso integral dos alimentos.

O projeto transformou o vídeo em mais de 2.500 DVDs, que serão distribuídos gratuitamente em Escolas e TV Públicas, ONGs e outras Organizações sem fins lucrativos. As dicas trazidas pelo vídeo são dos Programas de utilização integral dos alimentos do SESI (CozinhaBrasil e Alimente-se Bem). O Projeto foi aprovado na Lei Rouanet – PRONAC 08.5019/ Secretaria do Audiovisual/Ministério da Cultura, e é patrocinado por diversas empresas nacionais.

Veja receitas e saiba como participar. Clique aqui e entre no blog do projeto.

Confira abaixo um trecho do curta:

[kml_flashembed movie="http://www.youtube.com/v/SH3aprF-1Tc" width="425" height="350" wmode="transparent" /]

(por Juliana Spitaliere)

Lendo as noticias do IHU o artigo de Marina Silva PT-AC que também foi publicado pelo jornal Folha de S. Paulo, 10-08-2009 e alguns tópicos da última encícilica de Bento XVI me fez pensar… Marina e o Papa tem algo em comúm?

O conceito de justiça é estudado no direito, na teologia,na sociologia e podemos continuar citando na música, na arte, na educação, mas estas realidades tem que estar impreganadas de um entendimento mais amplo da justiça que em palavras da “Senadora Marina inclue a qualidade ambiental.Também pesou nessa inflexão a ampliação do conhecimento sobre a conexão entre um estilo predatório e consumista de desenvolvimento e as grandes ameaças que afetam bilhões de pessoas no mundo”.

Na última encíclica intitulada “Caridade na Verdade” (Caritas in Veritate)

Bento diferenciou dois níveis: a macrojustiça, no sentido da dimensão ética dos sistemas econômicos nacionais e internacionais, e a microjustiça, referindo-se às escolhas éticas dos indivíduos. Sua tese era de que, enquanto a Igreja é obrigada a denunciar as injustiças no seu primeiro nível, como “os erros fundamentais agora revelados no colapso dos grandes bancos norte-americanos”, sua contribuição única é promover a mudança de coração no segundo nível.

Bento insistiu que a crise econômica não pode ser entendida simplesmente em termos técnicos como um colapso do mecanismo econômico, mas deve ser vista espiritualmente como uma lição objetiva dos perigos da ganância, do autointeresse e de privilegiar os desejos do seu próprio grupo sobre o bem comum.

O bem comum que parecia haver passado de moda, reaparece com outros nomes,com diferentes ângulos mas o grito afeta a bilhões de pessoas, o que parece tão diferente pode encontrar pontos comuns, não para forçar uma combinação senão por ser pessoas que desde  posiçãoes diferentes buscam uma justiça que deve ser revisada, ampliada trazendo a realidade do meio ambiente e suas relaçãoes com todo o ecosistema. Na distância existem aproximações e nas aproximações existentes distâncias, nesta coexistências o meio ambiente nos desafia para rever o conceito de justiçã o não?

Inicia-se hoje a Semana do Meio Ambiente 2009. Representa um importante instrumento de mobilização da sociedade e de suas entidades representativas na busca de alternativas e soluções efetivas rumo à construção de uma nova ordem sócio-econômica justa e sustentável.
Em diferentes estados do pais se promovem atividades que contribuem para compreensão da diversidade e complexidade das questões ambientais,implementando e articulando ações de educação ambiental.
O encerramento da semana será no dia 05 de junho, Dia Mundial do Meio Ambiente.
Você pode encontrar mais informações sobre esta temática nas Notícias Diárias do site do Instituto Humanitas-Unisinos, assim como na Revista IHU On-line desta semana: Ecoeconomia: Uma resposta  crise ambiental?