Arquivos da categoria ‘Meio ambiente’

Com o objetivo de fomentar a reflexão sobre as perspectivas de emergência de uma sociedade sustentável, o Instituto Humanitas Unisinos – IHU realiza, a partir de hoje, dia 21, o Ciclo de Estudos em EAD: Sociedade Sustentável.

”As reflexões se darão no sentido de evidenciar, teoricamente, a necessidade de um novo paradigma civilizacional, prospectando alternativas sustentáveis de organização social e econômica, capazes de contribuir à sustentabilidade do Planeta e da sociedade”, afirma o Prof. MS Gilberto Antonio Faggion.

Para iniciar os debates e reflexões, o primeiro módulo a ser tratado com os 59 integrantes inscritos no curso será “O estado atual da crise civilizacional: onde estamos?”. “Na primeira semana, será questionado que sinais os participantes percebem que evidenciam alguma crise na sociedade contemporânea. Depois, se eles percebem a crise civilizacional como múltipla, e finalizamos o módulo promovendo o debate sobre as crises mencionadas”, conta Faggion.

As aulas realizadas através da Plataforma Moddle se estendem até o mês de julho, contabilizando 85 horas de atividades.

“Será que ainda é possível salvar o ecossistema Terra e encontrar outros modos de ser e agir econômica e socialmente? Assim, como pensar outro paradigma econômico? Como a economia irá atender a necessidades humanas, que são sempre infinitas, com elementos e ações que tem recursos limitados? Ou seja, como se pode adequar e conciliar o atendimento máximo das necessidades demandadas com os recursos que se tem?”, questiona.

Para ler mais:

Espiritualidade e ecologia serão um dos eixos de debate do programa Páscoa IHU 2011.

Dois eventos especiais, ambos no dia 7 de abril, buscarão fomentar essa reflexão, com a presença do Ir. Marcelo Barros de Souza (foto), da Associação Ecumênica dos Teólogos do Terceiro Mundo – ASETT.

O primeiro deles é a palestra Diálogo inter-religioso e Ecologia, das 17h30min às 19h, na Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros – IHU.

O segundo encontro é o painel das religiões Espiritualidade e Ecologia. Uma perspectiva inter-religiosa, em conjunto com o Programa Gestando o Diálogo Inter-Religioso e o Ecumenismo – Gdirec, das 19h30min às 22h, no Auditório Central da Unisinos.

Marcelo Barros é monge beneditino, biblista e escritor. Como membro da Comissão da Coordenação Latino-americana da ASETT, Barros se dedica especialmente ao macroecumenismo e às relações com as religiões afrodescendentes e indígenas. É autor de O Amor Fecunda o Universo (Ed. Agir, 2009), com coautoria de Frei Betto.

Além da presença de Marcelo Barros, a programação da Páscoa IHU 2011 aprofunda ainda a reflexão sobre o cuidado da vida na cultura contemporânea por meio de diversos outros eventos. Veja aqui a programação completa.

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O Instituto Humanitas Unisinos – IHU e o Sistema de Gestão Ambiental abraçaram em 2010 o desafio de prolongar por um ano o objetivo da Campanha 10:10:10, ou seja, reduzir em 10% a emissão de carbono até 11:11:11.  Para isso, iniciaram, ainda no ano passado, as atividades para dar continuidade ao projeto.

Com o tema “Unisinos ambiental – Campanha 10:10”, o primeiro seminário da Campanha em 2011 será destinado ao corpo docente da Universidade e ocorrerá no dia 22 de fevereiro, no Auditório Central. Os coordenadores do evento, Profa. Dra. Marilene Maia e Bel. Moisés Sbardelotto e MS Ana María Formoso, propõem a exposição de dois painelistas, seguido de debate e visitação na Estação de Tratamento de Esgotos da Unisinos, recentemente inaugurada.

Com duração de duas horas, o objetivo do evento é sensibilizar e articular a comunidade acadêmica para a reflexão, o debate e a realização de ações em vista da melhoria da qualidade ambiental e da redução da emissão de carbono no campus.

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Um local seguro para viver

Em 31 janeiro, 2011 Comentar

As tragédias naturais não são novidade no Brasil. Entretanto, a cada passar de ano os brasileiros são surpreendidos por fortes chuvas, estiagens, vendavais. Na primeira quinzena de 2011, o Rio de Janeiro foi castigado com fortes temporais e longos períodos de chuva, resultando destruição e morte.

Graduada em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade de São Paulo, onde concluiu mestrado e doutorado, Maria Lucia Refinetti Martins reflete sobre a atual situação na terra carioca.

“Estamos todos sensibilizados pela dor e pelas perdas dos que sofreram e ainda sofrem nas áreas de deslizamento e inundação. O momento é de socorro, de resgate, e de pensar alternativas para a imensa quantidade de desabrigados”, ressalta. Segundo informações da Secretaria Estadual de Saúde e Defesa Civil o número de mortos já chega a 820. Muitos ainda estão desaparecidos.

Não há brasileiro que não tenha pensado em medidas que podem ser tomadas para solucionar tantos problemas e evitar tragédias. Em apenas dez anos mais de 7,5 milhões de brasileiros ficaram desalojados pelas chuvas.  De acordo com Maria Martins, uma das alternativas seria criar o bolsa aluguel como uma forma de apoio emergencial aos desabrigados. “Mas onde haverá imóveis para alugar se houve enorme destruição? Onde e como propiciar assentamento?”, questiona. “Essa é uma das questões do momento: como oferecer alternativas aos desabrigados, como fazer frente às doenças, aos desaparecidos, às crianças perdidas”.

Segundo Maria Martins, a discussão do Código Florestal pode ficar para depois. “Não é um debate a ser feito no clamor da emoção. No Brasil o que não falta é lei. Falta é solução. E solução é propiciar alternativa mais adequada”, destaca. “Lei que proíbe, mas não dá alternativa, fica no papel”, complementa.

“E o Estatuto da Cidade? Ele existe há dez anos e, entre várias funções, regula a ocupação do solo. Ele está sendo cumprido pelos municípios?”, questiona. Em suma, o ponto central do Estatuto da Cidade é o conjunto de instrumentos para garantir a função social da propriedade, o que  implica em colocar em uso imóveis não utilizados ou subutilizados em áreas urbanizadas. “Se o estatuto fosse aplicado, parte da expansão urbana sobre áreas periféricas e ambientalmente sensíveis seria reduzida. E a população mais pobre, que acaba forçada a viver nas áreas mais desvalorizadas, justamente por terem restrições ambientais ou de quaisquer outros tipos, teria alternativas muito mais adequadas”, salienta.

Em 50 anos, o Brasil passou de uma população urbana de 20% para mais de 80%. “É a taxa de urbanização mais rápida de toda a América Latina. Talvez do mundo. E as cidades precisam mudar. Em sua concepção, em sua forma construída. O tratamento a ser dado não pode ser o de meramente proibir. A questão é dizer onde e como, com que densidade, é adequado que estejam as moradias assim como os demais usos urbanos. E que todos tenham acesso a moradia em lugar adequado”, finaliza.

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Um local seguro para viver

Em 31 janeiro, 2011 Comentar

As tragédias naturais não são novidade no Brasil. Entretanto, a cada passar de ano os brasileiros são surpreendidos por fortes chuvas, estiagens, vendavais. Na primeira quinzena de 2011, o Rio de Janeiro foi castigado com fortes temporais e longos períodos de chuva, resultando destruição e morte.

Graduada em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade de São Paulo, onde concluiu mestrado e doutorado, Maria Lucia Refinetti Martins reflete sobre a atual situação na terra carioca.

“Estamos todos sensibilizados pela dor e pelas perdas dos que sofreram e ainda sofrem nas áreas de deslizamento e inundação. O momento é de socorro, de resgate, e de pensar alternativas para a imensa quantidade de desabrigados”, ressalta. Segundo informações da Secretaria Estadual de Saúde e Defesa Civil o número de mortos já chega a 820. Muitos ainda estão desaparecidos.

Não há brasileiro que não tenha pensado em medidas que podem ser tomadas para solucionar tantos problemas e evitar tragédias. Em apenas dez anos mais de 7,5 milhões de brasileiros ficaram desalojados pelas chuvas.  De acordo com Maria Martins, uma das alternativas seria criar o bolsa aluguel como uma forma de apoio emergencial aos desabrigados. “Mas onde haverá imóveis para alugar se houve enorme destruição? Onde e como propiciar assentamento?”, questiona. “Essa é uma das questões do momento: como oferecer alternativas aos desabrigados, como fazer frente às doenças, aos desaparecidos, às crianças perdidas”.

Segundo Maria Martins, a discussão do Código Florestal pode ficar para depois. “Não é um debate a ser feito no clamor da emoção. No Brasil o que não falta é lei. Falta é solução. E solução é propiciar alternativa mais adequada”, destaca. “Lei que proíbe, mas não dá alternativa, fica no papel”, complementa.

“E o Estatuto da Cidade? Ele existe há dez anos e, entre várias funções, regula a ocupação do solo. Ele está sendo cumprido pelos municípios?”, questiona. Em suma, o ponto central do Estatuto da Cidade é o conjunto de instrumentos para garantir a função social da propriedade, o que  implica em colocar em uso imóveis não utilizados ou subutilizados em áreas urbanizadas. “Se o estatuto fosse aplicado, parte da expansão urbana sobre áreas periféricas e ambientalmente sensíveis seria reduzida. E a população mais pobre, que acaba forçada a viver nas áreas mais desvalorizadas, justamente por terem restrições ambientais ou de quaisquer outros tipos, teria alternativas muito mais adequadas”, salienta.

Em 50 anos, o Brasil passou de uma população urbana de 20% para mais de 80%. “É a taxa de urbanização mais rápida de toda a América Latina. Talvez do mundo. E as cidades precisam mudar. Em sua concepção, em sua forma construída. O tratamento a ser dado não pode ser o de meramente proibir. A questão é dizer onde e como, com que densidade, é adequado que estejam as moradias assim como os demais usos urbanos. E que todos tenham acesso a moradia em lugar adequado”, finaliza.

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